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sábado, 22 de junho de 2013

Corrupção é principal motivação de manifestantes em SP, diz Datafolha

Apesar de a principal pauta das manifestações em São Paulo ser a redução das tarifas do transporte público, o principal motivo de participação foi a luta contra a corrupção, de acordo com pesquisa Datafolha realizada durante o protesto da última quinta-feira (20). Metade dos entrevistados citou a corrupção como a principal bandeira. Em seguida aparecem queda na tarifa (32%), contra os políticos (27%), melhora na qualidade do transporte (19%) e contra a PEC 37 (16%) --a soma dá mais de 100% porque puderam citar mais de um motivo. A margem de erro da pesquisa, que entrevistou 551 manifestantes durante toda a manifestação na avenida Paulista, é de 4 pontos percentuais para mais ou para menos. Veja o mapa dos protestos que acontecem pelo país Quais as novas bandeiras? Veja no protestômetro Veja o resumo dos 14 dias de protestos na capital paulista O perfil dos manifestantes traçado na pesquisa mostra que a maioria é homem (61%), tem nível superior (78%) e não possui nenhum partido de preferência (72%). Outra característica comum era a predominância do transporte público como forma de locomoção. O mais utilizado pelos manifestantes é o metrô (79%), seguido do ônibus (64%), trem (21%) e do carro (20%). Em média, os manifestantes lutavam para que a tarifa fosse de R$ 2 --46% pediram que chegasse no máximo a este valor. A próxima causa do MPL (Movimento Passe Livre), a tarifa zero, foi defendida por apenas 25% das pessoas. Veja fotos POLÍTICA Quando questionados sobre a posição ideológica em que se encaixa, 32% se apontaram como extremos liberais e 29%, liberais. A participação conversadora, embora minoritária, foi expressiva: 20% se viram desta maneira. 2% se disseram extremos conservadores. No geral, este posicionamento é mais liberal do que a última pesquisa Datafolha que fez esta pergunta em toda a cidade, de outubro do ano passado. Naquela pesquisa, 34% se disseram liberais ou extremos liberais, e 42% como conservadores e extremos conservadores. Quanto à posição política, 36% eram de esquerda ou centro-esquerda e 21%, de direita ou centro-direita. Em toda a cidade, essa proporção praticamente se inverte --é de 24% e 34%, respectivamente. Também rechaçam a volta da ditadura: para 87%, a democracia é sempre melhor do que qualquer outra forma de governo. (YGOR SALLES)

terça-feira, 18 de junho de 2013

Protestos se espalham e reúnem mais de 250 mil; grupos invadem Congresso, sede do governo do Paraná e Alerj

