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sábado, 18 de agosto de 2012

Depoimentos confirmam participação de Dirceu no mensalão, diz Gurgel

Em um novo documento enviado a todos os ministros do STF (Supremo Tribunal Federal), o Procurador-Geral da República, Roberto Gurgel, afirma que os depoimentos colhidos no processo confirmam o envolvimento de José Dirceu no esquema do mensalão, ao contrário do que disse a defesa do petista. Gurgel enviou o memorial anteontem numa estratégia silenciosa de rebater os principais pontos levantados pela defesa dos réus no plenário. Editorial: Sem cartas marcadas Análise: Decisão de fatiar votação pode alterar resultado Data Venia: Entenda o vocabulário usado durante o julgamento do mensalão Mudança no rito do julgamento põe voto de Peluso em dúvida Após voto do relator, defesa de Valério diz que ministros são independentes O advogado de Dirceu, José Luís Oliveira Lima havia rebatido, também por meio de memorial, as acusações do procurador. No documento, Oliveira Lima apontou 49 "omissões", incluindo trechos de depoimentos de integrantes do primeiro escalão do governo Dilma. Além de reafirmar o envolvimento de Dirceu, o procurador rebate a tese, também propalada em plenário, de que o dinheiro era para caixa dois de campanha. Veja fotos do julgamento A Folha teve acesso ao documento. Gurgel menciona uma série de depoimentos em juízo que, segundo ele, "demonstra a procedência da acusação" contra Dirceu. "A prova que sustenta a acusação, notadamente a prova testemunhal, não se resume, como quer a defesa, a elementos probatórios não submetidos ao crivo do contraditório", diz o procurador sobre Dirceu. Entre os depoentes citados no memorial está o deputado cassado e também réu Roberto Jefferson (PTB). Diz Gurgel: "Ao contrário do que afirmou a defesa de José Dirceu, tudo o que Roberto Jefferson declarou em seus depoimentos na fase extrajudicial foi confirmado em juízo --'Excelência, reitero, confirmo, ratifico todas as informações que dei no passado'". Segundo o procurador, a declaração de Jefferson "confere aos depoimentos a mesma eficácia do testemunho judicial, constituindo prova direta dos fatos". Gurgel incluiu ainda depoimentos de Marcos Valério, dos ex-deputados Pedro Corrêa, Virgílio Guimarães, entre outras pessoas. "Muito embora o Ministério Público tenha se referido a depoimentos colhidos na fase de investigação, todos foram confirmados na instrução da ação penal", afirma o procurador. TESE CONTESTADA Gurgel ainda contesta a tese reafirmada pela defesa dos réus no STF de que o dinheiro foi destinado ao pagamento de contas eleitorais. Segundo ele, os advogados tentaram "desqualificar a acusação". "No entanto, não explicaram por que os acordos e a obtenção do dinheiro foram feitos por intermédio de empresário vinculado a esquema de desvio de dinheiro", afirma Gurgel. "E, também, por que procedeu-se à distribuição do dinheiro aos beneficiários mediante técnicas próprias de lavagem de capitais". O procurador ainda aproveitou para defender a acusação de formação de quadrilha e justificar o uso de perícias como prova no processo. Também insiste, no caso dos dirigentes do Banco Rural, que eles não comunicaram aos órgãos de controle --Banco Central e Coaf-- a distribuição de dinheiro em espécie a agentes políticos. No memorial, Gurgel diz que houve tentativa de uma "verdadeira cortina de fumaça" no debate sobre desvios no Banco do Brasil. Segundo o procurador, as circunstâncias "absolutamente aleatórias" de algumas votações que envolveram negociações ilícitas não terem ocorrido como pretendia o grupo "criminoso" são "irrelevantes para a caracterização do crime".

