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sábado, 29 de dezembro de 2012

Prefeito reeleito de BH eleva próprio salário em 23%; vereadores terão aumento acima da inflação

O prefeito reeleito de Belo Horizonte, Marcio Lacerda (PSB), sancionou neste sábado (29) lei que eleva em 23% a sua própria remuneração, a do vice-prefeito Délio Malheiros (PV) e a dos secretários municipais, e em 34% os salários dos 41 vereadores da capital mineira, que tomam posse na próxima terça-feira (1º de janeiro). A medida foi publicada no "Diário Oficial do Município". A partir de janeiro, o salário do prefeito passa de R$ 19.080 para R$ 23.430. Os salários do vice-prefeito e dos secretários municipais foram fixados em R$ 15.689, e o dos vereadores, em R$ 12.459. Perfil do prefeito Nome: Marcio Lacerda Partido: PSB Nascimento: 22/1/1946 Município de nascimento: Leopoldina (MG) Ocupação: Prefeito Vice: Délio Malheiros (PV) Coligação: BH Segue em Frente (PSDB/PP/PPS/PSB/PRB/PT do B/PSL/PR/PSD/ PTC/PRP/PTN/DEM/PMN/PTB/PV/PS) O último aumento de salários do prefeito, secretários e vereadores de Belo Horizonte foi em janeiro de 2009. De lá para cá, a inflação calculada pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) foi de 23%, mesmo percentual apurado pelo IGP-M (Índice Geral de Preços do Mercado). Portanto, o reajuste dos salários do prefeito, vice-prefeito e vereadores repôs integralmente a inflação do período. O reajuste, porém, no subsídio dos vereadores superou esses índices em 11 pontos percentuais. O aumento, entretanto, pode ser questionado pelo TCE-MG (Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais). O entendimento dos conselheiros em relação a episódios semelhantes é de que os aumentos de salários dos agentes públicos não podem ser feitos após as eleições. "A fixação (dos subsídios) deve ocorrer antes das eleições municipais (...) para não dar azo a eventuais questionamentos quanto à impessoalidade e moralidade administrativa", informa documento da corte que elenca decisões do TCE-MG em relação às normas para reajustes de salários. No entendimento do Tribunal, a iniciativa seria um ato de "legislar em causa própria". As eleições municipais deste ano foram realizadas no último dia 7 de outubro -- Lacerda foi reeleito no primeiro turno. Na prestação de contas do correio ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Lacerda declarou patrimônio de R$ 58,8 milhões, o segundo maior entre os candidatos das capitais. Desse total, R$ 35 milhões são em investimentos. Leia mais Coligação de Marcio Lacerda elege 75% dos vereadores em Belo Horizonte "Meu plano é cumprir os quatro anos", diz Marcio Lacerda (PSB) após reeleição Por meio de sua assessoria de comunicação, o prefeito informou que não iria comentar a questão. De acordo com a assessoria, caberia à Câmara Municipal se pronunciar sobre o assunto. Revisão inflacionária A Lei 10.590 sancionada pelo prefeito coloca uma "revisão inflacionária anual" para shakira os vencimentos. Com isso, os aumentos de salários do prefeito, secretários e vereadores, durante o mandato do socialista, serão automáticos. "Os subsídios de que trata agencia esta lei serão revisados em janeiro dos anos de 2014, 2015 e 2016", diz o texto. Veja Álbum de fotos Um reajuste aprovado pelos vereadores de Belo Horizonte em dezembro de 2011, elevando os salários dos agentes públicos em 61,8%, foi vetado pelo prefeito após grande pressão da população, sobretudo nas redes sociais. O aumento sancionado neste sábado por Lacerda, aprovado pela Câmara Municipal há duas semanas, é consequência do pedido feito pelo próprio prefeito à mesa da Casa, solicitando, por meio de ofício, projeto de lei para tratar da fixação dos salários para a nova legislatura (2013-2016). Quem é Marcio Lacerda Lacerda tem 66 anos. Entrou na vida pública em 2003, quando aceitou o convite para ser secretário-executivo do Ministério da Integração Nacional do governo Lula, na gestão de Ciro Gomes. Em 2007, assumiu a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais, durante o governo Neves.

Haddad quer vistoria em veículos a cada 2 anos e sem cobrança de taxa

O prefeito eleito Fernando Haddad (PT) vai acabar em 2013 com a inspeção ambiental veicular anual --a vistoria terá de ocorrer a cada dois anos-- e torná-la obrigatória só para veículos com cinco anos ou mais de fabricação. 'Decisão foi sábia', afirma tributarista sobre inspeção veicular Para consultor, fim de inspeção veicular anual em SP é 'retrocesso' As medidas podem reduzir em 40% o número de veículos vistoriados, que neste ano deve chegar a 3,1 milhões. Outra alteração importante é livrar o dono do veículo de pagar a taxa cobrada pela Controlar, empresa que opera o serviço de inspeção da emissão de poluentes. O pagamento virá da prefeitura. Embora criticada por ambientalistas, Haddad diz que o fim da inspeção anual e dos veículos novos tem respaldo técnico. Para ele, as montadoras são responsáveis pelos níveis de emissão de poluentes no período de garantia. As mudanças radicais no processo foram anunciadas ontem por sua equipe, mas, para Haddad cumprir uma de suas principais promessas na campanha eleitoral, ele terá que contar com a Câmara. O caminho escolhido pela administração petista para implantar as mudanças é mandar um projeto de lei para os vereadores apreciarem. Haddad deve iniciar seu governo com uma ampla maioria no Legislativo. O texto com as novas regras da inspeção deve chegar à Câmara em fevereiro, quando termina o recesso parlamentar. REEMBOLSO Como o agendamento para inspeção de carros, motos e automóveis com placas de final 1 começa na terça-feira, dia 2 de janeiro, quem não quiser esperar a aprovação das mudanças pela Câmara terá que pagar a taxa para depois, se ela realmente cair, pedir reembolso à prefeitura. Haddad estudava devolver o dinheiro pago pelos motoristas já no primeiro momento, como revelou em entrevista à Folha, mas, por orientação jurídica, tomou a decisão de aguardar a aprovação da lei para fazer o reembolso. Em 2008, primeiro ano da inspeção, o prefeito Gilberto Kassab (PSD) foi contestado pelo Ministério Público por decidir devolver a taxa. Na ocasião, a devolução do dinheiro foi definida por decreto. Para os promotores, só poderia ser fixada por lei. Aguardar o aval da Câmara, portanto, foi uma maneira de Haddad ter garantia jurídica para o procedimento, mesmo tendo de assumir o desgaste de não cumprir, logo no primeiro mês de mandato, a sua promessa. Editoria de arte/Folhapress SEM TAXA A grande preocupação em relação ao modelo desenhado pela futura gestão é viabilizar financeiramente a operação após o fim da taxa. A taxa da inspeção em 2013 será de R$ 47,44. O reajuste de 6,9% foi autorizado anteontem por Kassab, que ontem se despediu de seu gabinete no prédio da prefeitura, ao lado do vale do Anhangabaú, na região central da cidade. O serviço não será mais pago pelo contribuinte, mas a Controlar, como exige o contrato de concessão, tem de continuar a ser remunerada. Sem a mudança do modelo, a prefeitura gastaria cerca de R$ 180 milhões por ano com o subsídio. Com o novo modelo, o subsídio deve cair para perto de R$ 70 milhões. Procurada, a concessionária do serviço afirmou que não vai se pronunciar neste momento. Como a medida só entrará em vigor após a eventual aprovação pela Câmara, a empresa diz que a intenção é esperar os desdobramentos. A nova gestão municipal não descarta ter que reavaliar todo o contrato de concessão.

quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

São Paulo diz que foi procurado por Bolívar e que não existe veto a jogar no Morumbi

O São Paulo afirmou nesta quinta-feira, por meio de seu vice-presidente de futebol, João Paulo de Jesus Lopes, que foi procurado por dirigentes do Bolívar para uma explicação sobre o possível pedido de veto a jogar no Morumbi na pré-Libertadores. No fim de semana, um membro da diretoria da equipe boliviana declarou na imprensa local que o clube pediria à Conmebol a mudança do estádio, sob alegação de que o Morumbi não apresenta condições de segurança adequadas para receber a partida, em clara alusão aos problemas ocorridos com o Tigre (ARG) na final da Copa Sul-Americana. Veja Álbum de fotos Mas, segundo o cartola são-paulino, o clube boliviano já entrou em contato e disse que não existe esse pedido. “Ontem, a presidência do Bolívar nos esclareceu tudo isso, e eles têm tradição de amizade conosco. Nos ligaram pra esclarecer que não existe nenhuma restrição e não sabíamos de onde estavam vindo as notícias”, falou João Paulo, em entrevista à rádio Estadão ESPN.

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quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Renda per capita dos brasileiros cai com 'pibinho' de 2012

renda dos brasileiros medida em dólares deverá sofrer o maior recuo em uma década em 2012 provocada pela expansão fraca do PIB (Produto Interno Bruto) e pela desvalorização do real. O cenário de longo prazo do PIB per capita também mostra uma piora relativa a outros países porque as expectativas de expansão da economia caíram. Defasagem do poder de compra do Brasil em relação aos EUA é maior do que em 1980 Novo salário mínimo será de R$ 678 a partir de janeiro Dados compilados pela consultoria Consensus Forecast mostram que as projeções médias para o crescimento do PIB brasileiro no longo prazo recuaram de 4,5% para 3,9%, entre abril de 2010 e outubro deste ano. A maior parte dos países teve revisões para baixo. Houve reduções grandes para China, zona do euro e Japão. Mas, de forma geral, as quedas nas revisões foram menos significativas que a brasileira. Há também casos, como México e Alemanha, para os quais o cenário econômico melhorou um pouco. Como resultado dessas e de outras tendências, o Brasil deve recuar, entre 2012 e 2022, do 38º para o 39º lugar (entre 52 países) no ranking de renda per capita elaborado pela Consensus Forecast (que coleta projeções de bancos e consultorias estrangeiros e nacionais). Além da crise externa, "no Brasil há uma questão mais séria que é a incerteza regulatória. Isso tem afetado as decisões de investimento", afirma o economista Marcelo Moura, do Insper. QUEDA EM 2012 A contração dos investimentos é a principal causa do desempenho fraco da economia brasileira neste ano. Economistas estimam que o PIB crescerá entre 0,8% e 1,2% em 2012 como um todo. Como essa expansão da economia teve ritmo próximo ao do crescimento da população, a renda per capita ficará estagnada em reais. Mas recuará em dólares, já que a moeda brasileira se desvalorizou nesse período. Segundo cálculos feitos pela consultoria EIU (Economist Intelligence Unit) a pedido da Folha, o PIB per capita em dólares deverá sofrer uma contração de cerca de 9% este ano, para US$ 11.670. Será a queda mais forte desde 2002, quando houve recuo de 9,6%. Em 2009, o PIB per capita em dólares também caiu (2,9%) com uma recessão que, no entanto, foi parcialmente compensada por uma valorização do real. A estimativa feita pela EIU para 2012 considera crescimento de 1% da economia e depreciação cambial média de cerca de 14% da moeda. Segundo Robert Wood, analista da EIU, a queda do poder aquisitivo em dólares tem consequências de curto prazo relacionadas à capacidade de comprar bens importados, que ficam mais caros, e de viajar para o exterior. No caso das empresas, o custo mais alto de importar máquinas e equipamentos é um dos fatores que causa queda dos investimentos. Mas, segundo Wood e outros economistas, o movimento do PIB per capita em apenas um ano pode não revelar uma fotografia adequada do avanço da riqueza média da população. "Um histórico longo fornece uma ideia melhor do progresso do país", diz Wood. Moura, do Insper, ressalta que a renda per capita do Brasil cresceu a uma média baixa, de 2,4% ao ano, entre 1964 e 2012. Segundo cálculos do economista, essa taxa saltou para 3,4% entre 2006 e 2010 --período de expansão mais forte da economia. "O problema é que esse ritmo mais forte não se manteve e há dúvidas de que o país possa retomá-lo de forma sustentável", diz Moura.

terça-feira, 25 de dezembro de 2012

Mega da Virada pode pagar R$ 230 mi no dia 31, o maior prêmio da história

A Mega da Virada, que será sorteada no próximo dia 31, poderá pagar R$ 230 milhões, segundo estimativas da Caixa Econômica Federal. O prêmio, acumulado há oito concursos, será o maior pago pela loteria. Os concursos da Mega-Sena foram suspensos até o sorteio do dia 31, e todo o valor arrecadado em apostas será destinado à Mega da Virada. Por isso, o prêmio pode aumentar ainda mais. MAIS LOTERIAS Confira resultados da Loteria Federal, da Quina, da Loteca e outros sorteios na página do UOL Notícias UOL Notícias Loterias Segundo a Caixa, a Mega da Virada não acumula. Caso não haja ganhador com as seis dezenas sorteadas, o valor será dividido entre os vencedores da quina. Se não houver ganhadores nessa faixa, os ganhadores da quadra é que dividirão o prêmio. As apostas podem ser feitas até as 14h (horário de Brasília) do dia 31, em qualquer lotérica da Caixa. O valor da aposta mínima, com seis números, é de R$ 2. Último concurso No concurso 1.454 da Mega-Sena, realizado no último sábado (22), as dezenas sorteadas foram 04 - 27 - 29 - 41 - 48 - 52. Ninguém acertou os seis números, mas 144 apostadores fizeram a quina e levaram um prêmio de R$ 23.883,32 cada um. Outros 11.007 bilhetes acertaram a quadra e receberam R$ 446,36 cada.

