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sexta-feira, 27 de julho de 2012

Centro do mundo, Londres promete Jogos sustentáveis e legado

Olimpíada volta nesta sexta-feira ao velho mundo. E pelo menos pelas próximas duas semanas, a Inglaterra passa a ser de novo o centro do mundo. Um mundo novo, com novas ideias e, principalmente, novos tipos de preocupação. Começa em Londres, às 17h, a cerimônia de abertura da 30ª edição dos Jogos. ■Veja o especial de Londres-2012 ■Conheça os atletas olímpicos Sua sede, pela terceira vez, é a capital inglesa. Sua meta, inédita, é ser mais sustentável, mais integrada à cidade, menor, menos cara. Enfim, politicamente correta. O COI (Comitê Olímpico Internacional) tenta descobrir como lidar com o expansionismo dos Jogos. "É a pergunta que está na nossa cabeça", contou o diretor-geral da Olimpíada, Gilbert Felli. Não é tarefa fácil. A estimativa de gasto em Londres é de cerca de R$ 32 bilhões, o quádruplo do valor inicial. Há o custo à população: tráfego pesado, metrôs superlotados e moradores de bairros pobres despejados. Tudo isso na cidade que mais recebe turistas no mundo. Há reclamações e ironias dos ingleses, típicos no país. Mas também há os benefícios à população: a revitalização de parte da degradada área leste, uma nova linha de trem e a construção de casas. Tudo entregue antecipadamente. Razão para o inglês se orgulhar da sua pontualidade, também típica do país. O Estádio Olímpico ficou pronto um ano antes. E é ícone da meta sustentável, com assentos projetados para desmonte para reduzir gastos. Parte das instalações deve ser repassada futuramente ao Rio de Janeiro, sede da Olimpíada seguinte, em 2016. Nova fronteira olímpica, o Brasil promete seguir Londres. Não quer a opulência de Pequim, o expansionismo de Sydney ou os fortes interesses comerciais de Atlanta. Nenhum dos quatro últimos palcos olímpicos repetiu o legado de Barcelona-1992. É o que Londres promete. RUMOS Se há novos rumos na organização olímpica, ainda é cedo para saber se isso ocorrerá nas disputas esportivas. Sim, para além da política, serão os atletas o centro das atenções a partir de sábado. Como em Pequim, o corredor Usain Bolt e o nadador Michael Phelps são os astros. Mas não são mais imbatíveis. O jamaicano pode se tornar o único a vencer os 100 m em dois Jogos. Mas perdeu as últimas corridas para o compatriota Yohan Blake. O norte-americano pode se tornar o maior medalhista das Olimpíadas. Mas não vêm de resultados tão bons e também tem como rival um atleta do seu país: Ryan Lochte. Entre as equipes, a geografia do poder não muda: a disputa é entre China e EUA. Quem aparece nos holofotes, de forma tímida, é o Brasil. A obrigação de organizar a Olimpíada se soma ao dever de resultados melhores. A meta é de 15 pódios. Mas o projeto de superar as 41 finais de Pequim sinaliza para uma ambição maior no Rio. Aí, de novo, a política e o esporte se misturam no sonho de potência do Brasil. Por coincidência, é com o Reino Unido que o país disputa a posição de sexta economia do mundo atual. Mas, nesta sexta-feira, Londres, capital da revolução industrial, prefere exibir 70 ovelhas na cerimônia de abertura para mostrar seu lado rural. Como manda o politicamente correto, promete-se que os bichos não sofrerão maus-tratos.

quinta-feira, 26 de julho de 2012

Corte de tributos deve deixar energia elétrica 10% mais barata, diz ministro

O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, disse nesta quinta-feira (26) que o governo vai cortar as cobranças adicionais das tarifas de energia elétrica e, com isso, a tarifa deve cair cerca de 10% ou um pouco mais que isso. A redução vai beneficiar principalmente grandes consumidores comerciais e industriais, segundo Lobão, atendendo assim a uma reivindicação do setor empresarial brasileiro. "Estamos suprimindo os encargos setoriais todos", disse o ministro, para em seguida nomear alguns dos principais impostos que deverão ser extintos. "Nós vamos cancelar CCC (Conta de Consumo de Combustíveis), CDE (Conta de Desenvolvimento Energético), RGR (Reserva Global de Reversão) e provavelmente mexeremos também no Proinfa", disse Lobão a jornalistas, após participar de apresentação do balanço do Programa de Aceleração do Crescimento 2 (PAC 2). Segundo ele, o "Luz para Todos", assim como os demais programas financiados por encargos setoriais, será custeados pelo Tesouro. Lobão disse que "muito provavelmente" a presidente Dilma Rousseff fará o anúncio dessas medidas na reunião com os principais empresários do país, no dia 7 de agosto. O governo trabalha, juntamente com a eliminação dos encargos, no processo de renovação das concessões elétricas que vencem a partir de 2015. O ministro afirmou que ainda não está fechado qual será o prazo da prorrogação, mas "em princípio" será por 20 anos.