Mais de 250 mil pessoas participaram de protestos em várias cidades de norte a sul do Brasil nesta segunda-feira (17). A onda de protestos, que nas últimas semanas tinha como foco principal a redução de tarifas do transporte coletivo, ganhou proporções maiores e passou a incluir gritos de descontentamento com várias causas diferentes. Câmeras do UOL mostram protesto em SP em 30s Veja imagens aéreas de protesto em São Paulo Veja momento da invasão do Palácio Bandeirantes Manifestantes gritam palavras de ordem pela paz Houve registro de confrontos e violência em Belo Horizonte, no Rio de Janeiro, em Porto Alegre e em Brasília, onde manifestantes invadiram o Congresso Nacional. É a maior mobilização popular do Brasil desde os protestos pedindo o impeachment do então presidente Fernando Collor de Mello (hoje senador), em 1992. Além do Congresso Nacional, que foi desocupado após cinco horas, grupos também invadiram a sede do governo do Paraná e a Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro. As manifestações começaram, em sua maioria, de forma pacífica, mas houve agravamento da tensão no final da noite, com grupos de manifestantes partindo para ações mais radicais. No Rio de Janeiro, houve confronto com policiais. Mais de dez pessoas ficaram feridas nos confrontos nas ruas, duas delas a tiros. Manifestantes invadiram a Assembleia Legislativa do RJ e mantiveram 20 policiais militares como reféns. Eles também estavam feridos. A Tropa de Choque da PM retomou o prédio à força. Segundo estimativas da Coppe/UFRJ, 100 mil pessoas participaram dos protestos no Rio. Policiais tentaram dispersar manifestantes com o uso de bombas de gás lacrimogêneo. Manifestantes fizeram barricadas com fogo. Houve depredação na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro. Um carro foi incendiado por um grupo de manifestantes e explodiu. 9737truehttp://noticias.uol.com.br/enquetes/2013/06/12/voce-acha-que-protestos-podem-levar-a-reducao-do-preco-da-tarifa-do-transporte-publico.jsEm São Paulo, manifestantes tentaram invadir a sede do governo, no Palácio dos Bandeirantes. Um portão chegou a ser quebrado no local por volta das 23h, mas a Tropa de Choque da PM impediu a entrada do grupo. Na manifestação de São Paulo, que reuniu 65 mil pessoas (segundo medição do instituto Datafolha) na zona oeste e na zona sul da cidade, por exemplo, ouviam-se gritos de ordem contra a presidente Dilma Rousseff (PT), contra o governador Geraldo Alckmin, faixas contra o uso de dinheiro público nas obras da Copa, protestos contra a PEC 37 (proposta de mudança de legislação que tira o poder de investigação do Ministério Público), contra corrupção e violência, por educação melhor e redução do custo de vida e pedindo melhores serviços públicos em geral. "O povo unido jamais será vencido", entoava um coro de milhares de manifestantes na avenida Faria Lima por volta das 20h. Cenas do protesto em SP Elio Gaspari: Os distúrbios começaram pela ação da polícia, mais precisamente por um grupo de uns 20 homens da Tropa de Choque, que, a olho nu, chegou com esse propósito Leia mais Existe terror em SP: "Fosse você manifestante, transeunte ou jornalista a trabalho, não havia saída. A cada arremesso de bomba, alguém pedia por vinagre ou o oferecia". Leia mais Ataque à imprensa: Diversos jornalistas foram feridos e presos pela polícia durante a cobertura do ato. Vídeo mostra que um grupo se identifica, mas é atingido por tiros de borracha e de gás lacrimogênio mesmo assim. Assista Nova postura: Após a violência do protesto da quinta-feira (13), o governo de SP se comprometeu a não acionar a tropa de choque, não prender quem levar vinagre ao protesto, respeitar o caminho escolhido pela manifestação, mesmo que seja a avenida Paulista, e não usar bala de borracha Datafolha: Maioria da população apoia os protestos SP tem uma das tarifas mais caras do mundo MPL: 'Foi a população de SP que se levantou' Balas de borracha 'não letais', sim, podem matar Grupo recomenda que mulheres evitem saia Os protestos de São Paulo, em seu quinto dia, também mostraram que houve a adesão de outros setores da sociedade. Não mais apenas estudantes, ativistas e militantes políticos estavam nas ruas nesta terça, mas houve relatos de pessoas que resolveram participar do protesto atraídos pela divulgação e pelos comentários nas redes sociais. Por exemplo, houve gente que levou a família para participar dos atos em São Paulo. Em Maceió, um adolescente de 16 anos foi atingido por um tiro durante a manifestação. O número de participantes em todas as manifestações, que ocorreram em mais de 20 cidades, pode ser bem maior, pois em nem todas foi oficialmente divulgado o total de público. MultidãoEm algumas cidades, o protesto foi convocado "em solidariedade" às vítimas da violência nos atos de quinta-feira passada (13) em São Paulo, quando pessoas que não participavam dos protestos e até jornalistas foram atingidos e feridos por disparos de balas de borrachas da Tropa de Choque da PM. Veja a estimativa de participantes em algumas das cidades em que houve protestos nesta segunda: Rio de Janeiro – 100 mil São Paulo – 65 mil Belo Horizonte – 30 mil Belém – 13.000 Curitiba – 10.000

Protestos se espalham e reúnem mais de 250 mil; grupos invadem Congresso, sede do governo do Paraná e Alerj

