Pesquisar este blog

sábado, 1 de junho de 2013

Rainha Elizabeth 2ª transfere tarefas ao príncipe Charles

Aos 87 anos e com a saúde fragilizada, a rainha Elizabeth 2ª começou, enfim, a ceder espaço ao filho mais velho. Recordista de espera pelo trono em toda a história do Reino Unido, o príncipe Charles, 64, ampliou sua agenda pública e passou a assumir tarefas reservadas à mãe. Em novembro, ele vai substituí-la pela primeira vez na reunião de cúpula dos 54 países que integram a Commonwealth, no Sri Lanka. A ausência da rainha, inédita em quatro décadas, abriu um debate no Reino Unido sobre a possibilidade de ela ter dado início a uma transição lenta, discreta e silenciosa. Ou seja, bem a seu estilo. A suspeita de que a sucessão começou foi reforçada no último dia 8, quando Charles vestiu o uniforme militar salpicado de medalhas e acompanhou a mãe em seu compromisso mais importante: o discurso ao Parlamento. Analistas viram na cena um sinal de que o herdeiro está mais perto do trono. O exemplo poderia vir da Holanda, onde a rainha Beatrix, 12 anos mais nova que Elizabeth 2ª, abdicou em abril em favor do filho Willem-Alexander, 18 anos mais jovem que Charles. O Palácio de Buckingham diz que a hipótese está descartada, mas a imprensa britânica especula que o príncipe pode ganhar o status de regente caso a saúde da soberana continue a fraquejar. Dois biógrafos reais, categoria que costuma venerar a monarca, afirmaram à Folha que ela não vai se aposentar. "A rainha não vai abdicar porque ela fez um juramento perante Deus. É simples assim", disse Robert Hardman, autor do best-seller "Our Queen" ("Nossa rainha"). Hugo Vickers, biógrafo da rainha-mãe, interrompeu a reportagem à primeira menção à saúde da monarca. "A rainha está ótima. Ela não vai abdicar. Vai reinar até o fim de sua vida e já deixou isso bem claro", afirmou. Em março, Elizabeth 2ª foi internada com sintomas de gastroenterite e teve que cancelar de última hora uma viagem oficial à Itália. Ela ainda não deixou o país neste ano. CONFIANÇA Prestes a virar avô, Charles tem conquistado mais confiança dos futuros súditos, que sempre desconfiaram de sua capacidade de reinar. Nos últimos dois meses, o percentual de britânicos que acreditam que ele será um bom rei saltou de 37% para 50%, segundo o instituto YouGov. Ele também voltou a ultrapassar o filho mais velho, príncipe William, na preferência dos britânicos para a sucessão. A fatia que acha que a rainha deve abdicar em favor dele ainda é minoritária, mas foi de 23% para 33%. Antes escondida das solenidades oficiais, a segunda mulher de Charles, Camilla Parker-Bowles, também está cada vez mais em evidência. Ela o acompanhou na visita ao Parlamento com uma tiara real de diamantes e, nesta semana, visitou a França em sua primeira viagem solo representando a realeza. A duquesa da Cornuália é a integrante mais impopular da família, porque muitos britânicos a veem como pivô da separação de Charles e da princesa Diana. O palácio não confirma se ela será rainha quando Charles se tornar rei.

