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sábado, 7 de dezembro de 2013

Rogério Ceni adia aposentadoria e renova com o São Paulo por um ano

O goleiro Rogério Ceni desistiu da aposentadoria no fim deste ano e firmou um novo contrato com o São Paulo. Prestes a completar 41 anos de idade, o capitão da equipe jogará até o fim de 2014, por mais uma temporada. O acordo foi firmado entre o goleiro e o presidente Juvenal Juvêncio. Juvenal foi ao CT da Barra Funda na manhã deste sábado para definir o acordo. O contrato já tinha sido apresentado ao goleiro, e era aguardado pelo presidente com a assinatura para firmar o prolongamento. No encontro, as partes conversaram e definiu-se a permanência do capitão até o fim de 2014. O anúncio sobre a definição de Ceni se arrastou desde o meio do ano. O goleiro já havia definido que esta seria sua última temporada como jogador, mas repensou a decisão a partir do mau momento do São Paulo no Brasileirão – Ceni não queria ficar marcado pelo ano de crise em sua despedida. Depois, o sentimento de otimismo com a boa fase, após a chegada de Muricy Ramalho, fez com que o capitão mudasse de ideia. Quem liderou a campanha pública pela renovação de Rogério Ceni foi o técnico Muricy Ramalho, primeiro que o liberou para cobrar faltas e amigo pessoal após anos de trabalho. O treinador disse ao goleiro e à diretoria que gostaria de mantê-lo em 2014. Ceni não vinha conversando sobre qual seria sua decisão, e dava poucas pistas. Nem os mais próximos sabiam qual seria sua decisão. A diretoria do São Paulo recebeu sinal positivo do goleiro nessa semana, mas ainda tinha dúvidas sobre qual seria o anúncio.

quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Jorginho usa Hortência e Jordan para incentivar concentração de F. Bastos

O técnico Jorginho cobrou, mesmo que em tom descontraído, e Fellipe Bastos entendeu recado. Antes do duelo contra o Lanús pela Copa Sul-Americana nesta quarta-feira, o treinador pediu que o volante tivesse uma maior atenção nas bolas paradas e utilizou dois ícones do basquete para exemplificar: Jordan e Hortência. O pedido deu certo e o volante não só foi o melhor jogador da Ponte em campo como também marcou, de falta, o gol que manteve o time de Campinas na briga pelo inédito título internacional. "Ele tem muita qualidade na bola parada, treina muito. O que falta às vezes, não só para ele, é concentração. Sempre gosto de falar da Hortência, que utilizava aquele momento para pensar só naquele momento", disse o técnico Jorginho, após o empate por 1 a 1, no Pacaembu. Além do gol, Fellipe Bastos ainda teve outra chance de marcar aos 40 minutos, quando mandou outra bola na trave em nova cobrança de falta. "O Jorginho fala muito comigo, me falou da Hortência, do Jordan... Ele me cobrou em tom de brincadeira, mas a gente sabe que no fundo é uma cobrança. Treino muito porque no dia do jogo aparece uma chance. Hoje tive duas e consegui fazer uma", disse o volante, lamentando a bola que explodiu no travessão de Marchesin. "Eu acho que caprichei demais. Eu imaginei que o goleiro fosse sair antes, assim como foi o gol que eles fizeram e o Roberto deu aquele passe pro lado. Mas o importante é o gol que eu fiz e que mantém a gente na briga". Outra curiosidade do feliz dia de Fellipe Bastos aconteceu por causa de um companheiro. Ao entrar em campo, o herói pontepretano ouviu uma previsão de Baraka. "É verdade, ele me disse que eu iria marcar um gol porque eu treinei muito bem ontem", finalizou.

terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Fifa divulga critérios e beneficia França em sorteio de grupos da Copa