quarta-feira, 25 de julho de 2012

Deficit da Previdência cresce 38% em um ano e chega a R$ 2,76 bi

O crescimento da arrecadação da Previdência Social teve um forte desaceleração em junho, contribuindo para um salto no deficit do mês. A arrecadação, que vinha crescendo na casa de 9% ao mês, subiu 5,1% no mês passado ante o mesmo período de 2011, segundo o Ministério da Previdência Social. Como as despesas com benefícios continuaram crescendo com força (alta de 8,1%), o deficit da Previdência Social deu salto em junho de 38,1%, para R$ 2,757 bilhões. Com despesa maior, mudança em pensão deve atingir servidores Empresas terão de informar aos trabalhadores seu saldo no INSS Segundo o secretário de políticas de Previdência Social, Leonardo Rolim, era esperada uma desaceleração na receita devido ao desaquecimento do mercado de trabalho nos últimos meses. No entanto, ele considerou que a queda na taxa de crescimento foi grande e surpreendeu. De acordo com ele, é preciso esperar o resultado do mês de julho para saber se o resultado do mês passado foi um caso isolado ou se há uma tendência de crescimento menor da arrecadação. "Essa queda no crescimento preocupa, mas é cedo para dizer que há uma tendência. E, mesmo que essa resultado se repita nos próximos meses, não deve ser uma tendência de longo prazo, pois a economia deve se recuperar neste semestre, o que vai contribuir para o aumento das contribuições previdenciárias", disse o secretário. Apesar do aumento do deficit em junho, no ano o saldo negativo da Previdência Social ficou quase estável em relação a primeira metade de 2011, com alta de apenas 0,1% para R$ 20,780 bilhões. Devido ao bom resultado da arrecadação no início do ano, a expectativa do secretário é que o deficit fique em R$ 38 bilhões no fechamento de 2012, uma previsão melhor do que a projeção anterior, de R$ 39,5 bilhões. Além do desaquecimento da arrecadação, o aumento do deficit da Previdência em junho foi puxado, mais uma vez, pelo forte aumento das despesas com benefícios rurais, que cresceram muito no ano por causa do forte aumento do salário mínimo de 7,5% real em 2012. O deficit rural subiu 11,5% em junho, para R$ 4,989 bilhões, enquanto o urbano caiu 10%, para R$ 2,229 bilhões. PENSÕES Rolim ainda afirmou na coletiva de imprensa que o pagamento total de pensões no ano ultrapassou R$ 100 bilhões pela primeira vez em 2012. Esse valor inclui o pagamento de pensões pelo INSS (mais de R$ 60 bilhões em 2011) e os benefícios pagos aos pensionssitas pela União e os governos estaduais e municipais. Foi a primeira vez que o número foi divulgado. Segundo o secretário, o Brasil é o país que paga o maior valor em pensões no mundo. Os benefícios equivalem a 2,8% do PIB no Brasil, o dobro do padrão internacional, de acordo com Rolim. O Ministério da Previdência está estudando mudanças nas regras de pagamento de pensão para reduzir esse valor, mas não há previsão de quando elas serão levadas a cabo. A intenção do governo de extinguir o fator previdenciário, que permite que os trabalhadores se aposentem mais cedo, com benefícios menores, também não tem previsão de data para acontecer. O governo esperava que as novas regras poderiam ser votadas Congresso em agosto, mas não serão mais devido à necessidade da Casa de apreciar medidas provisórias que estão na pauta de votação, disse o secretário.

segunda-feira, 23 de julho de 2012

Caixa corta juros e dá mais prazo para comprar material de construção

A Caixa Econômica Federal anunciou nesta segunda-feira (23) o corte dos juros cobrados na linha Construcard, que financia a compra de material de construção. O banco também ampliou o prazo máximo de financiamento nessa linha. A taxa mínima do Construcard passou de 1,96% ao mês para 1,40% ao mês. A máxima, que era de 2,35% ao mês, agora é de 1,85% ao mês. O prazo máximo de financiamento, que antes era de 60 meses, foi ampliado para até 96 meses. As novas taxas e o novo prazo máximo valem a partir desta segunda (23). Dados da Caixa mostram que, nos últimos cinco anos, o Construcard já beneficiou mais de 1,2 milhão de famílias, emprestando cerca de R$ 15 bilhões. A linha Construcard é oferecida para compra de material de construção apenas em estabelecimentos conveniados. A lista pode ser consultada no site do banco. Não há limite máximo de financiamento

domingo, 22 de julho de 2012

Nº de candidatos 'explode' com criação de 5.405 novas vagas municipais

O aumento do número de vagas nas Câmaras Municipais em disputa nesta eleição levou a uma explosão de candidatos a vereador pelo país. Em 2009, o Congresso mudou a Constituição, permitindo mais cadeiras nos Legislativos municipais. A ampliação passa a valer neste ano: serão eleitos 5.405 vereadores a mais do que em 2008. As novas vagas impulsionaram o crescimento do número de interessados em ocupar o cargo: 87 mil a mais do que há quatro anos. Militante do PT há cerca de 20 anos, o microempresário Elcimar Pereira é um exemplo dos que levaram em conta o aumento de vagas ao decidir lançar sua campanha. "As vagas chamaram atenção, isso foi uma das coisas que pesaram", diz. Ele concorre pela primeira vez à Câmara de Barueri (SP), que terá sete cadeiras a mais e o triplo de candidatos de 2008. Nas cidades em que a Câmara cresceu, o número médio de candidaturas subiu 45%. Nos municípios sem aumento, a alta foi de 19%. Também pode ter pesado no crescimento de candidaturas a evolução nos últimos anos dos salários de vereador, que subiram na esteira dos reajustes do Congresso. "Ser vereador passou a ser um bom negócio", afirma o próprio representante da categoria, Sebastião Misiara, presidente interino da União de Vereadores do Brasil. Para o presidente da Confederação Nacional dos Municípios, Paulo Ziulkoski, as novas vagas são a maior razão do boom de candidatos. Com mais cadeiras, cresce também o teto de candidatos que cada partido pode inscrever. Uma sigla sem aliados pode lançar uma vez e meia o número de vagas da Câmara. Uma coligação pode candidatar duas vezes a quantidade. Apesar de ser favorável a mais representação nas Câmaras, Ziulkoski alerta para o risco de que isso sobrecarregue os orçamentos municipais. Sua entidade calcula que as Casas custem hoje R$ 10 bilhões anuais ao país.