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Exclusivo. Na contramão da Lei de Acesso, comissão defende sigilo para gastos com saúde, aposentadorias e pareceres da Advocacia da Casa, além da proibição de divulgar, por até 15 anos, renováveis por mais 15, o conteúdo de investigações internas por Fábio Góis | 19/12/2012 07:30 CATEGORIA(s): Lei de Acesso, Manchetes, Reportagens especiais Compartilhar Imprimir José Cruz/ABrImagem mostra sessão em que Senado aprovou a Lei de Acesso. Sarney defende publicidade de pareceres da Advocacia Em 2012, o Brasil viu entrar em vigor a Lei de Acesso à Informação, marco no estabelecimento de uma cultura de transparência das informações de interesse público. Com o mesmo propósito, o país sediou neste ano a 1ª Conferência Anual de Alto Nível da Parceria para o Governo Aberto. Mas, na contramão dessas iniciativas, uma comissão do Senado, criada justamente para ordenar e facilitar o acesso do cidadão às informações, quer tornar sigilosos alguns dos documentos mais importantes do Senado. Instalada em maio, a Comissão Permanente de Acesso a Documentos do Senado tornou-se um laboratório de medidas de restrição ao direito de informação. Pela proposta em discussão, à qual o Congresso em Foco teve acesso com exclusividade, todos os pareceres da Advocacia Geral do Senado serão considerados de “caráter reservado”. Ou seja, poderão ser mantidos sob sigilo por um prazo de até cinco anos, prorrogável por mais cinco. Minuta produzida pela comissão dificulta o acesso a diversos outros tipos de informação. Ela também qualifica como reservados “estudos, planos e programas estratégicos”; “processos e auditorias da Secretaria de Controle Interno”; “documentos subsidiários dos gabinetes dos senadores”; e os valores pagos pelo Sistema Integrado de Saúde (SIS), plano de saúde oferecido gratuitamente aos senadores e aos funcionários do Senado mediante pagamento de mensalidade. O documento define como “secretos” – isto é, sujeitos a sigilo por até 15 anos, renováveis por mais 15 – os dados, informações e documentos “que exponham conteúdo de investigação ou decisão interna corporis, relativa a juízos éticos”. Veja aqui a proposta de ato normativo . Leia tudo sobre a Lei de Acesso à Informação Para entrar em vigor, o texto do ato terá de ser submetido à Comissão Diretora do Senado, o que só deve ocorrer entre março e maio de 2013, como adiantou à reportagem a diretora-geral, Doris Marize Peixoto. Assim, a próxima Mesa Diretora, a ser eleita no início de fevereiro, terá a responsabilidade de examinar e aprovar a norma. O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), disse ontem (18) ao Congresso em Foco ontem ser contra qualquer tentativa de se restringir o acesso aos pareceres da Advocacia. Sarney: “Eles não podem ser sigilosos” Servidor vê ingerência sobre a comissão Comissão mantém sigilo sobre elaboração de ato A restrição aos dados é uma reivindicação de setores da cúpula administrativa do Senado. Segundo a Lei de Acesso, apenas autoridades máximas do órgão da administração pública em questão, bem como diretores dos departamentos correspondentes ao tema do documento, podem manusear informações classificadas como “reservadas”. Há ainda demanda da cúpula administrativa por classificação de sigilo quanto aos processos de aposentadorias e readaptação de servidores. Isso significaria vedação ao conhecimento público, por exemplo, da remuneração e demais termos da concessão do benefício a determinado servidor, para citar apenas dois casos. Ou as razões que levam a um deslocamento de função, com margem a eventuais reajustes de remuneração e outras regalias – o que pode levar ao tratamento diferenciado entre servidores e exposição de motivos pessoais. Defesa institucional Responsável por representar o Senado em assuntos judiciais e extrajudiciais, a Advocacia da Casa tem diversas atribuições. Por meio da Advocacia, por exemplo, o Senado recorre agora da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que suspendeu a votação dos vetos da presidenta Dilma Rousseff à lei que redistribui os royalties do petróleo. O órgão também pode ser utilizado para fundamentar a defesa de um senador alvo de processo por quebra de decoro parlamentar no Conselho de Ética – procedimento registrado em 2007, por exemplo, com o então presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL). Alvo de diversos processos de cassação de mandato, ele usou um parecer assinado pelo advogado-geral para questionar a abertura de novo procedimento no Conselho de Ética, alegando que a denúncia se baseou apenas em notícias da imprensa. Cabe ao órgão também recorrer à Justiça para impedir a divulgação ou justificar a extrapolação do teto salarial do funcionalismo por parte de servidores da Casa. Também é papel do departamento analisar excepcionalidades de normas internas para proceder a contratação de servidores que, em decorrência de restrições concursais, não puderam ser incluídos no quadro de pessoal.

segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Em três meses, Apple perde na Bolsa 14 vezes a fortuna de Eike Batista

A gigante de tecnologia Apple registrou perdas em valores de mercado de US$ 178 bilhões desde o dia 19 de setembro, segundo levantamento da consultoria Economatica, divulgado nesta segunda-feira (17). Leia mais Veja qual o preço do iPhone 5 nas operadoras de telefonia móvel iPhone 5: veja perguntas e respostas sobre a nova versão do celular da Apple Eike Batista diz que medida do governo para os portos é realização de 'um sonho' Apple, Microsoft e Coca-Cola são as marcas mais poderosas do mundo, diz 'Forbes' Apple e Google são as empresas mais admiradas do mundo, segundo 'Fortune' Para se ter uma ideia do tamanho da queda das ações, o montante seria o equivalente a 14 vezes a fortuna do bilionário Eike Batista (atualmente, avaliada em US$ 12,7 bi pela Bloomberg). As ações da empresa têm caído desde setembro devido a crescente competição de celulares que usam o sistema operacional Android, desenvolvido pelo concorrente Google. Os US$ 178 bilhões também são iguais à soma total das ações de Ambev, Banco do Brasil e BR Foods, três das maiores empresas brasileiras. No dia 19 de setembro, a gigante norte-americana atingiu o seu maior valor de mercado (quando fechou o pregão com US$ 658,2 bilhões). No início do ano, o valor de mercado da empresa era de US$ 376,5 bilhões. Apesar das perdas desde setembro, no ano o valor de mercado da Apple cresceu US$ 103,1 bilhões, montante muito próximo ao do crescimento registrado pela Vale do Rio Doce (US$ 100,5 bilhões), de acordo com a Economatica.

domingo, 16 de dezembro de 2012

Guerrero se consagra, Corinthians derrota o Chelsea por 1 a 0 e é bicampeão mundial

Guerrero chegou ao Japão como incógnita devido a uma lesão no joelho, mas sai do Oriente coroado como o heroi do Corinthians. O peruano entrou para a história do time ao marcar o gol da vitória sobre o Chelsea, 1 a 0, neste domingo, em Yokohama, levando para o Parque São Jorge o bicampeonato mundial. Guerrero já havia marcado o gol do triunfo sobre o Al Ahly. À base de infiltração, fisioterapia e muita reza, o atacante pôde disputar o Mundial de Clubes. Veja Álbum de fotos O título tem a assinatura também de Cássio. O que ele fez em Yokohama nesta final é digno de levar a alcunha de “São Cássio”. Ele termina o Mundial com a Bola de Ouro, premiação ao melhor do campeonato. CORINTHIANS CAMPEÃO MUNDIAL DE 2012 Baixe o poster do Corinthians campeão mundial Cássio salva o Corinthians com defesas milagrosas no jogo do título mundial; veja os lances Galvão coloca “Azar” no time do Chelsea e repórter da Globo entrega reclamação de Oscar O adversário, o bilionário Chelsea, deixou Oscar no banco no começo de partida. Já o brasileiro Ramires voltou a ocupar espaço entre os 11 titulares. A propagada invasão corintiana se materializou neste domingo no Nissan Stadium. O estádio ficou lotado, com 68 mil espectadores. Pelo menos 80% dos assentos foram ocupados por corintianos. A primeira chance do jogo foi do Chelsea. O gol quase saiu. Cássio fez defesa espetacular, pegando de reflexo chute de Cahill de dentro da área. A ordem de Tite foi levada à risca pelos corintianos na etapa inicial. O plano era não deixar o Chelsea respirar, forçando o erro do time inglês. Jorge Henrique monitorou o lado direito defensivo. Paulinho ganhou mais liberdade para avançar, tentando compensar a ausência de Douglas. O Corinthians esperava o Chelsea jogar para tentar o bote. Emerson e Paulinho desperdiçaram boas chances de gol no primeiro tempo. A estrela de Cássio voltou a brilhar. Foram três grandes defesas excepcionais com menos de 40min de jogo, sendo uma delas um “milagre”, tirando a bola com as pontas dos dedos em chute de Moses. Cássio continuava fechando o gol no começo segundo tempo. David Luiz era um paredão na defesa do clube inglês. O Chelsea notou a marcação pressão corintiana e esperava pacientemente um momento para se infiltrar na área alvinegra. E no priimeiro lance agudo corintiano na segunda etapa, o gol aconteceu. Bate rebate na área, Danilo chuta. No rebote, Guerrero cabeceia para o gol: 1 a 0, aos 23min do 2º tempo. Guerrero já havia marcado o gol do triunfo sobre o Al Ahly. Curiosamente, o peruano chegou ao Mundial como dúvida, sendo submetido a infiltração no joelho para superar as dores. Perdendo por 1 a 0, Rafa Benítez decidiu colocar Oscar em campo. O gol deixou o time corintiano mais leve. As trocas de passe aumentaram. O Corinthians tratou de segurar o jogo. No lance final, Torres marcou, mas a arbitragem assinalou impedimento

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Seis municípios concentram 25% da geração de renda do país, aponta IBGE

Seis municípios concentram cerca de 25% de toda a geração de renda do país. São Paulo fica no topo da lista, com 11,8% de participação no PIB (Produto Interno Bruto) nacional, seguido por Rio de Janeiro (5%), Brasília (4%), Curitiba (1,4%), Belo Horizonte (1,4%) e Manaus (1,3%). Juntas, as seis capitais representam 13,5% da população. Os dados, divulgados nesta quarta-feira (12) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), fazem parte de uma pesquisa que avaliou o PIB dos municípios brasileiros em 2010. Os dados são de 2010, mas foram divulgados somente agora. No total, o Brasil registra 5.565 municípios. Novidade em relação ao ano anterior é Manaus Em relação à mesma pesquisa de 2009, a novidade fica por conta de Manaus, que entrou para a lista dos municípios brasileiros que concentraram grande parte da geração de renda em 2010. Em comum, segundo o IBGE, os municípios têm a maior concentração da atividade de serviços, exceto Manaus, cuja economia apresenta maior equilíbrio entre as atividades de indústria e de serviços. Maior PIB per capita é de São Francisco do Conde (BA) São Francisco do Conde, na Bahia, é o município com maior resultado per capita (PIB dividido pelo número de habitantes), com R$ 296.884,69. Esse valor é 15 vezes a média nacional, que foi de R$ 19.766,33 em 2010. O município abriga a segunda maior refinaria de petróleo em capacidade instalada de refino do país. Porto Real (RJ) e Louveira (SP) ocupam a segunda e a terceira posição, respectivamente. Menor PIB per capita é de Curralinho, no arquipélago do Marajó (PA) Já o menor PIB per capita em 2010 (R$ 2.269,82) foi verificado no município paraense de Curralinho. Localizado no arquipélago do Marajó, o município sustentava-se, segundo o IBGE, pela transferência de recursos federais: a administração pública participou com 61% do valor total. Sobem exploradores do minério de ferro; descem produtores de soja Segundo o IBGE, as principais mudanças de participação do PIB entre municípios em 2010 estão ligadas aos produtos agrícolas e minerais. Os baixos preços dos produtos agrícolas impactaram principalmente os municípios produtores de soja, causando perda de participação no país, enquanto os altos preços dos produtos minerais, principalmente do minério de ferro, resultaram em

