Pesquisar este blog

sábado, 28 de setembro de 2013

Sob nova direção, MTV reestreia no Brasil de olho no público jovem e abandonando tradições

A MTV Brasil vai morrer a 20 dias de seu 23o aniversário. Chegou à maioridade, mas talvez não tenha nascido destinada a alcançar, de fato, a maturidade. Afinal, maturidade é coisa à qual juventude nenhuma sobrevive. No novo formato, que estreia em outubro, o canal deixa para trás o Brasil do nome, a TV aberta e a confiança em qualquer espectador com mais de 30 anos de idade. Dez melhores (ou mais constrangedores) momentos do VMB. O foco do novo empreendimento da Viacom é nos millennials, expressão que é repetida a toda hora para explicar o projeto e representa o público jovem de 15 a 30 anos. Tiago Worcman, ex-gerente de programação do GNT, e que só tem sete anos a mais do que o limite de idade de seu público, assume o comando da nova MTV com um cargo de duas linhas: vice-presidente de conteúdo e programação e brand manager da MTV no país (além disso, é marido da Carolina Dieckmann). E ele explica como vai tentar acertar onde a antecessora deixou de funcionar. “O que ofereceremos será um novo canal, uma nova MTV e o que tiver o perfil do nosso público e o agradar, entregaremos”, afirma. “VJs, telespectadores e televisão mudaram. Por que a MTV não pode mudar como os próprios jovens mudam o tempo todo?” A base da programação, segundo Worcman, se apoia em uma ampla pesquisa da Viacom com jovens de todo o mundo, “para conhecer o que desejam, seus medos, angústias, vontades e perfis”. A partir daí, nasce um conteúdo bem variado, que engloba tanto programas diários quanto séries, animações e realitiy shows – bem similar ao que é produzido atualmente na matriz norte-americana. Aliás, boa parte do conteúdo virá da programação global da rede, em versões dubladas e legendadas. Mas o executivo garante uma aposta significativa em conteúdo original local, de todos os formatos, inclusive ficção e reality, já em 2013 e 2014. Haverá também versões nacionais de sucessos atuais dos Estados Unidos, como Catfish e Girl Code/Guy Code. Entrevista: João Gordo conta que apresentava programa da MTV drogado. Quem tem saudade da programação dos “velhos tempos” e sonha com a volta do Disk MTV, no entanto, pode começar a aceitar os cabelos brancos. A nova MTV é para o novo jovem, o tal millennial. “Temos de lembrar que os jovens na época do antigo Disk MTV ou de outras atrações já não são mais os mesmos. O tempo passou, o mundo mudou, as redes sociais estão aí, precisamos pensar com a cabeça do jovem de hoje, não com a do jovem de ontem”, define Worcman. Mas, mesmo antes de estrear, a nova MTV já tem algo em comum com a antiga. Ela enfrenta um questionamento recorrente: e a música? A música é apenas mais um dos assuntos da emissora. Nem mais, nem menos. Ela estará na TV, sim, “tanto na forma de clipes quanto em outros formatos”, diz Worcman. Mas, aparentemente, estará mais presente nas redes sociais e nos eventos que a marca pretende produzir no Brasil, como o World Stage, um show que ocorre em diversos lugares do mundo e é transmitido pelo canal (e, atualmente, pode ser assistido no Brasil no VH1 HD). “Proporcionaremos experiências relevantes, marcantes, queremos trazer grandes eventos que a marca MTV faz em outros países e vamos apostar em muito mais coisas”, ele explica. “A música é relevante para o jovem de hoje? Sim, é. Ela é consumida no rádio, internet, CD, DVD, shows, televisão. O jovem assiste ao clipe e comenta com o amigo, simultaneamente, nas redes sociais. É nesse jovem que estamos pensando.” Diante do segmento em que a MTV foi mais relevante nos últimos anos, talvez mais realista do que perguntar sobre música seja questionar sobre comédia. Afinal, a Viacom também é dona do Comedy Central, marca que investe no humor, inclusive em produções nacionais. Worcman nega que vá haver concorrência interna entre os dois canais, por conta da diferença de idade dos públicos: o Comedy buscaria uma audiência um pouco mais madura. “A MTV tem um público mais jovem e não teremos stand-up, por exemplo”, diz. “Teremos alguns programas com humor, pois rir faz parte do universo dos millennials.” Para representar a nova fase, o canal está fazendo testes de apresentadores que sejam capazes de incorporar a cara de representante da nova geração que a MTV quer ter. Não está descartada a volta de profissionais que já tenham trabalhado na antiga, desde que provem, em teste, que estão “dentro do que buscamos para a MTV que desejamos entregar”. Mas, grosso modo, o plano de Worcman parece ser buscar caras novas. “Teremos talentos importantes que serão a cara do canal. Mas, para um jovem multifacetado, como ter uma cara apenas? Então teremos várias ‘caras’, vários talentos para dar voz à variedade de perfis de jovens que o Brasil tem hoje”, conta. O VMB, premiação que mantinha relevância na validação de novas bandas, deixa de existir – pelo menos como era até 2012. “Estamos avaliando formatos ainda melhores”, diz Worcman. Faz sentido, já que o foco passa longe de qualquer estratégia que abra mão da participação em novas tendências. Afinal, o que a Viacom pretende não é pouca coisa, segundo o executivo: “A MTV vai assumir o papel de precursora de tendências, de voz da Geração Millennials”.