Mais de 250 mil pessoas participaram de protestos em várias cidades de norte a sul do Brasil nesta segunda-feira (17). A onda de protestos, que nas últimas semanas tinha como foco principal a redução de tarifas do transporte coletivo, ganhou proporções maiores e passou a incluir gritos de descontentamento com várias causas diferentes. Câmeras do UOL mostram protesto em SP em 30s Veja imagens aéreas de protesto em São Paulo Veja momento da invasão do Palácio Bandeirantes Manifestantes gritam palavras de ordem pela paz Houve registro de confrontos e violência em Belo Horizonte, no Rio de Janeiro, em Porto Alegre e em Brasília, onde manifestantes invadiram o Congresso Nacional. É a maior mobilização popular do Brasil desde os protestos pedindo o impeachment do então presidente Fernando Collor de Mello (hoje senador), em 1992. Além do Congresso Nacional, que foi desocupado após cinco horas, grupos também invadiram a sede do governo do Paraná e a Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro. As manifestações começaram, em sua maioria, de forma pacífica, mas houve agravamento da tensão no final da noite, com grupos de manifestantes partindo para ações mais radicais. No Rio de Janeiro, houve confronto com policiais. Mais de dez pessoas ficaram feridas nos confrontos nas ruas, duas delas a tiros. Manifestantes invadiram a Assembleia Legislativa do RJ e mantiveram 20 policiais militares como reféns. Eles também estavam feridos. A Tropa de Choque da PM retomou o prédio à força. Segundo estimativas da Coppe/UFRJ, 100 mil pessoas participaram dos protestos no Rio. Policiais tentaram dispersar manifestantes com o uso de bombas de gás lacrimogêneo. Manifestantes fizeram barricadas com fogo. Houve depredação na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro. Um carro foi incendiado por um grupo de manifestantes e explodiu. 9737truehttp://noticias.uol.com.br/enquetes/2013/06/12/voce-acha-que-protestos-podem-levar-a-reducao-do-preco-da-tarifa-do-transporte-publico.jsEm São Paulo, manifestantes tentaram invadir a sede do governo, no Palácio dos Bandeirantes. Um portão chegou a ser quebrado no local por volta das 23h, mas a Tropa de Choque da PM impediu a entrada do grupo. Na manifestação de São Paulo, que reuniu 65 mil pessoas (segundo medição do instituto Datafolha) na zona oeste e na zona sul da cidade, por exemplo, ouviam-se gritos de ordem contra a presidente Dilma Rousseff (PT), contra o governador Geraldo Alckmin, faixas contra o uso de dinheiro público nas obras da Copa, protestos contra a PEC 37 (proposta de mudança de legislação que tira o poder de investigação do Ministério Público), contra corrupção e violência, por educação melhor e redução do custo de vida e pedindo melhores serviços públicos em geral. "O povo unido jamais será vencido", entoava um coro de milhares de manifestantes na avenida Faria Lima por volta das 20h. Cenas do protesto em SP Elio Gaspari: Os distúrbios começaram pela ação da polícia, mais precisamente por um grupo de uns 20 homens da Tropa de Choque, que, a olho nu, chegou com esse propósito Leia mais Existe terror em SP: "Fosse você manifestante, transeunte ou jornalista a trabalho, não havia saída. A cada arremesso de bomba, alguém pedia por vinagre ou o oferecia". Leia mais Ataque à imprensa: Diversos jornalistas foram feridos e presos pela polícia durante a cobertura do ato. Vídeo mostra que um grupo se identifica, mas é atingido por tiros de borracha e de gás lacrimogênio mesmo assim. Assista Nova postura: Após a violência do protesto da quinta-feira (13), o governo de SP se comprometeu a não acionar a tropa de choque, não prender quem levar vinagre ao protesto, respeitar o caminho escolhido pela manifestação, mesmo que seja a avenida Paulista, e não usar bala de borracha Datafolha: Maioria da população apoia os protestos SP tem uma das tarifas mais caras do mundo MPL: 'Foi a população de SP que se levantou' Balas de borracha 'não letais', sim, podem matar Grupo recomenda que mulheres evitem saia Os protestos de São Paulo, em seu quinto dia, também mostraram que houve a adesão de outros setores da sociedade. Não mais apenas estudantes, ativistas e militantes políticos estavam nas ruas nesta terça, mas houve relatos de pessoas que resolveram participar do protesto atraídos pela divulgação e pelos comentários nas redes sociais. Por exemplo, houve gente que levou a família para participar dos atos em São Paulo. Em Maceió, um adolescente de 16 anos foi atingido por um tiro durante a manifestação. O número de participantes em todas as manifestações, que ocorreram em mais de 20 cidades, pode ser bem maior, pois em nem todas foi oficialmente divulgado o total de público. MultidãoEm algumas cidades, o protesto foi convocado "em solidariedade" às vítimas da violência nos atos de quinta-feira passada (13) em São Paulo, quando pessoas que não participavam dos protestos e até jornalistas foram atingidos e feridos por disparos de balas de borrachas da Tropa de Choque da PM. Veja a estimativa de participantes em algumas das cidades em que houve protestos nesta segunda: Rio de Janeiro – 100 mil São Paulo – 65 mil Belo Horizonte – 30 mil Belém – 13.000 Curitiba – 10.000