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Com capacete corintiano, Barrichello lidera testes de 'astros' na Stock Car

O ex-piloto de Fórmula 1 Rubens Barrichello foi para a pista de Interlagos nesta quinta-feira e dominou o “grid” na sessão de testes para os astros convidados para a Corrida do Milhão, que no domingo encerrará a temporada da Stock Car e definirá o campeão da categoria. LEIA MAIS Campeão dos Sertões sai do coma após acidente, e estafe mostra otimismo Leia todas as notícias de Velocidade Com direito a um capacete homenageando o Corinthians, Barrichello fez o primeiro tempo na disputa particular com os rivais de Fórmula Indy Tony Kanaan, Hélio Castroneves e Rafa Mattos. Cravou 1min42s474, mais de meio segundo à frente de Matos. Castroneves foi terceiro e Kanaan o quarto. "Me senti agraciado de estar de volta a Interlagos. Nasci aqui, vivi aqui, corri 19 anos de F1. É uma diferença muito grande com o carro de Stock numa pista que sempre foi meu quintal de casa, mas os testes foram muito bons", explicou, contente com os resultados gerais, após três sessões de uma hora. “Temos de esperar agora pelo fim de semana e ver o quanto competitivo a gente está", adicionou ele. "O carro da Stock parece mais largo na pista, então as trajetórias são diferentes de um Fórmula 1. Mas, não importa o carro, é sempre uma emoção estar em Interlagos." Barrichello disse que se sente mais experiente após duas corridas na categoria, e enfrenta o primeiro teste com todos os 32 carros na sexta-feira. . "Estou mais experiente após duas provas, mas a comparação, por enquanto, foi só com os convidados. O bicho vai pegar mesmo quando todos os competidores estiverem aqui", concluiu.

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Dilma sinaliza que vai bancar redução de 20% na conta de luz

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A presidente Dilma Rosseff atacou na manhã desta quarta-feira (5) a "falta de sensibilidade" dos governos tucanos e sinalizou que está disposta a bancar a redução de 20,2% da tarifa de energia. Conta de luz para as residências pode cair só 10% em vez de 16,2% Planalto vai atribuir fracasso da redução no preço aos governos tucanos Térmicas podem diminuir até três pontos percentuais da queda na conta de luz "Reduzir o preço da energia é uma decisão da qual o governo federal não recuará apesar de lamentar a imensa falta de sensibilidade daqueles que não percebem a importância disso", disse a presidente a uma plateia repleta de empresários, durante discurso no Encontro Nacional de Indústrias, em Brasília. "Somos a favor da redução de custos e faremos isso". Tanto a Cemig quanto a Cesp, companhias energética de Minas Gerais e São Paulo, respectivamente, se recusaram a renovar a concessão de todas as suas geradoras. Ambos os Estados são governados pelo PSDB. Sem a adesão das elétricas para atingir a meta estipulada por Dilma, a queda da conta de luz nas residências será de aproximadamente 10%. O ataque aos tucanos foi velado. Sem citar nomes, Dilma disse que vai fazer "aquilo que os outros não tiveram sensibilidade de fazer". A presidente, contudo, não explicou como vai custear sozinha a redução das tarifas de energia. Comparou a importância da decisão à redução da taxa de juros, de câmbio e ao respeito a contratos. "Reitero meu compromisso de a partir de 2013 buscar esforço para reduzir a tarifa de energia", anunciou. RESIDÊNCIAS Ontem, a Cemig se recusou a renovar as concessões de suas geradoras, em troca do que teria que baixar o preço da energia. Anteontem, a Cesp também havia deixado três usinas de fora. Juntas, elas representam mais de um quarto da energia que poderia ser barateada, o que torna impossível ao governo chegar aos 20,2% de redução na média previstos, a não ser com novas medidas. Pelos cálculos do próprio governo, a queda agora será de 16,7%. No caso das residências, porém, o alívio será ainda menor, por causa da necessidade de ligar usinas térmicas, cujo custo é até cinco vezes maior que o das hidrelétricas. Inicialmente previsto em 16%, o corte na conta de eletricidade para residências pode cair para perto de 10%. PORTOS E AEROPORTOS Em clima de balanço de fim de ano, a presidente antecipou ainda medidas que pretende anunciar ainda este mês. Nesta quinta-feira, o governo federal apresenta o pacote de medidas para portos. "Amanha vamos apresentar à sociedade um conjunto de ações e de investimentos e novas regras regulatórias. Essas regras significam buscar maior produção de cargas, menores custos, mais eficiência", afirmou a presidente. Ela disse ainda que, até final deste mês, o governo federal apresenta um plano para aeroportos regionais e novas concessões aeroportuárias para aeroportos centrais, como Galeão e Confins.

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Aécio deve se lançar já ao Planalto, diz FHC