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Lombardi compara estreia de "Pecado Mortal" a parto em lançamento da novela

O elenco de "Pecado Mortal", nova novela da Record, se reuniu nesta quarta (25) no Centro de Eventos do shopping Village Mall, na zona oeste do Rio, para assistir à estreia da trama, que aconteceu nesta noite. Carlos Lombardi, autor do folhetim, foi um dos primeiros a chegar à festa ao lado da mulher, Cris. Depois de posar para as fotos, ele falou sobre a expectativa para assistir ao primeiro capítulo da trama, que marca sua estreia na Record depois de mais de 30 anos na Globo. "Para mim, a expectativa é a de sempre. Estreia de novela é como um parto: dói, assusta, mas às vezes sai um filho maravilhoso", disse. O autor também falou sobre as vantagens de escrever para o horário das 22 horas. E admitiu que a trama terá cenas bem picantes. "Nesse horário você pode tratar assuntos de uma forma mais adulta. A novela não é excepcionalmente sexual nem é assexuada. Ela é um degrau mais realista", disse ao comparar "Pecado Mortal" com suas outras tramas. Lombardi ainda garantiu que não está preocupado com o Ibope. O autor disse que se atingir 10 pontos de audiência no decorrer da trama já se dá por satisfeito. "A maior audiência da Record é o 'Cidade Alerta', que dá 10 pontos. Sou uma pessoa realista, audiência não é raio", afirmou. Protagonista da história, Fernando Pavão também chegou com a mulher, Maria Elisa, e foi só elogios à novela. "Minha expectativa é a melhor possível. A novela está muito bonita e tem todos os ingredientes de um novelão. Está bem completa", opinou.

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

"Esperamos que a nova MTV foque mais no 'M'", diz Rogério Flausino

Rogério Flausino foi nesta terça-feira (24) em uma festa promovida pela nova MTV em São Paulo. O vocalista da banda Jota Quest disse o que espera que a nova emissora se concentre mais na música e criticou o formato recente dos VMBs. "Quando a gente soube que a MTV ia mudar, ficamos preocupados. Mas a gente espera que nunca deixe de ser o que é e foque mais no 'M'", falou. "Nos últimos tempos, o VMB mudou, o critério de avaliação mudou. Antes tinham as categorias do júri artístico e apenas uma que era escolha da audiência. Depois, se tornou muito popular, deixando pra trás, a avaliação do júri artístico e deixando as votações só com o público. Se popularizou demais". "Temos o exemplo do VMA, a melhor premiação de musica junto com o Grammy do mundo", apontou Flausino. "Mas só tenho lembranças boas do VMB. nossa primeira vez foi inesquecível, em 1997, nosso primeiro disco, foi mágico".

terça-feira, 24 de setembro de 2013

TV sob demanda e internet mudam atitudes do espectador, que está mais ansioso e viciado