domingo, 16 de junho de 2013

PM e líderes se reúnem para discutir protesto contra aumento da tarifa em SP

SSP (Secretaria de Segurança Pública) e a Polícia Militar de São Paulo convocaram os líderes do Movimento Passe Livre (MPL) para planejar o protesto contra o aumento da tarifa do transporte público marcado para esta segunda-feira (17), em São Paulo. A reunião será às 10h, já que a manifestação está marcada para iniciar às 17h, no Largo da Batata, em Pinheiros. 9772truehttp://noticias.uol.com.br/enquetes/2013/06/13/voce-e-a-favor-da-repressao-policial-a-manifestantes.jsO valor das passagens de ônibus, trem e metrô subiu de R$ 3 para R$ 3,20 neste mês. Será a quinta manifestação realizada em dez dias. O protesto da última quinta-feira (13) foi o mais violento. Segundo o secretário de Segurança Pública do Estado de São Paulo Fernando Grella, a PM quer combinar com os idealizadores o trajeto a ser percorrido para "garantir que a manifestação seja pacífica". Ele acrescentou que acha que não será necessário o uso de bombas de gás lacrimogêneo e da tropa de choque. Grella também admitiu que ninguém será detido por portar vinagre. Nina Cappello, estudante de direito da USP (Universidade de São Paulo) e uma das líderes do MPL, afirma que o movimento vai participar da reunião, mas que não pode assegurar o trajeto que será percorrido. "É importante uma conversa com a PM, principalmente, para evitar a repressão policial. Mas foi o que eu disse para eles: não consigo garantir a definição do trajeto, porque é uma questão política e não técnica. O MPL não decide sozinho, a gente faz uma série de articulações com organizações políticas." Cenas do protesto em SP Elio Gaspari: Quem acompanhou a manifestação ao longo dos 2 km que vão do Theatro Municipal à esquina da rua da Consolação com a Maria Antônia pode assegurar: os distúrbios começaram pela ação da polícia, mais precisamente por um grupo de uns 20 homens da Tropa de Choque, que, a olho nu, chegou com esse propósito Leia mais Existe terror em SP: "Ouvi um homem gritar 'orgulho, meu' à massa. Massa que, aliás, contou não apenas jovens, mas idosos, famílias, gente recém-saída do trabalho. A transformação da 'micareta' veio na subida da Consolação, onde a passeata foi recebida por bombas de gás e tiros. Na correria rumo à praça Roosevelt, era explícito o temor de que a PM, que já começava a cercar o local, a invadisse com as armas". Leia mais Parece a ditadura, diz mulher atingida pela PM Datafolha: Maioria da população apoia os protestos O governo diz que não quer repetir o que ocorreu na manifestação da última quinta-feira (13), que foi marcada pela violência da polícia. "A cidade não quer violência", disse Grella. Na quinta, cerca de 40 pessoas foram presas antes mesmo de o protesto começar. Manifestantes e jornalistas que carregavam vinagre --como o repórter Piero Locatelli, da revista "Carta Capital"-- para reduzir os efeitos de bombas de gás lacrimogêneo foram detidos, sob a alegação da PM de que o produto pode ser usado para fabricar bombas caseiras. Segundo o Movimento Passe Livre, pelo menos cem ficaram feridos. O balanço oficial da Polícia Militar sobre o protesto, divulgado na sexta-feira (14), revelou que 12 PMs ficaram feridos na ação. Na manifestação de quinta-feira, a PM mobilizou grande aparato, com tanques blindados, helicópteros e até a cavalaria. Além da Tropa de Choque, policiais da Rota e da Força Tática atuaram na repressão, totalizando efetivo de 900 homens. Segundo relato da repórter do UOL, Janaina Garcia, a polícia atirou indiscriminadamente contra manifestantes, transeuntes e jornalista a trabalho. "Não havia saída pela via nem pelas transversais, todas cercadas pelo Choque". Veja o relato.