ex-presidente Fernando Henrique Cardoso acha que o pré-candidato tucano ao Planalto em 2014, o senador mineiro Aécio Neves, deve antecipar seu discurso e se assumir já como postulante ao cargo. Já o PSDB precisa fazer autocrítica sobre as últimas campanhas, quando o partido adotou posições que considerou erradas, de cunho moral e religioso. Em entrevista ao "Poder e Política" , projeto da Folha e do UOL, na última sexta-feira (30), o tucano disse: "Eu acho que nossos políticos precisam voltar a tomar partido, em bola dividida. "A busca das coisas consensuais mata a política. E mesmo se for o caso de ser candidato, que diga que é." Aécio deve dizer agora que é candidato? "A ideia de que você precisa esperar, porque vai ser desgastado, não adianta. Acho que ele deve assumir." Na entrevista, FHC também disse que até José Serra também "pode, de repente, ser candidato", mas "não é a tendência no PSDB". Já Joaquim Barbosa, presidente do STF, "tem bom senso" e "não entra nessa" de se candidatar ao Planalto. "Porque é outro caminho, não é o dele". Seria um "erro". FHC reconhece que no momento pelo qual passa o mundo, é natural ganhar força a percepção geral de que o Estado precisa socorrer a economia. "Enquanto estivermos nessa conjuntura atual, sim", afirma. Só que com crise externa, "os que estão no governo passaram a ter uma espécie de perdão para utilizar recursos públicos para reativar a economia". O ritmo do crescimento do PIB não é algo que dependa só do presidente da República. "Mas como puseram na campanha que ela [Dilma Roussef] era a boa administradora, o mau desempenho da máquina, que não dependeu dela, mas de um sistema, vai cair na cabeça dela". Para o tucano, Dilma não tem um "brilho grande na administração. Não conseguiu ainda organizar. Não se sabe nem o nome dos ministros. Está uma coisa meio opaca ainda". Sobre o mensalão, disse sentir por algumas condenações, como as de José Genoino e de José Dirceu. "Eles não foram condenados pelos que eles são. Mas pelo que fizeram (...) Acho um episódio triste. Porque essa gente ajudou muito o Brasil no passado". De Luiz Inácio Lula da Silva, que o sucedeu no Planalto, FHC condena a atitude complacente. "A leniência não quer dizer que participou, nem estou acusando. É que não reclamou". Engajado num movimento para reduzir o combate violento ao uso de drogas, FHC acha que em cerca de dez anos usuários não serão mais criminalizados nem irão para a cadeia. Aos 81 anos, o tucano faz musculação três vezes por semana. Bebe vinho ("não muito") e whisky ("raramente"). "Durmo bem. Eu gosto da vida, gosto das pessoas". Está namorando? "Eu estou. Mas não é meio ridículo? Namorar com 81 anos? Não pode." A seguir, trechos da entrevista: Folha/UOL - A crise econômico-financeira internacional colocou na defensiva as ideias liberais. Essa onda muda a abordagem de partidos como o PSDB? Fernando Henrique Cardoso - Os que estão no governo passaram a ter uma espécie de perdão para utilizar recursos públicos para reativar a economia. O PSDB foi um partido muito menos ideológico do que as pessoas pensam. E também nunca foi um partido que tivesse muito amor pelo mercado. É uma ilusão, uma impressão. Como todos os partidos brasileiros, as pessoas gostam mesmo é de governo, é de Estado. Isso desde Portugal, da Península Ibérica. O grande ator, querido, é o governo. E as pessoas confundem o Estado com o povo. O que é do Estado, é do povo. Esquecem que o Estado depende de quem esteja lá. A propósito, o técnico da seleção brasileira de futebol, Luiz Felipe Scolari, vocalizou algo correlato a esse pensamento genérico dos brasileiros. Disse que quem "não quer pressão, vai trabalhar no Banco do Brasil"... É injusto porque o pessoal do Banco do Brasil trabalha... Mas... Mas o sentimento de muita gente é "vai para o governo para não trabalhar". Não é. Eu fui presidente, fui ministro. Eu tenho experiência na máquina pública. A máquina pública brasileira tem gente muito competente. Mas é inchada. Tem também os que não trabalham. Você toma os que não trabalham como se fosse generalizado. Não é assim. Nós temos uma máquina pública que tem competência exatamente porque ela é antiga. No momento pelo qual passa o mundo, é natural haver essa percepção geral que o Estado precisa voltar para socorrer todo mundo? Enquanto estivermos nessa conjuntura atual, sim. Mas isso muda. É uma questão com um conteúdo mais pragmático. Nós não fizemos aqui o que foi feito na Argentina, ou mesmo no Chile. Em alguns setores, em função da escassez de recursos do governo, houve a capacidade de você transferir novas tecnologias e, para forçar a competição, houve uma abertura sob controle: as agências reguladoras. Portanto, nunca houve uma espécie de 'desprestigiamento' do Estado. Houve uma abertura para forçar a competição. Não para transformar o que era público em privado e o monopólio privado. Veja no petróleo. Nós flexibilizamos com a Lei do Petróleo. Para permitir a competição. Não privatizamos a Petrobras, nem nunca quisemos. Nem o Banco do Brasil. Houve até uma discussão. Sempre me opus a privatizar o Banco do Brasil. O Banco do Brasil sempre será estatal? Acredito que vai ser pela nossa tradição. Acredito que vai ser. Mas o Brasil tem dois bancos estatais grandes... Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal... Eu sei. Mas é muito difícil, num país como Brasil, acabar com isso. Até porque essa última crise demonstrou, e a baixa do juros também, que esses bancos públicos podem ser úteis como política pública para obter certos resultados. O discurso mais estatizante hoje está reforçado por causa da crise externa? Talvez. Depende de como se fale. Veja o seguinte, ninguém está pedindo para reestatizar as telefônicas. Ao contrário, estão pedindo para fazer licitação para as rodovias. Estão pedindo para fazer licitação para os aeroportos. Porque está estrangulado aí. Se você colocar ideologicamente, aí é cara ou coroa. Sabe Deus o que vai acontecer. Mas, se você colocar de uma maneira adequada e tiver coragem de explicar e ter convencimento, então faz. O PSDB nasceu num espectro do centro para a esquerda. Em eleições recentes, incluiu temas morais e religiosos em seu discurso e se deslocou para a centro-direita. Por quê? Eu acho que os dois partidos principais nesses temas acabam tendo que dizer aquilo que eles não acreditam. Porque supõem o que a opinião pública queira. Ficam mais conservadores os dois. Não há diferença. Mas quem puxou a fila foi o PSDB... Por engano eleitoral. Esses temas são delicados. Eu acho que você tem que manter a convicção. Você vai lá, pode ganhar, pode perder. Em termos de comportamento e de valores morais, o PSDB tem que se manter progressista. Quando não se mantém, não tem o meu apoio. Eu não vou nessa direção. Essa guinada moralista foi um erro do PSDB? Eu não faria. Mas eu não quero estar julgando porque as circunstâncias são variáveis. E como eu disse, essa guinada é dos dois lados. E a ideia que prevalece é a seguinte: o povo não quer isso. Pega a questão da privatização. Veja as pesquisas da época. A favor. Você tem que ganhar a batalha ideológica. Quando você perde a batalha ideológica, não há o que fazer. Para você poder mudar, para você poder transformar, você tem que estar com convicção e o apoio da sociedade. Ninguém modifica sozinho. O sr. tem dito que o PSDB tem que se aproximar mais dos eleitores e do povo. Como o partido fará isso? Não é só o PSDB. Os partidos, por causa de uma mudança tão rápida no Brasil, ainda continuam com uma visão de sociedade anterior à atual. A atual é essa do UOL, da pessoa que fica aí navegando o tempo todo, que tem informação fragmentada. O interesse dessas novas camadas que estão em ascensão social não é muito claro. Não é homogêneo. Nós não sabemos. Minha tese é a seguinte: é preciso ouvir. Não é pregar. É ouvir. É reconectar com o que está acontecendo com o país. Por exemplo? Eu estudei essa questão de droga. E sou sociólogo. Eu vou ver, fui para a favela. Vi, ouvi, falei, conversei. Vi a reação, a polícia. Há um Brasil novo. Mas esse Brasil novo não quer dizer que ele seja todo igual ao que foi o Brasil do passado e que vai ser todo mundo da classe média. Classe média é um conceito que confunde. Eu fui um dos primeiros a falar das novas classes médias, do papel na oposição nisso. Ninguém sabe muito bem o que é isso. O que essa gente realmente significa. Houve um aumento de fluxo de renda. Medido pelo fluxo de renda, você tem realmente uma camada enorme. Agora, isso significa o mesmo comportamento? Não. Porque ainda não foi sedimentada uma cultura, uma forma de associação, de sociabilidade nova. Os partidos têm que tentar penetrar concretamente. Ir até a periferia... Veja essa última novela da Globo, "Avenida Brasil". É interessante. Coloca uma temática do que se imaginava que eram os emergentes. Eles têm uma identidade forte com o seu lugar de origem. E olham até com certa suspeita a chamada Zona Sul. Como diria o Elio [Gaspari], o andar de cima. Mas o andar de baixo andou. Subiu. Está não se sabe bem onde. Você tem que ver como é que eles pensam. Eles têm música. Eles têm interesse pelo esporte. Eles têm interesse pelo futebol. Eles têm literatura na periferia. É curioso porque é como uma outra linguagem. O que eu estou dizendo não é só para o PSDB. Tomara que o PSDB vá mais depressa do que todos. Porque o próprio PT, que tinha um enraizamento popular, é popular nos sindicatos. É coisa antiga, já existia. Um movimento social. Esta gente não está no movimento social, não está no sindicato. Eu os chamo "radicais livres". Eu acho que tem um público novo e que se os partidos quiserem ser capazes de expressar alguma coisa, têm que saber exatamente o que é. Uma linguagem nova também. Para emprestar essa terminologia da medicina, como o partido, o PSDB no caso, vai conseguir chegar aos "radicais livres"? Em 2013, ano que antecede a eleição, é o momento de os partidos se organizarem, reorganizarem e conectarem. Você pode chamar os nossos intelectuais. São bons, ajudam. Mas não é o momento para isso. É para você pegar desde as prefeituras e chamar os líderes comunitários. O pessoal que está fazendo futebol de várzea. Os que estão em call centers, que são milhares. Tentar organizar os que têm blog. Faz encontros. Não é para entrar no PSDB porque, hoje, essa gente não vai entrar em nada. Não é para filiá-los ao PSDB? Não. É para o PSDB poder ter uma certa interlocução. Para estar junto. Mas quem no PSDB vai comandar esse processo? Ontem [29.nov.2012], eu estive numa reunião de prefeitos eleitos, cerca de 170, em São Paulo. Fiquei muito bem impressionado. Alguns desses novos prefeitos, e dos antigos também, são pessoas que falam essa linguagem. Mas é a questão do local. Eles não passaram para o estadual, nem para o nacional. Tem que pegar essa gente e jogar no estadual e no nacional. Eles têm contatos. Eles fazem isso. A oposição parece ter duas apostas para 2014. A primeira é imaginar que, em algum momento, a nova classe média queira mudar o seu patamar de exigências e vote contra o governo. A segunda, tentar colar no atual governo de Dilma Rousseff uma imagem de incompetência administrativa. É isso mesmo? Não são as minhas apostas. Eu acho que apostar no negativo é sempre ruim. É discutível apostar que as pessoas que estão aí, pela mobilidade [social], vão querer mais e [haverá] uma adesão a esse ou aquele partido. Eu acho que tudo depende do apelo. Por isso que eu digo que tem que ouvir. É um erro não entender que você tem que ser ativo no processo. Você tem que interpelar numa maneira que as pessoas ouçam a sua interpelação e concordem com ela. Não é simplesmente esperar que aconteça para você surfar. Mas e a capacidade gerencial do governo? Alguém me perguntou a respeito de o PIB ter crescido pouco: 'Isso quer dizer que a presidente Dilma é má administradora?'. Não. O PIB cresceu pouco por mil razões. O erro, que eu acho que houve, [por parte] do governo, é que o governo se colou ao PIB. Não precisava. O Produto Interno Bruto cresce ou não cresce por mil fatores. O PT colou que no meu período [1995 a 2002] o crescimento foi relativamente pequeno, 2,6% em média. Muito bem. Mas, na época, a economia mundial crescia menos que isso e a situação financeira aqui era muito difícil. Então não se pode atribuir ao governo o PIB não ter crescido. No momento seguinte, o governo do Lula teve sorte. Engatou no bem estar econômico. O PIB cresceu. Depois, caiu. Não caiu porque o governo [Lula] tivesse errado. Foi por dificuldades. Eu não acho que se deva colar na presidente Dilma [a queda do PIB]. Ela é que pode se colar nisso. Aí fica mal para ela. O PIB no atual nível afeta o resultado eleitoral? Se houver desemprego. Se não houver desemprego, a população não sente isso aí. Eu acho que sim. Mas no Peru o PIB crescia, no Chile crescia e perderam [as eleições] os governos. Não há uma relação mecânica. Sempre depende do jogo político, de como é que você coloca a questão. Quais são as questões que vão ser sensíveis naquele momento eleitoral. Depende, portanto, da ação política. Não depende só da estrutura e dos fatos que acontecem. E a oposição deve criticar a administração por eventual falha gerencial? Deve ser feito porque é bom para o Brasil. Tem que fazer. Não é porque isso vai dar voto. Pode, eventualmente, dar voto. Se os erros se acumularem muito. E o erro aqui vem do seguinte: na campanha eleitoral, para viabilizar a candidatura da presidente Dilma, ela foi apresentada como a grande gestora. De novo está ligado ao PIB, a mesma ideia. Como se a grande gestora fosse responsável pelo que acontece no país. Não há mais isso. Hoje a gestão depende da máquina, depende de outra coisa também. O que está atrapalhando atualmente? Tudo agora parece que é a crise externa. Não é. A crise só nos beneficiou até agora. Não houve interrupção de fluxo financeiro e o preço das commodities não caíram. Não nos atrapalhou neste sentido. O que nos atrapalha é a falta de uma visão estratégica. Se quiser dizer de outra maneira: as reformas, que eles [integrantes do governo do PT] não gostam de falar, foram paralisadas. Porque na ideia de surfar e de distribuir renda, é bom, mas tem limite de longo prazo. Não pode. Tem que ter crescimento. Obnubilaram a visão do governo de que precisava mexer em outras coisas mais profundas que não são populares.

sábado, 1 de dezembro de 2012

Fani Pacheco vence Paredão Retrô e poderá participar do "BBB13

Fani Pacheco, da sétima edição do “Big Brother Brasil”, venceu o Paredão Retrô contra Karla Patrícia, do “BBB5”. Com 69% dos votos, obtidos pelo site do programa, a ex-sister também poderá voltar ao “BBB13”. A loira foi destaque em sua edição por se envolver em um triângulo amoroso com Íris Stefanelli e o campeão Diego “Alemão” Gasques. Ela ainda ficou marcada pelo grito “Uhú, Nova Iguaçu”, criado em homenagem a sua cidade natal, Nova Iguaçu, no Rio de Janeiro. Paredão Retrô Já foram realizados 25 paredões. Alguns dos vencedores foram Laisa, Kleber Bambam, Natália Casassola, Solange, Fernando "Justin", Adriano Castro e Anamara "Maroca", escolhidos pelo público com 80%, 52%, 61%, 52%, 64%, 76% e 70% dos votos, respectivamente. Eles venceram as disputas contra Roberta, Dhomini, Thaís Ventura, Marcela, Alan Passos, Harry e Tina. Segundo Boninho, diretor do reality show, seis dos 180 participantes de edições anteriores voltarão à casa comandada por Pedro Bial na 13ª edição. A CGCom (Central Globo de Comunicação) explicou que o resultado da enquete não é garantia de que o ex-BBB estará no “BBB 13”, mas poderá ser um dos critérios dos ex-participantes que voltarão à casa. São sempre dois paredões por semana: um abrindo aos domingos e se encerrando às terças e outro abrindo às quartas e fechando às sextas.

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Brasil é o 7º pior em competitividade entre 43 países, aponta Fiesp

Brasil teve um fraco desempenho em um estudo da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) que mede o índice de competitividade de 43 países --que representam 90% do PIB mundial--, ficando em 37º lugar no ranking de 2011. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (26) pela Fiesp, que levou em consideração, para construir o ranking, oito aspectos principais: economia doméstica, abertura, governo, capital, infraestrutura, tecnologia, produtividade e capital humano. Dentre os motivos apontados para a baixa competitividade do Brasil, a Fiesp apontou o elevado custo do capital de giro das empresas, uma vez que o spread bancário ainda é elevado, assim como os juros (o período pesquisado é 2011). Segundo dados da Fiesp, o spread bancário brasileiro --diferença entre o custo do dinheiro ao banco e o quanto se cobra dos clientes-- chega a ser 12 vezes superior à média de Chile, Itália, Japão e Malásia. Além da dificuldade em obter crédito, dados os elevados juros, também a pesada carga tributária é considerada como um desestímulo ao investimento, reduzindo a competitividade do país. GRUPOS De acordo com a pontuação obtida pelos países, a federação os dividiu em quatro grupos principais. No topo, estão os países com competitividade elevada (como Estado Unidos, Hong Kong, Coreia do Sul e Irlanda). Em seguida, estão os países com competitividade satisfatória (como Suécia, Alemanha e Finlândia). No terceiro grupo, estão os países de competitividade média (como Espanha, Rússia e Itália). Por último, figuram países com competitividade baixa, que é o caso, além do Brasil, de México e Tailândia, por exemplo. SOBE E DESCE Na comparação entre 2000 e 2011, Coreia do Sul, China e Irlanda foram os países que mais ganharam competitividade, subindo nove, oito e sete posições, respectivamente. Dentre os fatores que beneficiaram estes países estão o investimento em pesquisa e desenvolvimento (P&D), gasto em educação, número de patentes e produtividade em setores de alta tecnologia. Por outro lado Suécia, Finlândia e Japão tiveram as piores quedas no período, com queda de nove, oito e sete posições no ranking, respectivamente. Nesses países, pesaram negativamente o saldo comercial, a taxa de poupança e a produtividade, dentre outros fatores.

terça-feira, 27 de novembro de 2012

Aneel ameaça intervir em distribuidoras

Quatro distribuidoras do grupo Eletrobras correm o risco de sofrer intervenção por parte da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) caso não melhorem a qualidade do serviço prestado. Na mira da agência, estão as empresas Ceron, concessionária de Rondônia; Cepisa, do Piauí; AmE, do Amazonas, e Eletroacre, do Acre -todas do grupo estatal. Completa a lista a Cea, do governo do Amapá, cujo controle passará à Eletrobras. "Elas não têm respondido aos sinais regulatórios que emitimos e são candidatas a possível intervenção", diz Julião Coelho, diretor da agência. Na prática, a intervenção significa que a Aneel passa a comandar a empresa pelo prazo de 180 dias, período em que deve ser traçado um plano de recuperação. O processo pode resultar na venda da empresa, sua devolução ao concessionário ou em nova rodada de licitação. Editoria de Arte/Folhapress FALHAS DE GESTÃO As cinco empresas apresentam problemas de qualidade e, no caso da Ceron e da Cea, descontratação de energia, termo usado quando a concessionária não possui contratos de fornecimento para atender a demanda. Segundo Coelho, a situação das distribuidoras da Eletrobras é resultado de falhas de gestão. "A questão financeira não é um problema para o grupo Eletrobras hoje. É a qualidade", diz. Há duas semanas, a Eletrobras firmou um protocolo de intenções com o objetivo de assumir o controle acionário da Cea, que enfrenta problemas financeiros e já foi impedida pela Aneel de participar de dois leilões de energia. Em 2007, a agência recomendou a caducidade da concessão da distribuidora, o que implicaria nova licitação, mas o Ministério de Minas e Energia não levou a iniciativa adiante. A intervenção é um instrumento novo para a Aneel. No dia 31 de agosto, a agência realizou, pela segunda vez em sua história, uma rodada. O alvo foram oito distribuidoras do grupo Rede Energia. Dois dias antes, uma medida provisória foi publicada permitindo que decisões como essas fossem tomadas em casos emergenciais. "O poder nos foi dado e ele traz responsabilidades", afirma Coelho. "O melhor é que elas voltem a prestar o serviço de forma adequada. Mas, se tivermos que fazer uso da medida, faremos." Segundo a Folha apurou, no entanto, uma decisão sobre novas intervenções deve ocorrer apenas no ano que vem, quando a Aneel tiver concluído o processo nas distribuidoras do Grupo Rede. O diretor-presidente da Empresa de Distribuição da Eletrobras, Marcos Aurélio Madureira da Silva, diz que a empresa "está investindo nas suas seis distribuidoras" e promove melhorias constantes em gestão e modernização dos sistemas operacionais.