Rainha Elizabeth 2ª transfere tarefas ao príncipe Charles

Aos 87 anos e com a saúde fragilizada, a rainha Elizabeth 2ª começou, enfim, a ceder espaço ao filho mais velho. Recordista de espera pelo trono em toda a história do Reino Unido, o príncipe Charles, 64, ampliou sua agenda pública e passou a assumir tarefas reservadas à mãe. Em novembro, ele vai substituí-la pela primeira vez na reunião de cúpula dos 54 países que integram a Commonwealth, no Sri Lanka. A ausência da rainha, inédita em quatro décadas, abriu um debate no Reino Unido sobre a possibilidade de ela ter dado início a uma transição lenta, discreta e silenciosa. Ou seja, bem a seu estilo. A suspeita de que a sucessão começou foi reforçada no último dia 8, quando Charles vestiu o uniforme militar salpicado de medalhas e acompanhou a mãe em seu compromisso mais importante: o discurso ao Parlamento. Analistas viram na cena um sinal de que o herdeiro está mais perto do trono. O exemplo poderia vir da Holanda, onde a rainha Beatrix, 12 anos mais nova que Elizabeth 2ª, abdicou em abril em favor do filho Willem-Alexander, 18 anos mais jovem que Charles. O Palácio de Buckingham diz que a hipótese está descartada, mas a imprensa britânica especula que o príncipe pode ganhar o status de regente caso a saúde da soberana continue a fraquejar. Dois biógrafos reais, categoria que costuma venerar a monarca, afirmaram à Folha que ela não vai se aposentar. "A rainha não vai abdicar porque ela fez um juramento perante Deus. É simples assim", disse Robert Hardman, autor do best-seller "Our Queen" ("Nossa rainha"). Hugo Vickers, biógrafo da rainha-mãe, interrompeu a reportagem à primeira menção à saúde da monarca. "A rainha está ótima. Ela não vai abdicar. Vai reinar até o fim de sua vida e já deixou isso bem claro", afirmou. Em março, Elizabeth 2ª foi internada com sintomas de gastroenterite e teve que cancelar de última hora uma viagem oficial à Itália. Ela ainda não deixou o país neste ano. CONFIANÇA Prestes a virar avô, Charles tem conquistado mais confiança dos futuros súditos, que sempre desconfiaram de sua capacidade de reinar. Nos últimos dois meses, o percentual de britânicos que acreditam que ele será um bom rei saltou de 37% para 50%, segundo o instituto YouGov. Ele também voltou a ultrapassar o filho mais velho, príncipe William, na preferência dos britânicos para a sucessão. A fatia que acha que a rainha deve abdicar em favor dele ainda é minoritária, mas foi de 23% para 33%. Antes escondida das solenidades oficiais, a segunda mulher de Charles, Camilla Parker-Bowles, também está cada vez mais em evidência. Ela o acompanhou na visita ao Parlamento com uma tiara real de diamantes e, nesta semana, visitou a França em sua primeira viagem solo representando a realeza. A duquesa da Cornuália é a integrante mais impopular da família, porque muitos britânicos a veem como pivô da separação de Charles e da princesa Diana. O palácio não confirma se ela será rainha quando Charles se tornar rei.

sexta-feira, 31 de maio de 2013

Classificação atleticana teve amuleto de Cuca, máscaras e Victor abençoado

A sofrida classificação do Atlético-MG para a semifinal da Libertadores, com empate dramático com o Tijuana, por 1 a 1, na quinta-feira, com defesa de pênalti de Victor no último minuto de jogo contou com a camisa pé quente do técnico Cuca e apego do treinador à máscara da morte levada pelos torcedores atleticanos para o estádio. Cuca contou com uma camisa da sorte, utilizada por ele nas principais partidas do Atlético, que conta com o desenho da Nossa Senhora Aparecida. O treinador esteve com a blusa na final do Campeonato Mineiro, quando o time atleticano conquistou o título estadual diante do Cruzeiro, na derrota por 2 a 1. O treinador atleticano usou a camisa por baixo de uma blusa de frio do Atlético. No lance do pênalti de Leonardo Silva, perdido por Riascos, em defesa de Victor, no último minuto do jogo, Cuca abriu a blusa de frio e se segurou a imagem na sua camisa interna. Veja Álbum de fotos “Eu abri minha camisa e falei agora é com a senhora, me protege que estou precisando muito e ela me protegeu e abençoou o Victor. Foi noite que tivemos sorte e passamos, além da competência dele acertar o canto”, disse Cuca. O treinador atleticano revelou que antes da cobrança do pênalti se voltou para as arquibancadas e se apegou a máscara do pânico levada pela torcida para o estádio como forma de pressão para cima do Tijuana. “Eu me apeguei à máscara, só via ela, o torcedor calado, não tinha mais onde me prender”, afirmou Cuca. Católico, o treinador afirma que aproveitará o período sem jogos na temporada, por causa da Copa das Confederações para ir à igreja e agradecer aos céus a classificação. “Tem, de ir, rezar, agradecer pelo milagre, a ajuda divina, tenho certeza que foi uma ajuda lá de cima, de Deus”, destacou. “Lógico que existe (fé), a gente tem de acreditar em tudo que é positivo, tem de ter fé na vida, é natural que o ser humano se apegue, o Victor sabe que ele foi abençoado de pegar no canto certo, tirar com o pé, tem de acreditar nisso”, acrescentou Cuca. A fé acompanha o treinador em seus trabalhos. Ele leva para o vestiário, antes de cada partida um mini altar, com imagens de santos para acompanhar o time. Sempre antes de entrar em campo, o time faz uma oração. “Fé é importante em todos os passos que a gente tem, tem quem não acredite, mas é bom ter fé na vida”, disse. O treinador atleticano leva para cada jogo um amuleto, um terço ganho de um cinegrafista antes da partida contra o Fluminense, no segundo turno do Brasileirão de 2012, no Independência, quando a equipe mineira venceu por 3 a 2. Apesar da classificação dramática para a semifinal da Libertadores, Cuca disse que o clima no vestiário foi de tranquilidade. “Não era de euforia, nem um pouco, time que é acostumado a jogar bem e quando passa assim não fica eufórico. Time que tem história sofrida e a minha história também é, acho que vai mudar agora, espero que sim”, afirmou.