A Fifa anunciou nesta terça-feira os critérios do sorteio da Copa do Mundo, que será realizado na próxima sexta na Costa do Sauípe, na Bahia. O destaque é o pote europeu com nove integrantes, de modo a abrigar a França e reduzir as chances de um super grupo de campeões mundiais. O time de Frank Ribery era considerado o 'bicho-papão' do sorteio, já que tinha chance de enfrentar um cabeça de chave e um 'grande' europeu logo na primeira fase, se a configuração antiga fosse mantida. Dentre as nove seleções europeias que não são cabeças de chave, a França é aquela com pior posição no ranking da Fifa de outubro, utilizado para definir parte do sorteio. Assim, especulava-se que o país integraria um pote intermediário, sem a companhia das equipes do continente, o que poderia levar os 'bleus' a uma chave com mais dois campeões mundiais. As chances de isso acontecer foram reduzidas com os critérios divulgados nesta terça. O pote 1 será formado pelos cabeças de chave, definidos pelo ranking da Fifa. Compõem a lista Espanha, Alemanha, Argentina, Colômbia, Bélgica, Suíça e Uruguai, além do país-sede Brasil. O segundo pote terá sete integrantes: cinco africanos e dois representantes da Américas do Sul (Chile e Equador). O terceiro contará com quatro asiáticos e mais quatro representantes da Concacaf (América Central e do Norte). Por fim, o quarto pote contará com nove representantes da Europa. O processo de sorteio começará com o sorteio de um representante europeu do pote 4, que migrará para o número 2, junto com os cinco africanos, Chile e Equador. Em seguida, este europeu será encaminhado necessariamente para um dos grupos encabeçados por sul-americanos: Brasil, Argentina, Colômbia ou Uruguai. "Não é fácil de explicar, mas espero que todos entendam no fim", afirmou o secretário-geral da entidade, Jerome Valcke, após a apresentação dos critérios do sorteio. Nas últimas semanas a Fifa já havia anunciado que os critérios de divisão de potes iria combinar parâmetros geográficos e esportivos. Dos cabeças de chave, os anfitriões brasileiros são os únicos que já conhecem seu itinerário na primeira fase. A seleção de Luiz Felipe Scolari está no grupo A e jogará em São Paulo, Fortaleza e Brasília, nesta ordem. A cerimônia de sorteio dos grupos da Copa acontece nesta sexta-feira, às 14h (horário de Brasília). O casal de atores Fernanda Lima e Rodrigo Hilbert comandará o evento de uma hora e meia de duração no litoral baiano. Confira como ficaram os potes do sorteio: Pote 1: Brasil, Argentina, Colômbia, Uruguai, Bélgica, Alemanha, Espanha e Suíça (8 seleções) Pote 2: Nigéria, Camarões, Argélia, Costa do Marfim, Gana, Chile e Equador (7 seleções) Pote 3: Estados Unidos, Costa Rica, Honduras, México, Japão, Coreia do Sul, Irã, Austrália (8 seleções) Pote 4: Itália, Holanda, França, Rússia, Bósnia, Portugal, Inglaterra, Grécia e Croácia (9 seleções)

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Enem 2012: 38,6% das escolas do país "reprovam" em redação

A nota da redação "reprova" 38,6% das escolas do país no ensino médio. Esse é o resultado de um levantamento feito pelo UOL com os dados do Enem por Escola 2012 (Exame Nacional do Ensino Médio) divulgados pelo Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais) na última semana. Ensino Médio O UOL adotou como nota mínima necessária para um aluno concluinte do ensino médio o mesmo número de pontos exigidos pelo MEC (Ministério da Educação) para certificar a conclusão do ensino médio de candidatos com mais de 18 anos: 500 pontos na redação e 450 pontos em cada um dos exames específicos Das 11.239 escolas que tiveram participação de ao menos 50% de seus estudantes, 4.435 instituições não alcançaram 500 pontos em redação --nota mínima, segundo o MEC, para o estudante que quer certificação de conclusão do ensino médio. O desempenho médio dos alunos do melhor colégio em redação no exame de 2012 foi de 810,53 pontos. No levantamento foi usada a média das notas dos estudantes que fizeram o exame voluntário. "É um indicativo de que a maior parte dos alunos que fizeram a prova tiveram nota abaixo da mínima necessária", afirma Dalton Andrade, professor de informática e estatística da UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina). Como os microdados do exame ainda não foram divulgados pelo MEC, não é possível saber o número de alunos que teve nota inferior ao mínimo esperado para um concluinte do ensino médio. Das instituições "reprovadas" na redação do Enem, 3.919 são escolas estaduais, 377 são instituições privadas, 28 são escolas municipais e 11 são federais. Enem 2012 por escola Arte UOL Consulte a nota da sua escola e veja o ranking do seu Estado Acre, Tocantins, Rondônia e Espírito Santo são os Estados com maior percentual de escolas que não conseguem a nota média de 500 na redação (confira quadro abaixo). Reflexo parcial A medida mostra apenas parte do problema da qualidade do ensino médio. Das 27.164 escolas com ensino médio no país, apenas 11.239 (41,37%) aparecem na lista divulgada pelo MEC, que só publica os resultados de instituições com mais de 50% e mais dez alunos examinados. Mapa do Enem 2012 mostra quais os temas que aluno não domina Em 2012, apenas 54% dos jovens de 15 a 17 anos estavam no ensino médio "O que se imagina é que a nota média superestima a qualidade do ensino geral. No fundo, quem está fazendo o Enem, de maneira geral, é o aluno que tem a expectativa de ingressar no ensino superior", explica Andrade. No caso das escolas estaduais, o percentual de instituições com frequência de pelo menos 50% de seus alunos no exame é ainda menor: 31,88% delas estão nos dados do Inep. Percentual de escolas abaixo da média em redação Acre 77,36% Alagoas 28,97% Amapá 59,37% Amazonas 40% Bahia 20,41% Ceará 58,35% Distrito Federal 19,5% Espírito Santo 70,06% Goiás 55,64% Maranhão 58,14% Mato Grosso 55,44% Mato Grosso do Sul 66,93% Minas Gerais 34,82% Pará 45,83% Paraíba 54,7% Paraná 44,16% Pernambuco 45,45% Piauí 67,41% Rio de Janeiro 20,49% Rio G. do Norte 48,13% Rio G. do Sul 37,04% Rondônia 70,08% Roraima 61,90% Santa Catarina 35,20% São Paulo 20,82% Sergipe 59,60% Tocantins 75,24% Fonte: MEC/Inep "Você pode estar deixando de lado os dados dos alunos mais vulneráveis, mais importantes para considerar a qualidade", considera Ana Paula Corti, professora do IFSP (Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo) e pesquisadora do tema. Para ela, nem os resultados do Enem têm servido para avaliar e melhorar o ensino médio e nem os resultados da Prova Brasil, mais adequada, estão sendo usados para políticas públicas. A redação não é o único exame em que as escolas ficaram abaixo da média esperada. A média de 1.102 instituições em língua portuguesa não atingiu os 450 pontos exigidos para a certificação do ensino médio. O número cresce quando a prova é a de matemática: 1.479 instituições pontuaram abaixo dos 450 exigidos para a certificação. Mas é em ciências naturais que o problema aparece de maneira mais grave, 2.843 escolas não alcançam a nota mínima de um aluno concluinte do 3° ano do ensino médio. Medidas necessárias O desempenho dos alunos no Enem apenas confirma um problema percebido há anos: a baixa qualidade do ensino médio. Para piorar, no ano passado o Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) apontou redução da qualidade do ensino em nove Estados: Acre, Maranhão, Espírito Santo, Pará, Alagoas, Paraná, Paraíba, Bahia e Rio Grande do Sul. "Não adianta constatar [a deficiência], tem que ver que política pública vai ser feita com isso. Constatar, já constatamos", critica Ana Paula. "O Enem tem um apelo enorme e não estimula uma discussão séria sobre a qualidade do ensino médio." "Do ponto de vista de política pública, [o exame] tem servido principalmente para promover e valorizar as mensalidades das escolas privadas", aponta Ana Paula, que pesquisou o perfil do candidato do Enem entre 1999 e 2005. O problema não está apenas na rede pública, mas também em escolas privadas. "Qualquer exame sério que seja feito vai perceber que nossos alunos não atingem os desempenhos esperados", diz Márcia Malavasi, professora da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas). Para a professora, "faltam livros, salas, carteiras em estado decente. Falta boa formação dos professores, professores que tenham salários adequados". "Não temos tido investimento suficiente. Nós precisamos de coragem política para fazer investimentos sem fins eleitoreiros na educação", considera.