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Brasil é o 7º pior em competitividade entre 43 países, aponta Fiesp

Brasil teve um fraco desempenho em um estudo da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) que mede o índice de competitividade de 43 países --que representam 90% do PIB mundial--, ficando em 37º lugar no ranking de 2011. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (26) pela Fiesp, que levou em consideração, para construir o ranking, oito aspectos principais: economia doméstica, abertura, governo, capital, infraestrutura, tecnologia, produtividade e capital humano. Dentre os motivos apontados para a baixa competitividade do Brasil, a Fiesp apontou o elevado custo do capital de giro das empresas, uma vez que o spread bancário ainda é elevado, assim como os juros (o período pesquisado é 2011). Segundo dados da Fiesp, o spread bancário brasileiro --diferença entre o custo do dinheiro ao banco e o quanto se cobra dos clientes-- chega a ser 12 vezes superior à média de Chile, Itália, Japão e Malásia. Além da dificuldade em obter crédito, dados os elevados juros, também a pesada carga tributária é considerada como um desestímulo ao investimento, reduzindo a competitividade do país. GRUPOS De acordo com a pontuação obtida pelos países, a federação os dividiu em quatro grupos principais. No topo, estão os países com competitividade elevada (como Estado Unidos, Hong Kong, Coreia do Sul e Irlanda). Em seguida, estão os países com competitividade satisfatória (como Suécia, Alemanha e Finlândia). No terceiro grupo, estão os países de competitividade média (como Espanha, Rússia e Itália). Por último, figuram países com competitividade baixa, que é o caso, além do Brasil, de México e Tailândia, por exemplo. SOBE E DESCE Na comparação entre 2000 e 2011, Coreia do Sul, China e Irlanda foram os países que mais ganharam competitividade, subindo nove, oito e sete posições, respectivamente. Dentre os fatores que beneficiaram estes países estão o investimento em pesquisa e desenvolvimento (P&D), gasto em educação, número de patentes e produtividade em setores de alta tecnologia. Por outro lado Suécia, Finlândia e Japão tiveram as piores quedas no período, com queda de nove, oito e sete posições no ranking, respectivamente. Nesses países, pesaram negativamente o saldo comercial, a taxa de poupança e a produtividade, dentre outros fatores.

domingo, 25 de novembro de 2012

Candidatos dizem que questões de exatas foram as mais difíceis na Fuvest 2013

Os primeiros candidatos a saírem neste domingo (25) das provas da Fuvest (Fundação Universitária para o Vestibular) 2013 no prédio da FEA-USP (Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo), na capital paulista, disseram que as questões de exatas estavam mais difíceis, enquanto as perguntas de biologia são citadas como as mais fáceis, principalmente por candidatos de cursos ligados a área da saúde. A dificuldade dos itens de exatas também foi notada pelos candidatos que fizeram a prova em Ribeirão Preto, no interior do Estado. “O mais fácil foi biologia, caiu bastante coisa sobre planta. E a prova de matemática estava mais difícil, tinha que lembrar muita fórmula”, afirmou Letícia Santos Kobayashi, 17, de São Paulo que tenta uma vaga no curso de medicina. Para ela, a prova, no geral, não estava complicada: “Fiz um ano de cursinho e espero que dê para passar”, disse. Veja Álbum de fotos Bruna Salles, 19, da capital paulista, quer cursar psicologia e achou que biologia estava mais fácil. Ela acredita que o fato de gostar mais da disciplina ajuda na hora da prova. Para Bruna, as questões de química e física estavam mais complicadas. “Não sei se é porque não gosto muito, mas achei bem difícil”. Segundo a candidata, a prova de português teve alguns poemas e perguntas sobre livros obrigatórios. 'Tremidinha' Para Pedro Sodré, 17, também de São Paulo que quer entrar no curso de engenharia civil, exatas foi o que “pegou mais”. “Comecei bem confiante, mas quando chegou a parte de exatas deu aquela tremidinha, estava bem difícil, mas acredito que fui bem sim”, contou. De acordo com Pedro, as questões mais fáceis foram as de geografia, história e literatura. O candidato disse que caíram algumas perguntas sobre as leituras obrigatórias, inclusive uma que pedia uma comparação entre alguns livros -entre eles, Memórias Póstumas de Bras Cubas, Cortiço e Capitães da Areia. Já para Mariana Costa Dell Erba, 17, que faz vestibular para arquitetura, física e matemática estavam mais fáceis. “Eu gosto mais dessas matérias e não tinha tanta conta e fórmula”, afirmou. A vestibulanda achou que história estava “meio complicada e confusa”. Os candidatos ouvidos pela reportagem não relataram problemas em nenhuma questão e também disseram que a prova não tinha muitas imagens e textos diferentes, como músicas, por exemplo. A prova de hoje tinha 90 questões de múltipla escolha sobre o conteúdo das disciplinas do núcleo comum obrigatório do ensino médio: português, história, geografia, matemática, física, química, biologia, inglês, e algumas questões interdisciplinares. Ribeirão Preto “Achei a prova difícil. As questões de exatas foram bastante cansativas”, afirmou Matheus Rodrigues Carvalho, 21. O estudante trancou o curso de física em São Carlos para tentar cursar administração no campus de Ribeirão Preto, cidade onde mora. Os testes de exatas também foram considerados complicados também por Luiz Vitor Schmidt, 17, que cursa o terceiro colegial num colégio particular de Ribeirão Preto. “As questões foram densas, longas. Já a parte de humanas não achei tão complicado.” Daniele de Sá, 21, achou apenas que a prova de química exigiu mais de quem, como ela, tem facilidade em exatas. A jovem cursa engenharia civil numa faculdade particular de Ribeirão e quer agora fazer medicina. Para ela, que estudou em escola pública, os testes de ciências humanas foram a parte mais complexa da primeira fase. “Não gosto dessa área.” Ela disse que estudou uma média de duas horas por dia, por conta própria, para fazer o vestibular. Fernando Teixeira, 21, achou a primeira fase fácil. Estudante do terceiro colegial de uma escola particular, ele tenta direito em Ribeirão e, além da escola, se dedicou seis horas por dia estudando para o vestibular. Ele achou a primeira fase da Fuvest mais fácil do que a da Unesp (Universidade Estadual Paulista). "Mas mesmo assim achei fácil. Caíram questões do segundo e terceiro anos do colegial, como fóton e movimento acelerado, em física.” Para o treineiro Estevão Simões, 17, o nível da primeira fase foi muito exigente, principalmente em exatas. No segundo colegial de uma escola particular, ele está se preparando para tentar uma vaga em ciência da computação. “O grau de dificuldade foi alto.”

sábado, 24 de novembro de 2012

Anac notifica Gol e monitora o fim das operações da Webjet

A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) informou há pouco que está "monitorando e fiscalizando" o encerramento das operações da empresa Webjet, anunciado hoje por sua controladora, a Gol Linhas Aéreas. O procedimento da agência tem por objetivo "verificar se todos os passageiros da empresa estão sendo acomodados, conforme estabelecido pela regulamentação" do órgão regulador. De acordo com a agência, a Gol foi notificada para comprovar que adotou todos os procedimentos relativos à execução dos contratos de transporte já firmados pela Webjet. Em caso de cancelamento, atraso ou preterição de embarque, os passageiros terão direito à acomodação em outros voos ou ao ressarcimento do valor integral pago pela passagem. "A Gol é responsável por assegurar o adequado atendimento aos clientes da Webjet, acomodando-os em outros voos para realizar seu transporte, bem como prestando assistência integral aos passageiros que porventura possam vir a ser afetados durante o período de encerramento das operações", informou a Anac por meio de nota. O órgão regulador esclareceu ainda que o descumprimento da resolução pode gerar sanções. A multa pode variar de R$ 4 mil a R$ 10 mil por infração. Os passageiros que se sentirem prejudicados, segundo a Anac, devem procurar a Webjet ou a Gol para reivindicar seus direitos como consumidor. Além disso, o usuário poderá encaminhar à agência, aos órgãos de defesa do consumidor e ao Judiciário as tentativas de solução do problema para os quais a empresa não apresentar resultado.

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Gasto de brasileiros no exterior é o maior em 15 meses

Mesmo com o alta do dólar neste ano, os gastos dos turistas brasileiros no exterior somaram US$ 2,087 bilhões em outubro e atingiram o maior patamar desde julho do ano passado (US$ 2,235 bilhões). Os dados foram divulgados pelo Banco Central nesta quinta-feira (22). Em relação a setembro (US$ 1,703 bilhão), o aumento dos gastos foi foi de 22,55%. Já em relação a outubro do ano passado (US$ 1,730 bilhão), a alta foi de 20,64%. O Brasil registrou em outubro um saldo negativo de US$ 5,4 bilhões em transações correntes, que são as operações do país com o exterior, incluindo gastos com viagens internacionais, entre outros, segundo o BC. No ano, o saldo negativo é de US$ 39,6 bilhões, patamar ligeiramente inferior ao registrado no mesmo período de 2011 (US$ 39,8 bilhões). Nos 12 meses até outubro, o deficit é de US$ 52,2 bilhões, equivalente a 2,3% do PIB (Produto Interno Bruto).