Depoimentos confirmam participação de Dirceu no mensalão, diz Gurgel

Em um novo documento enviado a todos os ministros do STF (Supremo Tribunal Federal), o Procurador-Geral da República, Roberto Gurgel, afirma que os depoimentos colhidos no processo confirmam o envolvimento de José Dirceu no esquema do mensalão, ao contrário do que disse a defesa do petista. Gurgel enviou o memorial anteontem numa estratégia silenciosa de rebater os principais pontos levantados pela defesa dos réus no plenário. Editorial: Sem cartas marcadas Análise: Decisão de fatiar votação pode alterar resultado Data Venia: Entenda o vocabulário usado durante o julgamento do mensalão Mudança no rito do julgamento põe voto de Peluso em dúvida Após voto do relator, defesa de Valério diz que ministros são independentes O advogado de Dirceu, José Luís Oliveira Lima havia rebatido, também por meio de memorial, as acusações do procurador. No documento, Oliveira Lima apontou 49 "omissões", incluindo trechos de depoimentos de integrantes do primeiro escalão do governo Dilma. Além de reafirmar o envolvimento de Dirceu, o procurador rebate a tese, também propalada em plenário, de que o dinheiro era para caixa dois de campanha. Veja fotos do julgamento A Folha teve acesso ao documento. Gurgel menciona uma série de depoimentos em juízo que, segundo ele, "demonstra a procedência da acusação" contra Dirceu. "A prova que sustenta a acusação, notadamente a prova testemunhal, não se resume, como quer a defesa, a elementos probatórios não submetidos ao crivo do contraditório", diz o procurador sobre Dirceu. Entre os depoentes citados no memorial está o deputado cassado e também réu Roberto Jefferson (PTB). Diz Gurgel: "Ao contrário do que afirmou a defesa de José Dirceu, tudo o que Roberto Jefferson declarou em seus depoimentos na fase extrajudicial foi confirmado em juízo --'Excelência, reitero, confirmo, ratifico todas as informações que dei no passado'". Segundo o procurador, a declaração de Jefferson "confere aos depoimentos a mesma eficácia do testemunho judicial, constituindo prova direta dos fatos". Gurgel incluiu ainda depoimentos de Marcos Valério, dos ex-deputados Pedro Corrêa, Virgílio Guimarães, entre outras pessoas. "Muito embora o Ministério Público tenha se referido a depoimentos colhidos na fase de investigação, todos foram confirmados na instrução da ação penal", afirma o procurador. TESE CONTESTADA Gurgel ainda contesta a tese reafirmada pela defesa dos réus no STF de que o dinheiro foi destinado ao pagamento de contas eleitorais. Segundo ele, os advogados tentaram "desqualificar a acusação". "No entanto, não explicaram por que os acordos e a obtenção do dinheiro foram feitos por intermédio de empresário vinculado a esquema de desvio de dinheiro", afirma Gurgel. "E, também, por que procedeu-se à distribuição do dinheiro aos beneficiários mediante técnicas próprias de lavagem de capitais". O procurador ainda aproveitou para defender a acusação de formação de quadrilha e justificar o uso de perícias como prova no processo. Também insiste, no caso dos dirigentes do Banco Rural, que eles não comunicaram aos órgãos de controle --Banco Central e Coaf-- a distribuição de dinheiro em espécie a agentes políticos. No memorial, Gurgel diz que houve tentativa de uma "verdadeira cortina de fumaça" no debate sobre desvios no Banco do Brasil. Segundo o procurador, as circunstâncias "absolutamente aleatórias" de algumas votações que envolveram negociações ilícitas não terem ocorrido como pretendia o grupo "criminoso" são "irrelevantes para a caracterização do crime".

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Sportv

A participação especial de Galvão Bueno na cobertura dos Jogos Olímpicos de Londres no SporTV termina com a notícia de que o jornalista Renato Mauricio Prado não renovará seu contrato com o canal pago da Globo. Prado brigou ao vivo com Galvão durante o “Conexão SporTV” e, nos dias seguintes, se recusou a voltar ao programa, apesar do pedido de desculpas feito pelo apresentador ao vivo. Segundo o jornalista Lauro Jardim, de “Veja”, a direção do Sportv chegou a pensar em tentar uma reconciliação da dupla, mas desistiu. “Seu contrato, que já tinha expirado, não será renovado”, escreveu. Prado participava de três programas no canal pago de esportes da Globo, “Bem Amigos” (às segundas), “Redação SporTV” (às quintas e sextas) e “Troca de Passes” (domingos). Apesar da briga e do mau humor que demonstrou em outros momentos nos Jogos, Galvão saiu de Londres coberto de elogios pela direção do SporTV, que considera a participação do narrador na cobertura dos Jogos positiva para a emissora

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Raí diz que Lucas sofrerá pressão dobrada por título e para justificar investimento de R$ 108 mi

