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sábado, 12 de outubro de 2013

Após fechar com a 9ine, Cigano renova com o Corinthians por mais 2 anos

Junior Cigano teve semanas movimentadas nos bastidores antes de viajar na última quinta-feira para Houston, onde, no próximo dia 19, vai disputar o cinturão dos pesados contra Cain Velasquez, no UFC 166. Depois de fechar com a agência de marketing 9ine, de Ronaldo, ele renovou seu contrato por mais dois anos com o Corinthians. Ele passou a defender o clube do Parque São Jorge em agosto do ano passado e já fez duas lutas com o uniforme do time – a derrota para o próprio Velasquez, em dezembro passado, quando perdeu o cinturão dos pesados, e o nocaute sobre Mark Hunt, em maio. O novo acordo, que vai até o final de 2015, foi assinado na última quinta-feira, mas divulgado só agora. “A renovação de contrato com o Júnior Cigano por dois anos mostra que o projeto de MMA no Corinthians é de longo prazo. O clube acredita na força que a modalidade tem atualmente, assim como no enorme potencial de crescimento que vemos pela frente. O Júnior Cigano é um dos principais nomes do MMA no planeta e é uma honra seguir tendo o atleta em nossa equipe e expondo a marca do Corinthians”, disse João Guilherme de Oliveira, gerente da modalidade do Corinthians, em comunicado oficial. O projeto corintiano para o esporte começou com Anderson Silva em 2011. O clube contratou o então campeão dos médios do UFC e montou uma bem estruturada academia de artes marciais com seu nome no Parque São Jorge. Cigano acertou quase um ano depois. O Spider deixou o time este ano e seu nome foi tirado do local, mas o projeto de manteve, contando com 20 atletas profissionais atualmente, encabeçados pelo ex-campeão dos pesados do UFC.