quinta-feira, 30 de maio de 2013

Após PIB fraco, consultorias cortam previsão para o PIB de 2013

Frustrando as expectativas do mercado, o crescimento do PIB brasileiro no primeiro trimestre de 2013, de apenas 0,6% em relação ao último trimestre de 2012, fez com que várias consultorias reduzissem suas projeções anuais para o desempenho da economia do país neste ano. A expectativa do mercado, que se mostrou otimista demais, era de um crescimento de 0,9% no primeiro trimestre. Assim, de dez consultorias pesquisadas, a metade reviu para baixo suas previsões para 2013. Duas mantiveram os números, mas indicaram risco de queda, e apenas três mantiveram as suas apostas. Análise: Cenário indica que próximos trimestres também serão fracos Para crescer, país precisa de serenidade, não de pacotes mirabolantes, diz economista "Foi o terceiro trimestre consecutivo em que o PIB cresceu abaixo das nossas expectativas e do consenso do mercado", afirma Bráulio Borges, economista-chefe da consultoria LCA, que revisou de 3,5% para pouco acima de 3% o crescimento da economia brasileira em 2013, uma meta ainda alta se comparada à de outros analistas. Bradesco, Banco Espírito Santo, a Votorantim Corretora e a consultoria japonesa Nomura também reduziram suas expectativas. O Banco Espírito Santo foi o mais pessimista, mudando a projeção de 3% para 2,3%. A do Bradesco caiu de 2,8% para entre 2% e 2,5%. A Nomura divulgou relatório em que afirma que a economia brasileira manterá um patamar de desempenho baixo por um longo período, combinado com inflação alta, e revisou suas apostas de 3,4%, para 2,5%. A Votorantim Corretora baixou suas expectativas de 3% a 3,5% para 3% a 2,5%. Entre as que mantiveram a sua projeção, está a Gradual Investimentos, que acertou o crescimento do primeiro trimestre. Sua previsão é de crescimento baixo: 2,1%. A MB Associados, que também acertou o crescimento do PIB para o primeiro trimestre, manteve sua projeção de 2,5% para 2013. Segundo Maria Cristina Mendonça de Barros, sócia da consultoria, um patamar menor de crescimento do consumo das famílias influenciou o resultado fraco. Uma das causas, aponta, pode ser o impacto da inflação no poder de compra. Para Jankiel Santos, economista-chefe do Banco Espírito Santo, além do consumo das famílias, o problema é a produção industrial, que caiu 0,3% e não mostra sinais de recuperação, mesmo com crescimento de 4,6% nos investimentos. "Esse valor está relacionado com o crescimento da produção de caminhões. Mesmo com manutenção da produção, precisaria de um novo incremento para os investimentos continuarem a crescer." OTIMISMO Mesmo revisando suas projeções para baixo, as consultorias LCA e Votorantim Corretora mantém uma análise otimista no longo prazo. "Não consigo não ver uma retomada do crescimento. Tem uma aceleração em curso", afirma Roberto Padovani, economista-chefe da Votorantim Corretora, que havia previsto crescimento de 1% no trimestre. Para a LCA, a alta nos investimentos foi disseminada, ao contrário do que aponta grande parte dos economistas, que atribui esse número aos investimentos na indústria automotiva. Para Borges, o investimento caiu em 2012. A partir do fim do ano, porém, voltou a crescer e, agora, já teria se recuperado da queda. "A industria de transformação está vindo em uma recuperação boa. A de extração está ruim por causa da Petrobras", diz.

terça-feira, 28 de maio de 2013

CNT rompe com igreja de Valdemiro Santiago e investirá na programação

A Rede CNT, que passou muitos anos com cerca de 12 horas de sua programação vendidas para a Igreja Mundial, do pastor Valdemiro Santiago, rompeu o contrato com ele na última semana. A partir de agora, a emissora vai investir mais em conteúdo durante todo o dia, apesar de alguns programas religiosos e infomerciais ainda serem exibidos. De segunda a sexta, à 13h, a CNT contará com o jornal "CNT News", seguido pelo "Notícias & Mais", de Leão Lobo e Adriana de Castro, às 14h. Mais tarde, às 17h30, o canal exibirá o "CNT Nostalgia", uma sessão de filmes antigos e consagrados do cinema. Na faixa entre 19h15 e 21h10, haverá reprises de programas da casa, seguido pelo "Leão Lobo Visita", que já estava na programação da CNT mas agora passa a ser diário. Às 21h55, o seriado policial “Lei e Ordem” volta a ser exibido, já que tinha dado espaço para os cultos de Valdemiro Santiago. O jornalismo continua na programação da CNT também no horário noturno com o “CNT Jornal”, às 22h45. No prime-time, que começa sempre às 23h05, os telespectadores poderão acompanhar os programas “Márcia Peltier Entrevista”, “Radar Television”, “Programa Marco Brasil”, “Jogo do Poder” e “Leão Lobo Visita Inédito”. Já aos sábados e domingos a programação da CNT reprisa o que passou durante a semana. Neste ano, também deverá ser inaugurado o teatro que a emissora comprou para abrigar seus novos programas de auditório.