Pressão na saída e na chegada. Por um título e por resultados que justifiquem um investimento considerado por muitos um absurdo. É com isso que o meia-atacante Lucas, 20 anos recém-completados, terá de conviver nos próximos meses. A opinião é do ex-jogador Raí, ídolo tanto do São Paulo quanto do Paris Saint-Germain. Na semana passada, o clube francês aceitou pagar R$ 108 milhões para contar com Lucas em 2013. A transação se tornou a mais cara do futebol brasileiro. Quando deixar o São Paulo, o meia-atacante vai começar uma trajetória semelhante à do antigo camisa 10. Em 1993, aos 28 anos e já multicampeão (dois Paulistas, duas Libertadores e um Mundial), Raí deixou o Morumbi para fazer carreira no Parc des Princes, estádio onde o PSG manda seus jogos. Lucas terá duas oportunidades de ganhar seu primeiro título: no Brasileirão ou na Copa Sul-Americana. “Todos os olhos vão estar voltados para ele. Vamos ver qual vai ser a sua reação”, afirma Raí sobre os próximos meses de Lucas com a camisa tricolor.

terça-feira, 14 de agosto de 2012

Após sumiço, vocalista do Killing Joke é encontrado no deserto

Jaz Coleman, 52, resolveu aparecer. O vocalista do Killing Joke foi encontrado --vivo-- no deserto africano, mais precisamente no Saara Ocidental, após duas semanas sem dar notícias aos colegas de banda. Cantor Péricles deixa UTI e vai para quarto particular Músicas do encerramento dos Jogos Olímpicos são reunidas em CD duplo O músico se isolou para trabalhar no projeto de um disco e terminar de escrever um livro. "Para que essa confusão toda?", ironizou Coleman, em comunicado publicado em sua página oficial no Facebook. A nota afirma que ele tem levado uma vida nômade no deserto há pelo menos um mês. Killing Joke No fim de julho, um comunicado do Killing Joke --um dos principais nomes do pós-punk britânico-- comunicou o desaparecimento de Jaz Coleman também no Facebook. "Estamos todos preocupados com o bem-estar do nosso vocalista." O sumiço de Coleman fez com que a banda saísse da turnê europeia que faria com as bandas The Cult e The Mission. "Estamos profundamente envergonhados e oferecemos nossas sinceras desculpas a todos os envolvidos", disseram os integrantes. No início do ano, o Killing Joke lançou seu 15º álbum, "2012".

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Forbes ironiza preços da Chrysler no Brasil e quem busca status em carro caro

Um jornalista da versão online da revista americana Forbes, especializada em finanças e muito conhecida por compilar listas das maiores fortunas do mundo, escreveu um artigo em que ataca o preço excessivo cobrado no Brasil por modelos da Chrysler. Especificamente, citou o Jeep Grand Cherokee, já à venda no país, e antecipou crítica ao futuro preço do Dodge Durango, que só deve ser mostrado no Salão do Automóvel de São Paulo, em outubro. Jeep e Dodge são marcas do grupo Chrysler, hoje controlado pela Fiat. "Alguém pode imaginar que pagar US$ 80 mil por um Jeep Grand Cherokee significa que ele vem equipado com grades folheadas a ouro e asas. Mas no Brasil esse é o preço de um básico". É assim, em tradução literal, que começa o texto de Kenneth Rapoza, jornalista que cobre os BRICs (Brasil, Rússia, Índia e China) para a Forbes. O título original é "Brazil's ridiculous $80,000 Jeep Grand Cherokee", que, vertido ao pé da letra, fica "O Jeep Grand Cherokee brasileiro de ridículos US$ 80 mil". O termo ridiculous, quando usado em frases construídas assim, serve para sublinhar o exagero daquilo a que se refere (no caso, o preço), em vez de simplesmente significar "ridículo". Mas a crítica continua duríssima. Rapoza centra sua argumentação nos modelos da Chrysler e não comenta, por exemplo, que mesmo os carros fabricados no Brasil também são relativamente caros. O jornalista aponta os culpados de sempre pelos preços inflados (ele prevê o Durango a R$ 190 mil): impostos sobre importados e outras taxas aplicáveis a produtos industriais. "Com os R$ 179 mil que paga por um único Grand Cherokee, um brasileiro poderia comprar três, se vivesse em Miami", escreve Rapoza. O valor é o da versão Laredo; a Limited custa R$ 204,9 mil. Mas a questão principal, para ele, é mostrar que o brasileiro que gasta esse dinheiro todo num modelo Jeep não deveria acreditar que está comprando um produto que lhe dê status. "Sorry, Brazukas" (sic), escreve Rapoza. "Não há status em comprar Toyota Corolla, Honda Civic, Jeep Cherokee ou Dodge Durango; não se deixe enganar pelo preço cobrado". O jornalista acrescenta que "um professor de escola primária pública no Bronx [bairro de Nova York]" pode comprar um Grand Cherokee pouco rodado, enquanto no Brasil trata-se de carro de bacana. A citação de Civic e Corolla é importante porque, nos Estados Unidos, estes são considerados carros baratos, de entrada -- mas no Brasil, mesmo fabricados localmente, custam mais de R$ 60 mil (cerca de US$ 30 mil). SE É CARO, É MELHOR O que Kenneth Rapoza diz, no fundo, é que o consumidor brasileiro confunde preço alto com qualidade, e/ou atribui status a qualquer coisa que seja cara. O jornalista reconhece que vê esse "valor de imagem" em carros de Audi, BMW, Mercedes-Benz e grifes esportivas italianas, mas jamais em modelos do grupo Chrysler. Essa tese é explicada exaustivamente por Rapoza nas respostas aos comentários de leitores, que, até a publicação desta reportagem, eram 88 -- muitos deles postados por pessoas usando nomes brasileiros. Ali, o próprio Rapoza arrisca algumas palavras em português. Em seu perfil no site da Forbes, o jornalista relata que cobriu o país "pré-Lula e pós-Lula", sendo que nos últimos cinco anos trabalhou como correspondente aqui para o Wall Street Journal e a agência Dow Jones. Agora está baseado em Nova York.