Diogo Dantas, 26, mudou seu modo de ver televisão. Há um ano, o analista de marketing, que mora em São Paulo, comprou uma Apple TV. Com o aparelho, que funciona como uma espécie de ponte entre TV e internet, ele usa a plataforma sob demanda Netflix e faz downloads para assistir a tudo o que quer, na hora e do jeito que mais lhe satisfaz. TV convencional frustra crianças da era Netflix Dantas é um exemplo da transformação que a tecnologia trouxe ao consumo de entretenimento. Graças às variadas opções de plataformas de programação sob demanda no Brasil, que cobram preços mais baixos do que os de TV paga, é cada vez mais comum que os espectadores montem suas próprias grades e, quando envolvidos por alguma série, assistam a tudo de uma vez em maratona (ou "binge", como é chamado o hábito nos EUA). fenômeno foi citado pelo ator Kevin Spacey durante um festival de TV em Edimburgo, em agosto: "O público quer o controle, quer liberdade. Se quiser assistir em maratona como vem fazendo com 'House of Cards' [seriado que ele protagoniza no Netflix], temos que permitir". Dantas está usando essa "liberdade". Fã de seriados como "Homeland" e "Walking Dead", devora tudo: baixa e assiste a vários episódios de uma vez só, faz pesquisa nas redes sociais, lê o que acha pela frente. Para ele, há um fator fundamental que não foi citado por Spacey. "Tem a ver com ansiedade. Você sabe que a coisa está disponível e quer consumir. Quem hoje não é ansioso?", pergunta o analista. Já o publicitário Luiz Fernando Silveira, 25, teve motivação financeira para aderir ao novo comportamento. Colocou os gastos com a TV na ponta do lápis e viu que era mais vantajoso assinar uma internet mais rápida e o Netflix. O serviço custa R$ 16,50 ao mês e o Vivo Play, R$ 15,90, ambos bem abaixo dos preços da TV paga --o pacote mais simples da Net custa R$ 39,90, e o da Sky, R$ 49,90. Agora, Silveira diz que espera que as suas séries favoritas acabem para assistir a tudo de uma vez só. "Foi o que fiz com o 'Lost', já sabia do fator viciante", conta.

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Em volta aos anos 80, Iron Maiden faz melhor show da noite de heavy meta