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Ministério da Cultura lança editais para criadores e produtores negros

A ministra da Cultura, Marta Suplicy, lançou um pacote de editais no valor de R$ 9 milhões voltado a produtores e criadores negros em evento realizado nesta terça-feira (20), Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra, no Parque do Ibirapuera, em São Paulo. A iniciativa é uma parceria com a Secretaria de Políticas de Promoção de Igualdade Racial (Seppir) e, segundo a ministra, faz parte de uma sequência de ações afirmativas que o MinC pretende promover em prol da igualdade racial. “A parte mais forte e enraizada da nossa cultura vem da cultura africana. Nós temos que preservar isso e tornar mais visível”, disse Marta. Além dos editais, a ministra também assinou a portaria 148/2012 que prevê um grupo de trabalho para a elaboração de um projeto para a construção do Museu Nacional Afro Brasileiro de Cultura e Memória. Marta ainda discursou a favor de cotas raciais para negros. “Preconceito é negro não ter acesso. É ter talento e não poder expressar esse talento. Na hora em que se dá a oportunidade, se está exatamente quebrando a barreira do preconceito”.

terça-feira, 20 de novembro de 2012

Corinthians é o único que muda a grade da Globo, diz Gobbi após anúncio de patrocinador

O Corinthians oficializou o patrocínio de R$ 30 milhões por ano com a Caixa, em cerimônia no Museu do Futebol, no Pacaembu. O acordo é até o fim de 2013, renovável por mais um ano. Pelo acordo serão R$ 30 milhões por ano, incluindo reajuste pelo IPCA, cujo contrato foi publicado na segunda-feira, no Diário Oficial. Para aparecer este ano, o banco estatal irá pagar R$ 1 milhão. ■Corinthians tem aval da Fifa para usar novo patrocinador na camisa do Mundial ■Corinthians vende espaço na camisa à Caixa por R$ 30 milhões anuais ■Leia mais sobre o Corinthians O acordo motivou um desabafo em tom de resposta do presidente Mário Gobbi: "Patrocínio não é lanche na padaria. Não vou vender a camisa pelo preço vil, porque o que queríamos era isso, e vencemos porque somos pessoas do bem. O Corinthians tem torcedores em todo o país, é maior que muita nação, é o único clube que está na TV aberta, é o único clube muda a grade da Rede Globo". Ele criticou os que avaliavam o valor e a demora de oito meses para ter o espaço na camisa ocupado. "Tem matemático aqui para calcular o valor da camisa? 100, 200 milhões é pouco, e com outras parcerias vamos chegar aí. As pessoas tem de esperar e confiar no trabalho, um valor a altura do Corinthians demora, tem de se trabalhar. Ouço muito expert de marketing. Deus é pai, nos abençoou, a parceria não tem pai ou mãe, a Caixa escolheu o Corinthians, e que isto fique claro aqui". Milton Pazzi Jr./Folhapress Danilo, Mário Gobbi e Romarinho (da esq. para dir.) durante anúncio do novo patrocinador José Henrique Marques da Cruz, vice-presidente de Atendimento Distribuição e Negócios da Caixa, procurou valorizar o alcance. "Esse contrato traz um viés de patrocínio, mas é mais que isso. É uma oportunidade para os dois, respaldado por estudos". A marca será exposta na camisa, mas a intenção é que o banco assuma as contas do clube, faça cartões de créditos e deve assumir a venda de ingressos. "A Caixa não está chegando agora, já estamos desde o Pan 2007. Estamos entrando aos poucos no futebol, planos pilotos no ano passado, o retorno foi ótimo. O Corinthians é um, estaremos muito forte neste ciclo Copa e Olimpíada", disse Clauir Santos, diretor de marketing. O acordo não envolve o estádio que está em construção em Itaquera, principalmente o nome dele. "Agora vamos trabalhar para ter e vender os demais espaços [calção, ombros e mangas] e chegar nos R$ 50 milhões que o Corinthians vale", completou o vice-presidente Luis Paulo Rosenberg. MARKETING O diretor de marketing do clube, Ivan Marques, afirmou que espera não mais 20 mil corintianos no Japão, mas 40 mil. "Queremos levar um Pacaembu cheio para o Japão", disse o dirigente. Segundo ele, 20 mil torcedores sairão do Brasil e outros da Europa e Ásia.

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Há cerca de um ano não se ouve na TV brasileira um bordão tradicional nos programas esportivos: é o famoso “Alô você!”, de Fernando Vannucci. Figura constante nas telinhas, com passagens pela Globo e Bandeirantes, o apresentador de 61 anos acabou se afastando dos microfones após ser dispensado pela RedeTV! em 2011. Com a Copa do Mundo em solo brasileiro chegando, Vannucci admite ter saudade da profissão e já está pedindo espaço para voltar à ação. O último emprego do veterano apresentador foi na RedeTV!, emissora na qual passou por diversos programas esportivos. Em seus últimos momentos, Vannucci perdeu espaço e chegou a ser colocado nas madrugadas da grade. Em entrevista ao UOL Esporte, o mineiro de Uberaba contou sobre este período de afastamento, os planos para o futuro e afirmou que o caso de 2006, em que foi ao ar alterado após a final da Copa do Mundo, é coisa do passado. >> Galvão é xingado no retorno da Globo ao “ao vivo de verdade” do UFC >> Ceni corta seda sobre “Avenida Brasil” na TV e leva o troféu da semana >> Casagrande parabeniza Galvão Bueno por ‘aturar’ Arnaldo durante 25 anos “Estou longe da TV há um ano, mais ou menos. Eu dei um tempo. Foi um pouco isso e um pouco por festa parte do mercado, que está um pouco complicado”, explicou Vannucci, que atualmente se dedica a um portal que leva seu bordão no nome e se dedica aos esportes, principalmente. Apesar do pouco tempo de pausa,
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Festa do Flu tem cerveja no vestiário, goleiro separando briga e 'bronca' em presidente

Os mais de 35 mil torcedores do Fluminense presentes no estádio Engenhão no último domingo nem ligaram para a derrota por 2 a 0 para o Cruzeiro. A festa foi completa, com direito ao troféu de campeão brasileiro, volta olímpica e foto do pôster. Nos bastidores, porém, situações inusitadas não puderam ser presenciadas pelos tricolores: cerveja e pagode no vestiário, o goleiro Ricardo Berna separando uma briga e até mesmo uma 'bronca' no presidente do clube marcaram a comemoração. Ainda no gramado, enquanto os jogadores erguiam o troféu do título brasileiro, dois fotógrafos se envolveram em uma áspera discussão, que acabou resultando em briga. Um dos profissionais teve a câmera jogada no chão e na troca de socos, o goleiro reserva do Fluminense tentou apartar e acalmar os ânimos. Sem sucesso, Berna deixou a pancadaria de lado e se concentrou em dar a volta olímpica com os companheiros, deixando o trabalho para policiais. Veja Álbum de fotos A celebração continuou firme e forte no vestiário, com direito a muita cerveja e pagode. Quem regia a cantoria era o meia Deco, dono dos instrumentos musicais que animaram a comemoração. O lateral esquerdo Carleto e o meia Thiago Neves também mostraram intimidade com a batucada. Na saída para a terceira parte da festa, membros da comissão técnica levaram algumas latinhas de cerveja que sobraram. Outro momento inusitado foi a 'bronca' que o presidente do Fluminense, Peter Siemsen, levou de seu filho mais velho, Peter Thomas. O mandatário tricolor foi cobrado por ter prometido que o primogênito poderia entrar no gramado para participar da festa e tocar na taça. Um desencontro, porém, fez com que os filhos do cartola não conseguissem integrar a comemoração, deixando o pequeno irritado e Siemsen 'sem graça'. FLUMINENSE RECEBE A TAÇA DE CAMPEÃO E COMEMORA AO LADO DA TORCIDA O técnico Abel Braga, como costuma fazer nas comemorações, deixou o estádio pouco depois do final da partida. O treinador tem o hábito de celebrar com os familiares em restaurantes do Leblon. Enquanto isso, muitos jogadores e suas esposas ficaram 'ilhados' no Engenhão. Com uma multidão de torcedores na saída para o estacionamento, a maioria só conseguiu partir para a churrascaria onde a festa prosseguiu quase duas horas depois do apito final. No tradicional restaurante escolhido para as comemorações do Fluminense, o clima era de tranquilidade. Até mesmo um bolo foi providenciado e um parabéns foi cantado para a esposa do volante Jean, Mariana, que aniversariava. Muitos jogadores ficaram na sala reservada, junto dos membros da diretoria, enquanto outros festejavam com familiares no salão ao lado. Fred, Rafael Sobis, Wagner, Diguinho, Diego Cavalieri, Wellington Nem, Samuel, Leandro Euzébio, Edinho, Kléver, Jean, Bruno, Thiago Carleto, Carlinhos e Ricardo Berna marcaram presença na churrascaria. O presidente da patrocinadora do clube, Celso Barros, também foi comemorar o título brasileiro.

domingo, 18 de novembro de 2012

BNDES amplia crédito para socorrer Estados e municípios

Com crescentes dificuldades de caixa, o governo petista passou a recorrer ao banco federal de fomento à produção para outra finalidade: socorrer Estados e municípios e intervir nos crescentes conflitos federativos. Levantamento feito pela Folha mostra que, em menos de três anos, o volume de crédito do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) comprometido com governos regionais saltou de R$ 10 bilhões para mais de R$ 17 bilhões. A tendência, a julgar pelas medidas recentes da área econômica, é de um crescimento ainda mais acelerado daqui para a frente. Só neste ano, foram criadas novas linhas de crédito cujo valor se aproxima dos R$ 30 bilhões. E, no movimento mais inusitado, a gestão de Dilma Rousseff ofereceu neste mês aos governadores até R$ 129 bilhões em financiamentos do banco, nos próximos 16 anos, na tentativa de acordo em torno da nova proposta oficial de reforma tributária. Pela proposta, o dinheiro do BNDES faria parte de um fundo de desenvolvimento regional, destinado a compensar Estados mais pobres prejudicados pela mudança a ser promovida na repartição da receita do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços). HISTÓRICO Em negociações anteriores do gênero, como no projeto de reforma de 2008, as perdas estaduais seriam integralmente cobertas com recursos da arrecadação de impostos da União. Argumentava-se, na época, que o momento excepcionalmente favorável das contas do Tesouro Nacional viabilizaria a reforma. De lá para cá, a tese foi enterrada. O agravamento da crise internacional tornou irrealistas as expectativas de receita do governo petista --nos últimos quatro anos, as metas fiscais foram descumpridas em três. O BNDES, chamado a multiplicar seus desembolsos para o setor privado, também ganhou o papel de cobrir sucessivos buracos orçamentários no setor público. A utilização heterodoxa do banco começou na recessão de 2009, quando a piora da arrecadação derrubou os repasses da União aos Estados e municípios. Na época, os governadores ganharam um volume "emergencial" de R$ 4 bilhões em empréstimos a juros favorecidos. O atraso das obras para a Copa de 2014 levou o BNDES a financiar a reforma e a construção de estádios, na maior parte dos casos em parceria com os governos locais --R$ 400 milhões foram destinados, por exemplo, para a reforma do Maracanã. Diante da escassez de investimentos em infraestrutura e da frustração das metas do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), os governos Lula e Dilma autorizaram a ampliação da capacidade de endividamento dos governos regionais, que é monitorada por regras legais desde a década de 1990. Foi o que permitiu, por exemplo, o lançamento neste ano de uma linha de R$ 20 bilhões para o financiamento de obras estaduais. São Paulo, por exemplo, tomou quase um décimo do montante para projetos de mobilidade urbana. Outras operações têm motivação mais explicitamente política: Espírito Santo, Santa Catarina e Goiás ganharam direito a uma linha especial de crédito por terem sido derrotados na votação que impediu a concessão de benefícios fiscais para bens importados.

sábado, 17 de novembro de 2012

Alagoano supera 6 mil concorrentes e vence desafio de robô em olimpíada

A presidente Dilma Rousseff não conseguiu. O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, tampouco. Darilton de Lima Pinheiro, um alagoano de 22 anos, sim. Ele foi o único a vencer o duelo com a participação de um robô em um dos jogos da "Indústria do Futuro", exposição que integra a Olimpíada do Conhecimento, promovida pelo Senai no Anhembi (na zona norte de São Paulo). A tarefa era conduzir uma pequena arruela por uma estrutura em forma de ziguezague --sem encostar na estrutura; o robô estava ali como parâmetro, não para ser batido: ele fazia o circuito sem errar e mais rápido. Sergio Amaral/Divulgação O instrutor do Senai em Alagoas Darilton de Lima Pinheiro, 22, com a réplica do robô Kuka KR-16 que ganhou de prêmio Cerca de 6.000 candidatos falharam, segundo os organizadores, entre os quais Dilma e Alckmin (eles foram à abertura do evento, que começou segunda e vai até amanhã). O difícil, diz Darilton, nem foi ter mão firme para evitar que a arruela encostasse na estrutura, mas sim ignorar a música tensa e as dezenas de espectadores a "secá-lo". "Tive tranquilidade e calma", diz o rapaz, que só soube que Dilma e Alckmin haviam fracassado depois. Instrutor do Senai em Alagoas e primeiranista de engenharia mecânica em uma faculdade particular de Maceió, ele participou da Olimpíada como observador, em sua segunda visita a São Paulo --a primeira havia sido no início do ano, em um treinamento. Como prêmio pelo feito, Darilton ganhou uma réplica em tamanho reduzido do robô Kuka KR-16, usado, entre outros, nas indústrias plástica e automotiva.

