Pesquisar este blog

sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

SBT troca Chaves por telebarraco com apresentadora cubana

De última hora, o SBT fez mais uma mudança na programação vespertina. A partir do dia 17, às 18h30, a emissora troca Chaves por outro enlatado, Caso Encerrado, programa transmitido desde 2001 pela rede norte-americana Telemundo, voltada ao público hispânico. Nas primeiras chamadas, exibidas na noite desta quinta-feira (6), o SBT provoca a imprensa que cobre televisão: "Será que vai dar certo? Será que os críticos vão gostar", alfinetou o SBT, que admite no anúncio que será uma "experiência". Ou seja, a mudança pode não ser definitiva. O programa só ficará no ar se der boa audiência. "Se você gostar, continua", avisa a emissora na chamada. Exibido em 16 países da América Latina, além de Estados Unidos, Canadá, Espanha e Japão, Caso Encerrado é um telebarraco com histórias típicas de um Casos de Família, do SBT, como traições e segredos familiares. Os conflitos são resolvidos em uma espécie de tribunal, com a apresentadora, a advogada cubana Ana María Polo, no papel de juíza. No Brasil, o programa irá ao ar com dublagem em português. Caso Encerrado será exibido no lugar de Chaves, que, após um mês de exibição com episódios inéditos, teve média de apenas quatro pontos no Ibope da Grande São Paulo. O SBT não divulgou se a série mexicana continuará na programação diária.

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

Dizer 'bem feito' sobre acidente de Isis Valverde é atestado de machismo

O acidente de carro sofrido por Isis Valverde, no dia 31 de janeiro, alimentou ainda mais as manifestações contra à atriz na internet, iniciadas quando ela foi apontada como pivô da separação de Grazi Massafera e Cauã Raymond, anunciada no fim de 2013. Nas redes sociais e nos comentários dos sites que noticiaram o acidente, internautas fazem ironias e piadas com o caso, e dizem que Grazi teria feito macumba. Alguns chegaram a comemorar o ocorrido, justificando que Isis mereceu a lesão sofrida (ela fraturou a vértebra C1 da coluna) por ter se envolvido com um homem casado e, com isso, "destruído um lar". É comum que as aventuras e desventuras amorosas dos famosos despertem interesse. No caso do suposto triângulo amoroso vivido por Ísis, Grazi e Cauã –nenhum dos três, até o momento, confirmou nada– a revolta direcionada a Isis chama a atenção: ela ganhou o título de vilã da história e a fama de culpada pelo fim de um casamento cuja situação ninguém, a não ser os envolvidos, sabe como era. Na opinião do psiquiatra e terapeuta sexual Carlos Eduardo Carrion, o repúdio a Isis vem do fato do ser humano adorar a ideia de estabilidade, mesmo que ela seja ilusória. "Quando uma terceira pessoa surge na vida de um casal, revela uma falha naquele relacionamento, que, teoricamente, não deveria existir. E a terceira pessoa é sempre considerada a errada", explica. A antropóloga Mirian Goldenberg, professora do curso de pós-graduação em Sociologia e Antropologia do Instituto de Filosofia e Ciências Sociais da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), afirma que a maior parte das críticas a Isis vem de outras mulheres. São várias as razões: projeção, idealização romântica, machismo e herança cultural. Os famosos funcionam como uma espécie de reflexo do medo de rejeição que as pessoas carregam dentro de si. "Muitas mulheres pensam: se até a Grazi, que é linda, rica, querida, mãe dedicada e profissional reconhecida passa por um perrengue desses, imagina o que pode acontecer comigo? Será que já está acontecendo?", exemplifica Mirian. E aí fica mais fácil, prático e catártico extravasar a raiva nas redes sociais.

terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

Dilma pede apoio para manter estabilidade econômica

Em mensagem ao Congresso, que voltou nesta segunda-feira (3) ao trabalho, a presidente Dilma Rousseff pediu apoio para manter a estabilidade econômica no país. Ela deve anunciar ainda nessa semana a fase mais complicada da reforma ministerial: a que acomoda aliados de olho nas eleições.