sexta-feira, 11 de outubro de 2013

"Ainda estou pagando pela proibição", diz biógrafo de Roberto Carlos

Primeiro a trazer à tona a polêmica das biografias não autorizadas, quando teve seu "Roberto Carlos em Detalhes" proibido pelo cantor em 2006, o jornalista Paulo César de Araújo diz que até hoje sofre as consequências da proibição. "Os prejuízos são imensuráveis. São de de toda ordem, não foi só financeiro, foi emocional. Eu só vou mensurar isso no fim da vida. Ainda estou pagando pela proibição, mas não pela publicação, porque o livro está aí, circulando pelo mundo. Eu só tenho o prejuízo financeiro, mas eu fiz o livro para ser lido", afirma. A polêmica sobre as biografias voltou a ser debatida no último sábado (5), quando a produtora Paula Lavigne, porta-voz do grupo Procure Saber (formado por músicos como Caetano Veloso, Chico Buarque, Milton Nascimento, Gilberto Gil, Djavan e Erasmo Carlos), afirmou em entrevista ao jornal "Folha de S.Paulo" que os músicos estavam se mobilizando para impedir a mudança na legislação que submete a publicação de biografias à autorização dos biografados. O grupo é o mesmo que, em julho, conseguiu pressionar o Senado a colocar em pauta e aprovar o projeto de lei que modifica as regras de arrecadação e distribuição de direitos autorais musicais. Para Araújo, os artistas reunidos no grupo Procure Saber estão tentando combater algo que não existe. "Pelo jeito que eles falam, parece que estavam sufocados por biografias não autorizadas. Não tem biografia de Caetano, Djavan, Chico Buarque! Só livros acadêmicos e reunindo letras. O único desse grupo que tem é o Roberto Carlos. Eles estão combatendo o quê? Não temos essa tradição biográfica ainda. Eles estão se posicionando contra algo que não existe", afirmou por telefone. Onde vamos parar? Que juventude é essa que dizia que queria tomar o poder lá em 1968 e agora pede isso? Que velhinhos são esses? Paulo César de Araújo, referindo-se a artistas como Caetano Veloso e Chico Buarque Entre os integrantes do Procure Saber, além de Roberto Carlos, apenas Gilberto Gil tem uma biografia: "Gilberto Bem de Perto", escrita a quatro mãos pelo músico e a jornalista Regina Zappa Araújo disse ainda estar "sob o impacto" da notícia. "Que Chico Buarque compactue com isso? Onde vamos parar? Que juventude é essa que dizia que queria tomar o poder lá em 1968 e agora pede isso? Que velhinhos são esses?", questiona. "O que me chama a atenção é que, embora se fale em privacidade, a questão é financeira. Ela [Paula Lavigne] fala que pode colocar na internet, desde que não se ganhe dinheiro. Privacidade não se vende, honra não se vende", diz o jornalista, referindo-se à declaração da ex-mulher de Caetano Veloso à "Folha", em que afirma que seu grupo "é contra a comercialização de uma biografia não autorizada" e que não seria justo que somente editores e biógrafos lucrassem com a venda das biografias. "O que é surpresa é isso, colocar ênfase na questão financeira. O Roberto Carlos fez isso, disse que estava prejudicando as vendagens do disco dele. Mas a gente até espera isso do empresário do Roberto Carlos, alguém que vive no mundo do mercado imobiliário. Mas que Caetano, Chico, Djavan estejam fazendo isso, é decepcionante", completa Araújo. Reprodução Pelo jeito que eles falam, parece que estavam sufocados por biografias não autorizadas. Paulo César de Araújo, autor da biografia "Roberto Carlos em Detalhes", sobre os artistas que se mobilizaram contra este tipo de livro O jornalista também questiona a afirmação feita pelo cantor Djavan em nota enviada ao jornal "O Globo" de que "editores e biógrafos ganham fortunas enquanto aos biografados resta o ônus do sofrimento e da indignação". "Isso é um delírio do Djavan! É o contrário. Quem ganha dinheiro aqui são os cantores, compositores. Para se fazer uma biografia, são pelo menos dois anos de trabalho. Você gasta muito em viagens, fitas, documentos, livros antigos", afirma Araújo. Araújo se alinha ao grupo de escritores representados pela Anel (Associação Nacional dos Editores de Livros), entidade que move no Supremo Tribunal Federal uma Ação Direta de Inconstitucionalidade, alegando que os artigos 20 e 21 do Código Civil, que dão margem à proibição de biografias não autorizadas, opõem-se à Constituição, lei máxima do país. De acordo com o texto da Constituição, "é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença". O grupo também apoia o projeto do deputado Newton Lima (PT-SP), que tem como objetivo alterar o artigo 20 do Código Civil.

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Bridget Jones volta às livrarias, mas morte de Mark Darcy decepciona fãs

A vida de imprevistos da complexada Bridget Jones, com seus esforços sempre frustrados para perder peso, voltam, 14 anos depois, no terceiro livro de Helen Fielding, mas, desta vez, sem Mark Darcy, com quem teve dois filhos. "Mad about the Boy", ainda sem tradução para o Brasil, é a mais recente história da personagem que nasceu como uma coluna no jornal "The Independent", em 1995, e será publicada nesta quinta-feira no Reino Unido, onde a notícia de que Darcy morreu provocou grande decepção no público feminino. A história se passa cinco anos após a morte de Mark Darcy. Cleaver, o padrinho de seus dois filhos, luta para encorajar Bridget a deixar de lado sua tristeza. Tudo isso muda quando ela se apaixona por Roxster, um jovem de 30 anos que Bridget, com 51, conhece através do Twitter. "Cinco anos. Realmente foram cinco anos? Oh Mark, Mark. O que estou fazendo? Por que comecei tudo isso? Por que não fiquei como estava? Triste, só, sem trabalho, sem sexo", escreve, agora, a cinquentona em seus diários. Com toques de humor, o livro, publicado com o selo da Editora Jonathan Cape, mostra uma Bridget com as mesmas questões: conta calorias, questiona suas decisões e, agora, se preocupa com as rugas e com o colégio das crianças. "Peso: 130 libras (59 quilos). Rumo à obesidade. Por quê? Por quê?", pergunta-se Bridget em seu diário, no qual também relata a saudade que sente de Darcy. A morte de Mark Darcy, revelada pelo "The Sunday Times" no final de setembro, gerou manchetes na imprensa local devido ao grande interesse feminino pelo personagem. Os dois livros da série de Helen Fielding fizeram tanto sucesso que ambos foram parar nas telonas tendo a atriz americana Renee Zelleweger no papel principal. Também integrava o elenco o galã britânico Hugh Grant como o arrogante Daniel Cleaver, chefe de Bridget, que enfrenta Darcy (interpretado por Colin Firth) no primeiro livro a fim de ganhar o amor de Bridget. Apesar da grande expectativa em torno da publicação, o livro não recebeu boas críticas dos jornais. "The Daily Telegraph" o classifica como decepcionante, sem o humor dos anteriores. Enquanto para o "The Guardian" é escandalosa a morte de Darcy. A autora, cujos dois primeiros livros chegaram a vender 15 milhões de cópias no mundo todo, sempre negou que o personagem seja baseado em sua própria vida. Contudo, algumas coincidências são claras. Helen Fielding também tem 55 anos e é mãe de dois filhos. Além disso, depois que sua relação com Kevin Curran, um dos autores de "Os Simpsons", terminou em 2009, ela, que vivia nos EUA, voltou a Londres.

quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Backstreet Boys voltam às paradas americanas após seis anos

Os Backstreet Boys voltaram a aparecer na lista da revista "Billboard", que contabiliza as músicas mais vendidas nos Estados Unidos, com seu novo single, "In a World Like This". É a primeira vez desde 2007 que a banda emplaca um hit na lista. A canção estreou em 34º lugar nas paradas americanas, segundo a revista. A estreia é um recorde para o grupo --antes dela, a música dos Backstreet Boys que tinha atingido a posição mais alta na "Billboard" em sua estreia havia sido "I Want it That Way". Em 1999, a música estreou na 35ª posição. "In a World Like This" é também o título do novo disco da boy-band, o oitavo da carreira do grupo. Ele está em quinto lugar entre os mais vendidos nos Estados Unidos. "É uma combinação de Backstreet Boys clássico, com as harmonias e melodias, mas também, sabe, mostra que estamos de olhos e ouvidos abertos ao que está acontecendo na música", disse o backstreet boy Howie Dorough ao jornal "Huffington Post" sobre o disco. "Nós estamos sempre tentando evoluir."

terça-feira, 8 de outubro de 2013

Pela primeira vez, presidente da CBF admite mudar o calendário de 2014

Duas semanas depois de lançado, o movimento Bom Senso F.C. saiu de reunião ontem com a CBF (Confederação Brasileira de Futebol) com uma boa notícia. Conforme a Folha apurou, o presidente da entidade, José Maria Marin, admitiu, pela primeira vez, mudar o calendário de 2014. Reprodução/Facebook/Bom Senso F.C. Símbolo do grupo de jogadores Símbolo do grupo de jogadores Na reunião com representantes do grupo, que conta com o apoio de cerca de 800 jogadores das séries A e B do futebol brasileiro, o dirigente disse que está trabalhando para alterar o período previsto para a pré-temporada. O Bom Senso foi criado por alguns dos principais atletas de futebol do país no mês passado para discutir com os cartolas a programação dos próximos calendários. No encontro de cerca de duas horas, Marin contou aos jogadores que negocia com os clubes e as emissoras de TV o adiamento do início dos Estaduais para 19 de janeiro. Pela programação original da CBF, os times iniciariam a temporada apenas quatro dias depois de voltar ao trabalho, no dia 8 de janeiro. Se o presidente, de fato, recuar, os jogadores terão dez dias de pré-temporada após um mês de férias. O gesto de Marin é uma tentativa de esvaziar seus opositores na eleição da CBF, que acontecerá em abril. Na semana passada, os presidentes das federações "rebeldes" já haviam anunciado que desobedeceriam a CBF sobre o início da próxima temporada. Na reunião, Juninho Pernambucano, do Vasco, e Seedorf, do Botafogo, foram os que mais reclamaram com os cartolas do atual modelo. Seedorf disse que o futebol brasileiro precisa melhorar a qualidade para que possa ser vendido ao exterior. Já Juninho criticou o breve intervalo entre as partidas e afirmou que a fraca atuação de vascaínos e flamenguistas anteontem é um reflexo do atribulado calendário atual. Reprodução/Facebook/Bom Senso F.C. Jogadores em reunião com o presidente da CBF, José Maria Marin Jogadores em reunião com o presidente da CBF, José Maria Marin No encontro, os atletas apresentaram uma pauta de reivindicação aos dirigentes da CBF de cinco pontos. São elas: 30 dias de férias para os jogadores por ano, período de pré-temporada maior, máximo de sete jogos a cada período de 30 dias, a adoção do chamado "fair play financeiro" e que comissões de atletas, treinadores e executivos dos clubes façam parte do conselho técnico das competições e entidades. "Em duas semanas, seremos chamados aqui [CBF] para conversar sobre os pontos e começar a definir objetivos e metas já para o ano que vem", afirmou o zagueiro Paulo André, do Corinthians. O goleiro Dida, do Grêmio, e o zagueiro Cris, também do Vasco, participaram do encontro na sede da CBF. Do lado da CBF, Marin, Marco Polo del Nero, um dos vices da entidade, e Carlos Eugênio Lopes, diretor jurídico, receberam o grupo. "Nós deixamos a bola nos pés da CBF para que ela se posicione e nos mostre atitudes benéficas para o futebol brasileiro", disse Paulo André, que descartou a possibilidade de organizar uma greve.