domingo, 1 de dezembro de 2013

Em "fim de sonho" no Corinthians, Tite se divide entre torcida e jogadores

Assim que o árbitro apitou o final de jogo entre Corinthians e Internacional, o técnico Tite olhou para a torcida e a única coisa que conseguiu verbalizar foi uma frase que dimensiona o que significou a despedida do técnico do Pacaembu. "Foi o fim de um sonho". A sentença foi proferida enquanto a arquibancada ovacionava o comandante alvinegro. Tite bem que conseguiu segurar a emoção durante a partida e dar instruções aos atletas, mas ele mesmo reconheceu que foi difícil. "Eu olhava para a arquibancada, a emoção aflorada por causa da torcida, mas ao mesmo tempo dava instruções, para chutar, passar. Fica meio dividido", explicou com olhos marejados. O treinador definiu o momento como "mágico". "Não há nada na vida que pague isso", afirmou, para depois dizer que a ficha ainda não caiu por completo, já que ele ainda dirige o time contra o Náutico, no próximo domingo, antes de deixar o Corinthians. "A ficha está caindo aos poucos. Quero ficar mais uma semana com o convívio das pessoas que gosto, aí vai cair a ficha", contou. Durante o jogo, Tite foi até mais calado do que o habitual. Sua notória angústia no banco foi mais contida. Ele não ficou se movimentando muito e também foi mais econômico do que de costume nas orientações. "Claro que no jogo queríamos a vitória. Eu estava com emocional bastante aflorado. Foi a partida mais difícil da minha vida para trabalhar, até comentei com o Alessandro", disse, citando o lateral que também se despediu. Depois da partida, Tite foi em direção de parte da torcida e agradeceu. Mas sua introspecção não permitiu uma volta olímpica. "Eu até peço desculpas se não passei por todos torcedores, porque sou meio introvertido", justificou. Tite chegou ao Corinthians em outubro de 2010. Durante esses anos, conquistou o inédito título de campeão da Libertadores da América, ao derrotar o Boca Juniors na final de 2011. Também venceu o Mundial de Clubes no mesmo ano, ao derrotas o Chelsea na decisão. Em 2013, foi campeão Paulista e ainda levou a Recopa após vencer o rival São Paulo. Essa foi a segunda passagem do técnico pelo clube do Parque São Jorge. Ele também comandou o Corinthians nos anos de 2004 e 2005.