A banda britânica Iron Maiden participou pela terceira vez do Rock in Rio, encerrando a edição de 2013 do evento com um repertório dominado por músicas antigas, que celebram a trajetória da banda e se confundem com a própria história do heavy metal, estilo musical que dominou as atrações deste domingo (22). O repertório, mesmo apresentado pelo grupo em São Paulo na sexta-feira, recupera faixas da turnê "Maiden England", que divulgava o álbum "Seventh Son of a Seventh Son", de 1988. A fase é considerada uma das mais importantes da banda, que viveu seu auge durante a primeira estadia do vocalista Bruce Dickinson, do final de 1981 até 1993, um ano após o lançamento do disco "Fear of the Dark", responsável por renovar por pelo menos mais uma década o legado do grupo. Setlist do Iron Maiden no Rock in Rio Qual foi o melhor show do sétimo dia de Rock in Rio 2013? André Matos + Viper Destruction + Krisiun Helloween + Kai Hansen Kiara Rocks Sepultura + Zé Ramalho Slayer Avenged Sevenfold Iron Maiden Resultado parcial Nos primeiros instantes, antes de a banda entrar ao palco, os telões mostravam imagens de icebergs, aves de rapina e paisagens, aumentando o nível de expectativa dos fãs, que encararam filas enormes desde cedo no dia mais concorrido do festival. Pouco tempo se passa até uma explosão indicar a entrada meteórica da banda, com Dickinson dando o primeiro de uma série incontável de saltos em um espetáculo à parte. Curiosamente, o frontman de 55 anos continua o mesmo das apresentações anteriores no Rock in Rio - em 1985 e 2001, esta que rendeu a gravação de um DVD e CD ao vivo. Dono do palco que parece desenvolvido para suas corridas, ele gesticula e brinca com o pedestal de seu microfone, passeia por cima de uma câmera móvel, troca de roupa inúmeras vezes e, claro, dá pulos impressionantes para um roqueiro de sua idade. (Paul Di'Anno, o vocalista original do Iron Maiden, que saiu em 1981 logo após o lançamento do álbum "Killers", não teria a mesma desenvoltura mesmo que quisesse, a julgar pelo tamanho em que ressurgiu no festival, também neste domingo, como convidado da banda Kiara Rocks, no palco Sunset). Ao se dirigir ao público, Dickinson é menos criativo, apela para sua marca registrada - os chamados de "Scream for me Braziiiil" (gritem por mim, Brasil) - e os lugares-comuns de todo gringo: cachaça, caipirinha e churrasco. Mas a estratégia batida é tão eficiente para ganhar a atenção do público quanto as suas piruetas. Ao introduzir a faixa "Afraid to Shoot Strangers", de "Fear of the Dark", o público bradou mais uma versão do canto futebolístico "olê, olê, olê, olê", como de praxe em shows que agradam. A noite reservaria uma série de coros durante refrãos das músicas mais aguardadas, começando com "Can I Play With Madness", "The Trooper" e "The Prisoner". Pulos da multidão tomariam conta da Cidade do Rock durante faixas como "Phanton of the Opera" e "Number of the Beast", introduzidas no miolo do repertório, trecho que marca o ápice do show. Mas Dickinson ainda é capaz de surpreender, especialmente quando aparece em sua versão mais bizarra no palco, usando devilock vampiresco, corte de cabelo da banda de horror punk Misfits, durante a faixa "Seventh Son of a Seventh Son". Mais conservadores, outros rostos famosos do grupo como o baixista e fundador Steve Harris e o guitarrista Dave Murray arriscam poucas corridas, mas seguem cada vez melhores quanto à rapidez e à versatilidade de seus dedos. O baterista Nicko McBrain, escondido atrás de pratos altos, mantém o nível técnico da apresentação tão bem quanto os guitarristas Adrian Smith e Janick Gers. Nos momentos em que os músicos brilham, Dickinson se ocupa com brincadeiras com a plateia, faz caretas e ainda aproveita para fazer merchand da britânica Unicorn, microcervejaria da qual é dono. O carismático boneco mascote gigante Eddie - que estampa praticamente todas as capas de discos do Iron Maiden e sempre dá as caras a certa altura do show do grupo - encerra o arsenal de atrações vestindo um uniforme ao estilo "Três Mosqueteiros" durante as músicas "Run to the Hills" e "Wasted Years". A roupa é parecida com a usada por Dickinson durante o clássico "The Trooper", na qual carrega a bandeira do exército do Reino Unido. Foram 100 minutos de puro heavy metal, que encerraram bem o último dia de atrações do Rock in Rio com o hit "Running Free", primeiro single oficial da história do Iron Maiden, lançado em 1980. A organização do Rock in Rio elevou o nível das atrações de metal em 2013, trazendo grupos com legiões de fãs como Slayer, Destruction e Avenged Sevenfold, mas o posto de melhor show da noite -- na acepção completa da palavra -- ficou com a "Donzela" mais uma vez.

domingo, 22 de setembro de 2013

Rock in Rio confirma nova edição no Rio de Janeiro em 2015

Rock in Rio 2013 não chegou ao fim, mas a organização do festival já informou que o evento voltará ao Rio de Janeiro em 2015. O anuncio foi dado em coletiva de imprensa realizada na Cidade do Rock neste sábado, 21. O guia da Rolling Stone Brasil para o Rock in Rio. “Desde a volta do Rock in Rio ao Brasil nossa intenção era realizarmos uma edição a cada dois anos. Nada é garantido, mas estamos trabalhando muito para que o Rock in Rio permaneça no calendário do país por muitos anos”, disse Roberto Medina, presidente do festival em comunicado oficial. O festival voltou ao Brasil após dez anos longe em 2011, já com a configuração mantida na edição deste ano, com sete dias de shows, espalhados em dois fins de semana, na Cidade do Rock. “A edição de 2013 confirmou que o Rock in Rio tem um grande poder de reverberação no país”, disse Rodolfo Medina, vice-presidente comercial do festival. O Rock in Rio 2013 teve os 595 mil ingressos disponibilizados para os sete dias vendidos em questões de horas assim que ficara disponíveis para compra online. O festival deste ano foi puxado pelos shows de Beyoncé, Muse, Justin Timberlake, Metallica, Bon Jovi, Bruce Springsteen e Iron Maiden, que encerra o festival neste domingo, 22. São 28 anos de história, desde a primeira edição, em 1985, realizada no Rio de Janeiro. O festival se tornou global em 2004, quando passou a também ser realizado em Portugal. Ao todo, já foram 13 edições, contabilizando Brasil (1985, 1991, 2001, 2011 e 2013), Portugal (2004, 2006, 2008, 2010 e 2012) e Espanha (2008, 2010 e 2012).