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Coletânea de Odair José estimula reavaliação da sua obra, mal classificada como 'brega

Ser chamado de brega é horrível", desabafa Odair José, 65, um dos artistas mais populares do Brasil. "Tenho a esperança de que as pessoas vão entender a qualidade do meu trabalho antes de eu morrer", diz à Folha, de um hotel em Fortaleza, QG dos shows da turnê nordestina. Mais da metade do repertório atual desse goiano que chegou a ser chamado de "O Terror das Empregadas" é composta por músicas dos álbuns dos anos 1970: "Assim Sou Eu..." (1972), "Odair José" (1973), "Lembranças" (1974) e "Odair" (1975). Tudo isso será relançado neste mês na caixa de CDs remasterizados da série "Tons". Opinião: Odair José quebra a idealização romântica da música popular Este é um novo capítulo de reavaliação da obra de Odair, novela de roteiro nada linear. Um episódio de revisão aconteceu em 2006, no CD "Vou Tirar Você Desse Lugar", tributo a Odair gravado por artistas da cena pop. Jarbas Oliveira/Folhapress O cantor Odair José posa em frente a hotel em Fortaleza O cantor Odair José posa em frente a hotel em Fortaleza Outro ocorreu em 2011, no CD "Praça Tiradentes", em que ele mesmo resgatava "o velho Odair", instigado por Zeca Baleiro (e com sua participação). "Odair inaugurou um jeito de fazer música brasileira", afirma Zeca. "Ele construiu uma obra com temas populares como eram o rock, o country e o blues no começo, e foi corajoso, dando a cara a tapa para que, 20 e tantos anos depois, garotos do Leblon e Ipanema como Cazuza e Lobão pudessem brincar de bandidos", diz o músico. Hitmaker incontestável, Odair está na formação de vários músicos das novas gerações, como Fred Zero Quatro, do Mundo Livre S/A.: "Cresci no interior ouvindo rádio. Os sons românticos dele estavam entre meus preferidos". Odair José conta que é inconformado com a percepção errônea sobre seu trabalho. Em 1972, depois de estourar com "Vou Tirar Você Desse Lugar", lançado pela CBS, ele descobriu o folk rock de Neil Young, Cat Stevens e Ritchie Havens, e se empenhou em sair do gênero no qual foi inserido, a Jovem Guarda. Editoria de Arte/Folhapress A sonoridade recorrente da gravadora, a mesma de Roberto Carlos, não lhe agradava. "Todos os discos tinham o som do órgão e das guitarras de Roberto", afirma. Incentivado por amigos como Raul Seixas, Odair resolveu mudar o som e fazer letras que fossem como reportagens de jornal. A CBS não gostou e ele assinou contrato com a Polydor, "em busca de autonomia". Lá montou banda com José Roberto Bertrami (piano), Alex Malheiros (baixo) mais Ivan "Mamão" Conti (bateria), que depois formariam o Azymuth; o soulman Hyldon (guitarras) e ainda Luiz Cláudio Ramos (violões), futuro maestro de Chico Buarque. A safra de discos entre 1972 e 1975 evidencia a qualidade dos músicos e a intenção roqueira de Odair José, que difere de outros ícones românticos tidos como "bregas". Para John, do grupo Pato Fu, Odair faz "música pop das mais genuínas, misturando influências estrangeiras com uma prosódia brasileira". O músico também destaca "a desconcertante franqueza nas letras". Os quatro álbuns da série "Tons" venderam bem naquela década. E o autor dos hits radiofônicos como "Uma Vida Só (Pare de Tomar a Pílula)", canção que chegou a ser censurada pelo governo, extrapolou as expectativas: foi incluído na lista de artistas que assinaram contrato de exclusividade com a Globo para combater a saída de Chacrinha da emissora. Roberto Carlos era outro artista dos "top five". O sucesso teve um revés na segunda metade dos anos 1970, quando saiu o álbum conceitual "O Filho de José e Maria", influenciado pela guitarra do britânico Peter Frampton e a leitura de "O Profeta", de Khalil Gibran. Odair se desiludiu com a receptividade. "Ninguém entendeu nada, aí acabei descuidando da carreira." Foi nesse período, diz, que passou a consumir maconha e cocaína. "Caí tanto na boêmia que, se não fosse a Jane [com quem casou nos anos 1980], teria morrido." Hoje, ele se diz mais "focado" e feliz quando está no palco. Seria bom se fosse inserido num contexto pop rock, ao lado de Lulu Santos ou Kid Abelha. Se nunca mais fosse chamado de "brega", seria perfeito. QUATRO TONS - ODAIR JOSÉ (CAIXA COM 4 CDs) QUANDO outubro GRAVADORA Universal Music