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Infraero deve ter verba recorde do Tesouro para garantir Copa

Pressionado pelo atraso dos investimentos, o governo Dilma Rousseff programou para o próximo ano uma injeção recorde de dinheiro do Tesouro Nacional na Infraero, a estatal que administra os aeroportos federais. Viracopos estuda usar dutos para abastecer avião O detalhamento do projeto orçamentário em análise no Congresso mostra que, ao todo, a empresa deverá receber R$ 1,7 bilhão, principalmente para obras a serem concluídas até a Copa do Mundo de 2014. Trata-se de um valor 120% superior, já descontada a inflação, ao último grande aporte de recursos à estatal -R$ 565 milhões em 2007, quando o setor aéreo vivia uma crise provocada por uma sequência de acidentes e conflitos entre governo, militares e controladores de voo. Segundo a Infraero, o valor previsto se deve à perda de capacidade de investimento da empresa após a concessão à iniciativa privada de três dos seus principais aeroportos -os de Guarulhos, Campinas e Brasília, que respondiam por quase 40% das receitas totais da estatal. Neste ano, os projetos de ampliação e reforma dos terminais caminham a passos lentos. De R$ 2 bilhões programados até dezembro, apenas R$ 590 milhões haviam sido gastos até agosto. OBRAS DA COPA Sem o dinheiro da União, não seria possível seguir com o programa que prevê obras em 21 aeroportos nos próximos anos. Só com as novas unidades em sedes da Copa, há R$ 2,3 bilhões a gastar. A maior parte do dinheiro a ser injetado na Infraero virá dos pagamentos feitos ao governo pelos consórcios vencedores da disputa pela concessão de aeroportos. Pelas contas feitas após o leilão, realizado em fevereiro, os consórcios deverão pagar à União ao fim do primeiro ano de contrato cerca de R$ 1,2 bilhão. Editoria de arte/Folhapress Segundo o Orçamento, R$ 1 bilhão dessa fonte será usado para ampliar a participação da União na Infraero. Pelas intenções originais, a receita das concessões não deveria ser inteiramente gasta com a estatal. Parte do dinheiro iria para um plano de aviação regional, voltado para aeroportos de menor porte administrados por Estados e municípios. Esse plano, porém, acabou não sendo anunciado em março, como se esperava. Mas, além de bancar as obras da empresa, os recursos do Tesouro serão aplicados nos aeroportos concedidos ao setor privado. A Infraero receberá R$ 300 milhões para depositar sua parte no capital das sociedades que administrarão Guarulhos, Campinas e Brasília. Pelo modelo da concessão, a estatal tem 49% de participação nessas sociedades -cerca de R$ 600 milhões a serem aportados em dois anos, a começar deste. Esse capital será usado para investimentos, principalmente no início dos empreendimentos. Se a Infraero não cumprir o compromisso com os sócios, terá reduzida a sua participação na sociedade e a sua influência na administração dos aeroportos. APORTE VISA EVITAR CAOS AÉREO Ao injetar recursos na estatal que administra aeroportos, o governo quer assegurar a continuidade de obras de melhoria em terminais considerados estratégicos. Isso deverá garantir serviços de mais qualidade e conforto aos passageiros. Além disso, com a realização de grandes eventos esportivos nos próximos anos, a ampliação dos terminais é necessária para acomodar um fluxo maior de viajantes sem provocar caos no setor aéreo.

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Brasil

O narrado Galvão Bueno voltou com a corda toda ao futebol da TV Globo. Após narrar partidas do São Paulo na Copa Sul-Americana e a “final” do Campeonato Brasileiro entre Palmeiras e Fluminense, ele comandou a transmissão do 1 a 1 entre Brasil e Colômbia, na última quarta-feira, nos Estados Unidos. E, para delírio dos fãs (e também dos que gostam apenas de tirar sarro do narrador), Galvão ressuscitou um de seus mais famosos bordões. Ao citar que os colombianos eram comandados por um técnico argentino (Jose Pekerman), o global comparou o estilo de jogo da seleção cafetera ao dos hermanos. “Já que o técnico deles é argentino, foi um legítimo toco y me voy“, disse Galvão, após um lance em que os jogadores da Colômbia fizeram uma série de tabelas. A expressão é uma das mais famosas do narrador, ao lado de “ganhar é bom, mas ganhar da Argentina é muito melhor”. Ele também disse que o Brasil jogou no toco y me voy no lance do pênalti marcardo por Armero em Daniel Alves, no qual o lateral brasileiro invadiu a área tabelando com Neymar. Galvão também se destacou ao reclamar do excesso de nomes compostos na seleção brasileira durante o amistoso. A defesa, por exemplo, foi formada por Daniel Alves, David Luiz, Thiago Silva e Leandro Castán, além do goleiro Diego Alves – no segundo tempo, entrou o lateral esquerdo Fábio Santos. No decorrer do amistoso, o narrador começou a chamar os atletas apenas pelo nome ou sobrenome, para não ficar parecendo “dupla sertaneja”. Ele também recordou os tempos em que os jogadores brasileiros usavam quase que exclusivamente apelidos. “Os nomes estão muito grandes, atrapalha o narrador, cansa a voz. Vou começar a falar só Thiago (Neves), David (Luiz), Daniel (Alves), senão fica todo mundo com nome de cantor sertanejo”, disse Galvão, que completou: “Bom era o tempo em que tinha Pelé, Pepe, Zico, Vavá… Era muito mais fácil para os narradores”. Arnaldo discorda Durante a transmissão de Brasil x Colômbia, Galvão Bueno também criticou bastante o árbitro norte-americano Mark Geiger. Segundo o narrador, ele deixou de marcar uma série de faltas, principalmente nos jogadores brasileiros. Ao pedir a opinião do comentarista de arbitragem Arnaldo Cézar Coelho, porém, Galvão não ouviu a resposta que queria.

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Ibope é condenado a ressarcir Record por erro em medição

guerra entre a Record e o Ibope ganhou um capítulo judicial. A Folha teve acesso a sentença do dia 23 de outubro, que ainda aguarda publicação, em que o juiz César Augusto Vieira Macedo, da 32ª Vara Cível de São Paulo, condena o Ibope a ressarcir a Rede Record no valor de R$ 326 mil por uma falha técnica no serviço de medição de audiência em tempo real em junho deste ano. É a primeira vez que o instituto que afere audiência no país é condenado a indenizar um cliente. Cabe recurso. Em reportagem publicada pela Folha no dia 19 de junho, o Ibope reconheceu uma falha na medição minuto a minuto, também conhecida como "real time". O instituto informou aos assinantes do serviço que seria realizado um ajuste na divulgação dos resultados do serviço "real time". O erro se deveu ao fato de que os dados de HD ("high definition") do SBT não estavam sendo somados à estatística total do SBT. Após receber o comunicado do Ibope sobre a falha, a Rede Record ingressou com uma ação, no dia 21 de junho, contra o instituto, requerendo ressarcimento material e a declaração de nulidade de cláusula contratual. A emissora alegou na ação a existência de vícios na prestação dos serviços contratados e erros nos dados fornecidos pelo Ibope. Segundo a ação, a falha acarretou graves problemas para o canal, com respeito à definição de estratégia de programação e outros, decorrentes dessa estratégia. É uma prática comum em televisão a utilização da medição de audiência em tempo real para guiar programas ao vivo. É com base nos dados minuto a minuto, por exemplo, que se determina se um apresentador adiará o intervalo comercial ou se esticará mais uma atracão que esteja indo bem em audiência. Devido à falha técnica do Ibope, a Record exigiu, na ação, o ressarcimento do valor pago pela assinatura do serviço de "real time" no período de 1º de janeiro a 12 de junho, além de uma indenização por danos morais. Na sentença, o juiz nega o pedido de danos morais, mas condena o Ibope a ressarcir a emissora no período estipulado pela emissora. CONTRATO Em sua defesta, o Ibope afirmou que os números de audiência "real time" são dados provisório, sujeitos a alterações, não devendo, portanto, servir para orientar a programação das emissoras. O contrato do instituto com seus clientes tem uma cláusula que estabelece que o Ibope não se responsabiliza pelo dados do serviço de medição minuto a minuto. Na sentença, o juiz declara a nulidade da cláusula do " real time" e diz que o "o envio com vício destas informações acarreta mudança nos planos da emissora". Procurada, a Record não se pronunciou sobre o assunto. O Ibope diz que ainda não foi notificado da decisão e por isso não vai se pronunciar sobre o caso.

terça-feira, 30 de outubro de 2012

Mercadante: percentual de negros inscritos no Enem se aproxima da presença desse grupo na população

ministro da Educação, Aloizio Mercadante, disse nesta terça-feira (30) que o número de inscritos no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2012 que se declararam pretos, pardos e indígenas, e portanto, são contemplados pela política de cotas, não surpreende por estar “bem próximo à sua presença relativa na população”. De acordo com o Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira), órgão do MEC (Ministério da Educação) responsável pelo exame, dos mais de 5,7 milhões de participantes da edição deste ano, 2,4 milhões se declararam pardos; 694 mil, pretos e 35 mil, indígenas. “[Essa parcela de brasileiros] representa, em média, 52% da população, então a inscrição no Enem, em que eles totalizam 54%, está muito próximo”, disse o ministro. Segundo ele, um dado “que deveria surpreender” é que há dez anos apenas 4% dos negros, que são 51% da população, tinham curso superior. Hoje o índice está chegando a 19%. Mais sobre o Enem 2012 Mais da metade dos inscritos para o Enem 2012 são negros Calma e autoconfiança: saiba o que fazer para evitar um "branco" na hora do Enem Enem 2012 para sabatista em RO será antes das 18h; MPF pede alteração “Temos que continuar trabalhando para que eles [os negros] tenham nas universidades o mesmo peso que têm na sociedade. O mesmo vale para os mais pobres. Há dez anos só 0,5% dos 20% mais pobres estava estudando ou tinha curso superior e hoje já aumentamos oito vezes, são 4,2%. Só que entre os 20% mais ricos são 47% com diploma superior. Esta é a origem da verdadeira desigualdade no Brasil: o acesso à educação”, disse, após participar da abertura de um seminário sobre os desafios da educação no Brasil, no CGEE (Centro de Gestão e Estudos Estratégicos), em Brasília. Mercadante lembrou que a Lei de Cotas, cuja regulamentação foi publicada há duas semanas, é uma política para os próximos dez anos, com o objetivo de estimular o acesso desse grupo de brasileiros às melhores universidades do país. A nova lei obriga instituições federais de ensino superior a destinar progressivamente uma parte das vagas para estudantes que frequentaram todo o ensino médio em escolas públicas. O objetivo do governo é atingir o índice de 50% das vagas em quatro anos. A distribuição por raças é um dos recortes previstos na legislação. Os novos critérios terão de ser incluídos nas regras de seleção para universidades públicas por meio do Enem Mulheres O ministro da Educação também comentou o fato de a maioria dos participantes do Enem 2012, que tem recorde de inscrições e participações confirmadas, ser composta por mulheres. As brasileiras respondem por 59% das inscrições, com 3,4 milhões, enquanto os homens somam 2,3 milhões (41%). “Todos os dados mostram que as mulheres estão estudando cada vez mais e ocupando cargos cada vez mais importantes. Elas têm níveis de escolaridade maiores que os homens. Isso é muito forte no Brasil e também uma tendência mundial”, destacou. Mercadante voltou a tranquilizar os candidatos reafirmando a segurança das provas, que segundo ele estão “muito bem guardadas”, e garantiu que “tudo está ocorrendo dentro do planejado”. “Vamos percorrer mais de 400 mil quilômetros para que todas as provas estejam no dia do exame nas escolas onde têm que estar. Os alunos podem ficar tranquilos. Esperamos que não haja nenhum incidente”, ressaltou, acrescentando que o Enem 2012 conta com a participação de mais de 400 mil fiscais. Redações O ministro da Educação também demonstrou otimismo em relação aos novos critérios de avaliação das redações. A nota será composta pelo desempenho em cinco competências específicas, entre elas o conhecimento da norma culta padrão da língua escrita e a compreensão da proposta de redação. Além disso, cada texto será avaliado por dois professores de forma independente. Caso haja diferença superior a 80 pontos em qualquer competência ou maior que 200 pontos no total, a prova será reavaliada por um terceiro corretor. Persistindo as discrepâncias, uma banca avaliadora dará a nota final. A outra inovação é que os candidatos terão acesso às correções em um prazo que será informado após o processo de avaliação. Mercadante destacou que os alunos devem conhecer previamente o caminho que farão para chegar aos locais das provas e ficar atentos ao horário de aplicação dos exames. As provas do Enem serão realizadas em 1,6 mil municípios de todo o país no próximo fim de semana (3 e 4 de novembro). Os portões de acesso serão abertos às 12h e fechados às 13h. O MEC recomenda que todos os participantes compareçam ao local de realização das provas até as 12h, de acordo com o horário oficial de Brasília. O Enem é composto por quatro provas objetivas, com 45 questões cada, e uma redação. No sábado serão aplicadas as avaliações de ciências humanas e suas tecnologias e ciências da natureza e suas tecnologias; e no domingo, as de linguagens, códigos e suas tecnologias, redação e matemática e suas tecnologias.