domingo, 2 de fevereiro de 2014

Sabe o que são os "brasileiros de plástico"? Você torcerá por eles em 2016

Eles foram criticados e vítimas de certo preconceito antes da última edição dos Jogos Olímpicos. Ganharam rótulo depreciativo e olhares tortos de um povo nacionalista ao extremo. E depois, com medalhas, caminharam do estigma à redenção. Essa é a história dos "britânicos de plástico", como ficaram conhecidos os atletas que se naturalizaram para competir pela Grã-Bretanha em Londres-2012 - 61 entre os 542 que representaram o país. O fundista Mo Farah, nascido na Somália, ganhou dois ouros no atletismo e capitaneou uma legião de britânicos "não originais" (cerca de 50) que arremataram 24 das 65 medalhas que o Reino Unido conquistou em casa. Tradicionais publicações locais, como o jornal The Guardian, os chamaram de "o segredo do sucesso" do "GB Team" (Equipe da Grã-Bretanha), que pulou de 47 medalhas em 2008 para 18 a mais nos Jogos seguinte. Em 2016, será a vez de o Brasil receber os Jogos Olímpicos. E assim como aconteceu em Londres-2012, o dono da casa resolveu recorrer a "brasileiros de plástico" para turbinar o desempenho esportivo. O número é bem menor do que o do último anfitrião, é verdade, mas o contingente de atletas importados já tem crescimento significativo no país sul-americano em comparação com a última participação no evento. Em Pequim-2008, o Brasil não tinha nenhum estrangeiro. Em 2012, houve dois casos. Ambos podem estar também na edição do Rio: o norte-americano Larry Taylor, no basquete, e a chinesa Gui Lin, no tênis de mesa. Em 2016, porém, Larry Taylor e Gui Lin podem ser apenas parte de um grupo bem maior. A lista é puxada pelo polo aquático, que pode ter até sete atletas que já defenderam outras seleções. A lista foi montada pela CBDA (Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos) depois de a entidade ter identificado que faltava experiência internacional à seleção brasileira, ausente dos Jogos Olímpicos desde 1984. "O brasileiro tem habilidade para o esporte, mas talvez a gente tenha de identificar um perfil diferente, com jogadores mais altos e fortes. É uma questão de opção: garotos mais altos e fortes preferem o basquete ou o voleibol. Temos de puxar essa garotada maior, e os Jogos Olímpicos estão aí para isso. Queremos ter uma base forte para chamar atenção e deixar um legado", disse Ricardo Cabral, responsável pelo polo aquático na CBDA. A lista de estrangeiros que podem defender o polo aquático brasileiro é formada por perfis bem diferentes. Felipe Perrone, por exemplo, já defendeu a seleção brasileira, mas trocou o país natal pela Espanha quando tinha 17 anos. Chegou a ser capitão da seleção europeia. "Saí do Brasil porque não me senti realmente representado pelo país. O esporte tinha pouco espaço, pouca divulgação, e os jogadores eram amadores. Fui para a Espanha em 2003, e em 2005 eu comecei a jogar pela seleção", contou Perrone, cuja avó nasceu na Catalunha. O jogador é tratado pela CBDA como o ponto nevrálgico na montagem da nova seleção. A história de Tony Azevedo é diferente. Filho de brasileiros, ele foi vice-campeão olímpico de polo aquático pelos Estados Unidos em Pequim-2008. A lista de estrangeiros ainda tem um grupo que tenta naturalização brasileira, formado pelo espanhol Adriá Delgado, o australiano Pietro Figlioli, o cubano Ives González, o croata Josip Vrlic e o sérvio Slobodan Soro. A Fina (Federação Internacional de Natação) faz duas imposições para que um atleta possa mudar de nacionalidade: ele deve morar no novo país por pelo menos um ano e deve ficar um ano longe da seleção anterior. É o caso de Adriá, que atua no Fluminense. Natural de Barcelona, ele havia jogado nas categorias de base da Espanha e esteve no Brasil pela primeira vez há quatro anos. "Em 2010, falei com o meu pai sobre a possibilidade de ter dupla cidadania e assim poder ir para o Brasil de férias ou para jogar o que eu mais gosto, que é o polo aquático. Disputei meu primeiro jogo em maio de 2013, e foi uma estreia inesquecível: ganhamos pela primeira vez na história dos Estados Unidos na casa deles", relatou o atleta. A diferença que os "brasileiros de plástico" podem fazer no polo aquático é facilmente mensurável. No ano passado, na semifinal da Liga Nacional, o Fluminense bateu o Flamengo por 20 a 7. Felipe Perrone fez oito gols em apenas 11 minutos na piscina.