domingo, 6 de outubro de 2013

Mesmo com apagão, B52’s recria festa new wave 28 anos depois do Rock in Rio em São Paulo

Rio de Janeiro, 1985. Uma banda de pós-punk da Georgia, EUA, bota milhares de brasileiros para dançar num festival predominantemente metaleiro. Era a estreia do B52’s, colocando cores numa tediosa paleta preta do heavy metal. São Paulo, 2013. A mesma banda, com formação de front idêntica (as vocalistas “ab-fabs” Kate Pierson e Cindy Wilson e Fred Schneider, o mentor musical e dono da voz metálica uma das marcas registradas da banda), transforma a casa de show HSBC Brasil numa pista de dança new wave, de novo. O show começa com Planet Claire, já colocando o público no clima festivo que estava por vir. De cara, os agudos de Kate demonstram que os anos foram gentis com suas cordas vocais. Nem tanto para os looks das “meninas”, agora na casa dos 50, e não mais tão montadas como quando surgiram no final dos anos 70 – num época em que a disco music já dava sinais de cansaço, e o pós-punk trazia uma certa melancolia no jeito de vestir. Quando apareceram, Kate e Cindy causaram com uma coleção de roupas de brechós dos anos 60 e as famosas e imensas perucas “bolo de noiva”, que depois seriam resgatadas por figuras como Amy Winehouse. Agora, as perucas tomaram uma chuva, ganharam um toque de chapinha, e as moças, um banho de loja... de departamento. Tudo mais certinho, pelo menos no visual. Mas na música a coisa continua impecável. As vozes dos três líderes seguem firmes, cristalinas. A animação no palco, a de uma banda de garagem – apesar dos movimentos econômicos de Cindy, que enquanto tocava o bongô e degustava um drink parecia estar poupando energia para uma aula de ioga.