segunda-feira, 27 de maio de 2013

Maior renda não erradicou miséria social

O governo Dilma Rousseff melhorou a renda dos pobres, mas não solucionou seus níveis miseráveis de acesso a emprego e educação. É o que revela um indicador que o próprio governo federal usa para analisar a pobreza no país, cuja base de dados de dezembro de 2012 a Folha obteve por meio da Lei de Acesso à Informação. Análise: Pobreza e renda são só parte da agenda que merece atenção Chamado de Índice de Desenvolvimento da Família (IDF), ele é aplicado ao Cadastro Único (banco de dados federal sobre famílias de baixa renda) e possibilita uma mensuração detalhada da situação do pobres. Em vez de definir a pobreza só pela renda, como faz a propaganda oficial, o IDF a divide em seis dimensões: vulnerabilidade da família, disponibilidade de recursos (renda), desenvolvimento infantil, condições habitacionais, acesso ao trabalho e acesso ao conhecimento. Cada uma delas ganha uma nota, que varia de 0 a 1, onde 1 significa que a família tem todos os direitos fundamentais ligado a cada dimensão garantidos, e 0 significa que tem todos eles violados. Juntas, essas seis notas criam uma média geral --que, no caso dos pobres brasileiros, está em 0,61. Editoria de Arte/Folhapress O índice de renda, por exemplo, está acima da média: 0,63. Essa performance tem relação com as mudanças feitas no Bolsa Família, que elevaram o orçamento do programa em cerca de 67%, chegando a R$ 24 bilhões. A última ampliação, feita em 2013 e portanto não captada pelos dados obtidos pela reportagem, concedeu um complemento para quem tivesse rendimento mensal per capita inferior a R$ 70 --considerado pelo governo teto para caracterizar a miséria. CAMPANHA Essa erradicação monetária da pobreza extrema cadastrada motivou uma campanha publicitária que anunciou que "o fim da miséria é só um começo". Eco da promessa feita por Dilma em 2010 de acabar com a extrema pobreza, o mote estará em sua campanha pela reeleição no ano que vem. O que contradiz o slogan é o desempenho das dimensões "acesso ao conhecimento" e "acesso ao trabalho". O índice da primeira, que capta a situação de adultos e de parte dos jovens, está em 0,38. O da segunda, em 0,29. É difícil fazer uma análise comparativa dessas notas, uma vez que não existem cálculos recentes do IDF para toda a população. No entanto, uma maneira de traduzir as notas é pensar que o IDF foi concebido no segundo governo Fernando Henrique Cardoso para medir o grau de acesso a direitos fundamentais por meio de perguntas objetivas --a cada "sim" a nota aumenta, e a cada "não", diminui. Aplicando essa ideia à nota geral, é como dizer que os pobres brasileiros têm acesso a 61% de todos os seus direitos fundamentais e são privados de 39% deles. Em relação às notas mais baixas, é como dizer que eles acessam 29% dos direitos ligados ao trabalho e 38% dos relativos ao conhecimento. Alguns componentes detalham essas dimensões. Por exemplo, a proporção de famílias pobres com ao menos um adulto analfabeto, que supera os 80%. Como o país experimenta algo próximo do pleno emprego, uma possível explicação é que a falta de formação nessa fatia da população é o maior limitador para que ela encontre trabalho. A baixa nota das duas dimensões indica também que o número de pessoas que precisa do Bolsa Família não deve diminuir tão cedo, porque o emprego e a educação são tidas como as principais "portas de saída" do programa. OUTRO LADO O Ministério do Desenvolvimento Social afirmou que o país experimenta "inegáveis" avanços na educação e no trabalho, que não necessariamente são captados pelo Índice de Desenvolvimento da Família (IDF). "O Cadastro Único tem particularidades, entre elas o fato de as pessoas buscarem o cadastramento exatamente quando enfrentam períodos de dificuldades socioeconômicas e choques negativos, como perda de emprego", afirmou a pasta. "Dessa maneira, os inegáveis avanços que o país teve nas áreas de educação e trabalho são muito mais bem capturados por meio de fontes de dados voltadas especificamente a esses temas, como, por exemplo, o Censo da Educação Básica." Em relação à dimensão "acesso ao conhecimento", a pasta informou que ela está "focada na escolaridade dos adultos e não das crianças e adolescentes, público-alvo do acompanhamento das condicionalidades do Bolsa Família". A dimensão que mede o grau de desenvolvimento infantil obteve a melhor nota no IDF, alcançando 0,85. (JCM e BC)