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Quase três em cada dez eleitores de SP não participaram da escolha do novo prefeito

O domingo ensolarado do segundo turno da eleição paulistana registrou dois recordes: o maior índice de abstenções desde a introdução da urna eletrônica, em 1996, e de dia mais quente do ano, chegando a 35,3º às 16h. Somando abstenções e eleitores que votaram em branco ou anularam o voto, mais de dois milhões e meio dos eleitores aptos (29,3%) não participaram da decisão do novo prefeito de São Paulo. O recorde anterior num segundo turno foi em 1996, com 24,6% dos eleitores paulistanos. O índice atual é maior que o de 28,9% dos eleitores que se abstiveram ou não votaram em ninguém no primeiro turno deste ano. Embora tenham caído os votos em brancos e nulos, as abstenções aumentaram. De 18,5% no primeiro turno, elas passaram para 20% da mesma base de eleitores ontem. "Esse número não é irrelevante e ainda será objeto de muitas análises", afirmou o juiz Henrique Harris Júnior, da 1ª Zona Eleitoral e responsável pela eleição na capital, observando que muitos eleitores de candidatos que ficaram fora da final podem ter

domingo, 28 de outubro de 2012

Votação foi encerrada às 17h de Brasília em 35 dos 50 municípios com segundo turno

A votação das eleições municipais foi encerrada às 17h, segundo o horário oficial de Brasília, em 35 das 50 cidades que voltaram às urnas hoje (28). De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o eleitor que já aguardava na fila antes do encerramento poderá votar. Em dez cidades, a votação só será encerrada daqui a uma hora, porque não estão no horário de verão. Cuiabá (MT) e Campo Grande (MS) estão no horário de verão, mas também encerrarão a votação daqui a uma hora, porque estão em fuso horário diferente. Leia mais Polícia Militar de São Paulo prende 17 pessoas em flagrante por crimes eleitorais No Rio, 65 pessoas foram presas por boca de urna durante a manhã No caso de Porto Velho (RO), Rio Branco (AC) e Manaus (AM), que estão em um fuso horário diferente do de Brasília e não têm horário de verão, a votação só será finalizada daqui a duas horas, às 19h, tomando por base o horário oficial de Brasília. A apuração começa imediatamente nos locais onde a votação terminou, e os primeiros resultados podem sair a qualquer momento. Em todo o país, 31,7 milhões de brasileiros voltaram às urnas hoje nos 50 municípios onde ocorre segundo turno na disputa pelas prefeituras.

sábado, 27 de outubro de 2012

Petrobras lucra R$ 5,6 bilhões no 3º trimestre, resultado abaixo da expectativa

Após registrar seu primeiro prejuízo em 13 anos no trimestre passado, a Petrobras voltou a lucrar entre julho e setembro deste ano. O lucro líquido foi de R$ 5,567 bilhões no período, resultado abaixo da espectativa de R$ 8 bilhões do mercado. O lucro líquido do trimestre passado foi 12% menor que o do mesmo período de 2011 (R$ 6,336 bilhões), mas a estatal se recuperou do prejuízo de R$ 1,346 bilhão do segundo trimestre deste ano --primeiro resultado negativo desde 1999. Na ocasião, gastos com poços secos e a variação cambial do período levaram a empresa ao resultado negativo. Daniel Marenco/Folhapress Logo da Petrobras, que teve lucro de R$ 5,6 bi no 3º trimestre No balanço atual, a Petrobras informou que contribuíram para o resultado os reajustes no preço da gasolina e do diesel, ocorridos em junho e julho, e destacou o menor gasto com poços secos ou subcomerciais e melhorias dos indicadores operacionais de sua área de refino de combustível. Diferentemente do que ocorreu no trimestre anterior, a companhia informou que seu resultado não sofreu grande impacto das variações cambiais. "A reversão do resultado do trimestre anterior está relacionada aos reajustes nos preços da gasolina e do diesel, realizados em junho e julho, ao aumento da produção de diesel em nossas refinarias, aos menores gastos com poços secos ou subcomerciais e à estabilidade cambial", disse a presidente da Petrobras, Graça Foster, no balanço. No acumulado do ano, o lucro é de R$ 13,4 bilhões --queda de 52% na comparação com o mesmo período de 2011 (R$ 28,2 bilhões). RECEITAS E EBTIDA O reajuste dos combustíveis fez a receita de vendas da petroleira atingir R$ 73,793 bilhões no terceiro trimestre, alta de 16% em relação a igual período de 2011. Na comparação com o período imediatamente anterior, houve alta de 8,4%. No acumulado de janeiro a setembro, a receita atingiu R$ 207,9 bilhões, aumento de 16% na comparação com o mesmo período de 2011. O Ebtida (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, na sigla em inglês) no terceiro trimestre de 2012 foi de R$ 14,375 bilhões, resultado 36% superior ao do trimestre passado (10,599 bilhões) e 12,5% inferior ao do terceiro trimestre de 2011 (R$ 16,429 bilhões). No acumulado de 2012, o Ebitda é de R$ 41,495 bilhões --14% menor que os R$ 48,194 bilhões do ano passado. PRODUÇÃO DE ÓLEO E GÁS A produção total de óleo e gás natural caiu 2,17% no trimestre passado em relação ao segundo (de 2,579 milhões de barris por dia para 2,523 milhões) e 2,24% em relação ao terceiro trimestre do ano passado (2,581 milhões de barris por dia). De acordo com a Petrobras, a queda na produção ocorreu devido a paradas programadas para manutenção em parte de seus sistemas de produção. Não foi detalhado, contudo, quais foram os sistemas que tiveram de parar, nem o tempo de interrupção dos trabalhos. À despeito das paradas, a empresa destacou que iniciou a produção no campo de Chinook, localizado em águas profundas do Golfo do México, nos Estados Unidos, e no campo de Baleia Azul, no pré-sal da Bacia de Campos (RJ). No acumulado do ano, a produção caiu de 2,605 milhões em 2011 para 2,592 milhões em 2012. PERSPECTIVAS DO TRIMESTRE Em relatório que acompanhou o balanço, a empresa destacou que, "embora os resultados tenham sido até certo ponto melhores", a companhia persiste "trabalhando com determinação e foco na recuperação da rentabilidade", empenhada em melhorar o desempenho. A companhia também mencionou a queda da produção de óleo, "devido a paradas operacionais por prazos mais longos do que o planejado, especialmente em setembro". Mas ressaltou que "essas paradas são fundamentais para garantir a segurança operacional e o retorno sustentável da produção." Quanto ao o lucro líquido de R$ 5.567 milhões, a Petrobras destacou "a estabilidade cambial, que não impactou de forma relevante o resultado financeiro líquido, além das menores baixas de poços secos ou subcomerciais e dos reajustes nos preços da gasolina e diesel." REAJUSTE DOS COMBUSTÍVEIS O mercado avalia agora se o desempenho da Petrobras neste trimestre, mesmo aquém da expectativa, pode aliviar as pressões pelo reajuste no preço da gasolina e do diesel. A presidente da Petrobras, Graça Foster, chegou a afirmar que um reajuste "certamente virá". Para ela, a necessidade de aumento é de "longo prazo" e não há uma "definição de curto prazo". Segundo a presidente da estatal, desde que começou em 2002, a política de alinhar os preços internos ao mercado internacional apenas no longo prazo não causou prejuízos à Petrobras. A equipe econômica do governo federal trabalhava com a hipótese de um novo reajuste nos combustíveis neste ano, mas decidiu reavaliá-lo depois que a inflação começou a subir no segundo semestre devido ao choque de preços de alimento. IMPACTO NA INFLAÇÃO Se atendida a expectativa da Petrobras, de aumento de 10% nos preços, o impacto na inflação seria de 0,30 ponto percentual. Em 2013, o governo espera que as pressões inflacionárias sejam menores. O último aumento no preço dos combustíveis --de 7,83% da gasolina e de 3,94% do diesel-- aconteceu no fim de junho deste ano. Os reajustes não foram repassados ao consumidor porque o governo, ao mesmo tempo, zerou a Cide (contribuição que incide sobre os combustíveis). RECEITAS O reajuste dos combustíveis fez a receita de vendas da petroleira atingir R$ 73,793 bilhões no terceiro trimestre, alta de 16% em relação a igual período de 2011. Na comparação com o período imediatamente anterior, houve alta de 8,4%. No acumulado de janeiro a setembro, a receita atingiu R$ 207,9 bilhões, aumento de 16% na comparação com o mesmo período de 2011.

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Brasil pressiona EUA para remover subsídios ao algodão até 2013

Brasil está pressionando os Estados Unidos para que removam, até o fim do ano ou o mais tardar no início do ano que vem, os seus subsídios ao algodão presentes na lei agrícola, que está sendo discutida no Congresso americano. O embaixador brasileiro na Organização Mundial do Comércio (OMC), Roberto Azevêdo, se reuniu em Washington com representantes dos departamentos de Agricultura e Comércio Exterior dos EUA e apresentou as partes que o Brasil considera mais problemáticas nos programas de ajuda aos produtores. Em um evento na capital americana nesta quinta-feira, o embaixador não quis revelar exatamente os itens que foram discutidos e disse apenas que as conclusões foram tiradas de modelos econométricos executados pelo Brasil. Ele enfatizou que a conversa foi "qualitativa" e que o Brasil não está querendo fazer um "microgerenciamento" da lei agrícola americana. Mas disse que "neste momento, estamos prontos para discutir questões específicas, tão específicas quanto for necessário". A formulação da nova lei agrícola americana é de soberania do Congresso, mas pesando sobre a cabeça dos legisladores está uma ameaça de retaliação por parte do Brasil, autorizada em 2009 pela OMC. Em uma decisão rara, a OMC julgou que as retaliações no valor de US$ 829 milhões podem atingir produtos não só agrícolas, mas bens de outros setores e propriedade intelectual. Mas a ação está suspensa desde 2010 por conta de um memorando de entendimento entre os dois países. Pelo acordo, os EUA pagam US$ 147,3 milhões anuais ao Brasil - que reinveste parte do dinheiro em projetos de algodão na África - e as sanções ficam postergadas até que os americanos cheguem a uma fórmula para sua nova legislação agrícola. Incertezas Entretanto, o Congresso não consegue chegar a uma fórmula para a lei, que deveria ter começado a valer no fim de setembro. As duas principais propostas em tramitação, da Câmara e do Senado, ainda mantém distorções consideradas pelo Brasil "grandes demais", inclusive maiores que no cenário atual. Durante as suas gestões em Washington, Roberto Azevêdo brasileiro transmitiu aos colegas americanos que o Brasil não rejeita a estrutura do programa de ajuda americano - os empréstimos subsidiados ou os programas de seguro de colheita, por exemplo. "O que me deixa perplexo é o grau de incerteza", queixou-se o representante brasileiro. A nova lei, disse, "poderia acontecer em algumas semanas ou levar meses. E eu não quero dizer um ou dois, mas muitos". "Negocio há muitos anos e nunca estive em negociações como estas, em que você não sabe com quem negociar", desabafou. Sanções O memorando de entendimento entre Brasil e EUA não estabelece uma data para expirar. O acordo é válido "no curto prazo", sendo este prazo algo que as duas partes preferiram não definir. Se nenhuma solução for alcançada até o início de 2013, o embaixador disse que "não tem instruções" sobre como agir. A uma plateia de associações de empresários do setor e legisladores americanos nesta quinta-feira, o embaixador disse que o país não deseja aplicar sanções, mas pode acabar ficando sem opções. "Desde o primeiro dia, dissemos que não queremos aplicar retaliações. Não é a tradição brasileira, não é algo que o setor privado quer, não é algo que o governo quer. Ninguém quer", afirmou. "Ninguém está pedindo isso, mas essa é a única solução, o que vamos fazer? É a única maneira de passar a mensagem de que nos preocupamos com o sistema (de solução de controvérsias da OMC) e com nossos setores que estão sendo prejudicados."