domingo, 12 de agosto de 2012

Maioria quer punição dos réus do mensalão, mas acha que ninguém vai preso

A maioria dos brasileiros defende a condenação dos principais réus do mensalão, mas só um em cada dez acredita que eles serão presos ao fim do julgamento no STF (Supremo Tribunal Federal). Segundo pesquisa Datafolha, 73% da população acha que os acusados de participar do escândalo devem ser mandados para a cadeia. No entanto, só 11% dizem acreditar que isso acontecerá. Os números se invertem em relação à hipótese de absolvição dos réus. Apenas 5% torcem para que eles sejam inocentados, mas 43% estão convictos de que este será o resultado do julgamento. Saiba quem são os acusados Veja o perfil dos juízes do STF Entenda o caminho do dinheiro Leia as defesas dos réus Outros 14% defendem que os réus sejam condenados, mas não recebam pena de prisão. Este resultado é esperado por 37% dos entrevistados. Se o tribunal julgar que os acusados são culpados pelos crimes apontados na denúncia, eles correm risco de prisão. Entretanto, o STF pode condená-los a penas mais brandas, como a prestação de serviços comunitários. Em outra hipótese, os réus podem ser condenados à prisão e permanecer em liberdade, caso os crimes já estejam prescritos. Isso ocorrerá se a corte aplicar penas mínimas, de até dois anos de cadeia. De acordo com o levantamento, quatro em cada cinco brasileiros (82%) acreditam que o mensalão foi um caso de corrupção que envolveu o uso de dinheiro público para comprar votos no Congresso. Isso demonstra amplo apoio popular à tese sustentada pelo procurador-geral da República, Roberto Gurgel. Só 7% dizem confiar na linha de defesa dos réus, que negam a prática de corrupção e sustentam que houve apenas caixa dois de campanha. Metade dos entrevistados afirma que o julgamento não terá influência na definição do seu voto para prefeito nas eleições deste ano. Outros 41% dizem que o resultado terá influência, seja grande (21%) ou pequena (20%). A pesquisa também mediu o nível de informação sobre o caso. A maioria (81%) diz que tomou conhecimento do mensalão, mas só 18% se consideram bem informados. A fatia que está a par do julgamento no STF é de 75%. A opinião sobre a cobertura da imprensa está dividida: 45% a consideram completa, e 42%, incompleta. Para 46%, o trabalho dos meios de comunicação é parcial. Para outros 39%, é imparcial. A cobertura é "séria" para 46% e "sensacionalista" para 38%. O Datafolha entrevistou 2.562 pessoas na quinta. A margem de erro é de dois pontos para mais ou para menos.