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segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Tânia Khallil

Foi com este slogan que o Troféu Raça Negra 2011 prestou homenagens e premiou vários representantes da cultura afrodescendente do país na noite de domingo (13), na luxuosa Sala São Paulo, na zona central da capital paulista. O evento prestou um tributo a Jair Rodrigues como grande ícone da música popular brasileira, que se sentiu muito honrado em ter seu nome elevado ao mais alto posto da premiação.

Quando subiu ao palco, o cantor contou que quando ainda era criança, sua mãe o incentivava muito a ser artista e já o avisava que tinha grande talento para tal profissão.

“Ela sempre esteve presente. Ela está aqui. Vocês não estão vendo, mas eu tenho certeza que a minha velha mãe está aqui ao meu lado”, afirmou. Jair também agradeceu sua sogra, D. Maria, por ter lhe dado sua filha. “Minha mulher amada, que hoje está presente. Mãe dos meus dois filhos, hoje casados, com netas, que estão construindo famílias maravilhosas. A cada dia que passa, tenho certeza absoluta que eu sou o homem mais feliz deste planeta. Agradeço o meu povão brasileiro que sempre me incentivou a chegar aqui. Estou muito feliz!”.

O cantor já foi muitas vezes homenageado, mas este prêmio ele garante que já tem um lugar bem especial em sua estante, ao lado da imagem da santa da qual ele é devoto.

“Acho que desde que comecei minha carreira, sempre fui olhado com muito carinho pelo meu público e é recíproco. Isso não tem dinheiro que compre, essa felicidade que estou sentindo. Este troféu já tem um lugar muito especial ao lado da imagem de Nossa Senhora para que ela abençoe toda a minha carreira”.

Tânia Khallil, que é casada com o Jairzinho Oliveira, filho do homenageado, foi uma das apresentadoras do evento. Ela relembrou que o sogro já ganhou muitos prêmios e ‘todas as homenagens do mundo’.

“Acho que ele merece todas as homenagens do mundo. Me emociono sempre que vejo. Isso é engraçado porque deveria ser uma coisa comum já que eu convivo com ele. Para mim ele já tem todos os prêmios do mundo. Ele é muito divertido, mas muito na dele e nunca o vi de mau humor. Ele é muito alegre e isso é dele mesmo, não é fingimento. Ele tem uma serenidade muito marcante! Ele veio ao mundo para fazer o bem e é isso que vocês estão vendo”, disse a atriz, que atualmente está na novela Fina Estampa, da Globo.

O outro apresentador do Troféu Raça Negra foi Hélio de La Peña. O casseta, que ficou bem feliz por ser mestre de cerimônias justamente em uma homenagem a Jair Rodrigues, afirmou que este prêmio é muito importante para dar uma ‘elevada na autoestima da negada’ [sic] do Brasil.

“Também reconhece o trabalho de muita gente que está batalhando para acabar com a discriminação, reduzir a desigualdade racial que existe no país, isso tudo alicerçado por um trabalho de educação que é feito na faculdade Zumbi dos Palmares”, explicou se referindo a um dos organizadores da premiação.

A cantora Luciana Mello, filha de Jair, se apresentou no palco por duas vezes e confessou que fica muito feliz quando fazem homenagem para o artista ainda quando é vivo.

“Isso é uma coisa que eu acho fantástico. Outro motivo de estar feliz é que é meu pai: essa grande figura e este grande nome da música brasileira. Além disso, é o Troféu Raça Negra, o qual a gente sempre vem à premiação, neste lugar tão lindo. Fico contente que ele está feliz e que veio contar essa história que eu, como filha, sempre acompanhei”.

Nill Marcondes foi um dos grandes premiados da noite e levou uma estatueta para casa que representava uma homenagem pelo conjunto de seus trabalhos na televisão, cinema e teatro. Ele se emocionou ao receber o troféu e descreveu que este prêmio mostra a representatividade que os afrodescendentes têm e que ficou esquecido durante muito tempo.

“Na realidade foi esquecido no sentido que se achava que não éramos capazes de fazer nada. O troféu mostra esta representatividade da nossa história. Eu acho que esta é uma vitrine para a nova geração de atores. Adoro os pagodeiros e jogadores de futebol, mas é mostrar que não é só isso na vida, pode-se ser um ministro ou um corredor da Fórmula 1. Sou uma figura forte cultural, já fui modelo, então minha representação vem de muito tempo, pelo espaço que conquistei nesses anos todos”.

Lucy Ramos também levou sua estatueta para casa, premiada como melhor atriz por seu papel, Maria Cesária, em Cordel Encantado, da Globo. Para ela, este é o reconhecimento de seu trabalho e a bela se sente feliz que o personagem tenha sido bem aceito pelo público.

“A gente trabalha tanto e é bom quando alguém reconhece. A gente sabe da nossa luta, da nossa batalha do dia a dia e quando a gente recebe um troféu está falando que estamos no caminho certo, que é para você continuar e lutar. Eu senti que estava representando aquele personagem. Muitos negros chegavam em mim e falavam ‘você sabe o que está representando? A importância?’. O legal foi que eles se viram em mim.

Antes de finalizar, Tony Garrido, vocalista do Cidade Negra, fez uma participação musical e deixou seu recado falando sobre a admiração que tem pelo grande homenageado da noite.

“O Jair é o máximo, um querido amigo que eu tenho de longa geração. É um dos primeiros que eu consigo ver que consegue trocar ideias de igual para igual com as outras gerações, na moral, então é mais do que um artista. É um verdadeiro ídolo! É do tipo de cara que as pessoas param e falam ‘pô, que maluco é esse?’. Além de ter 120 anos e não parece. Parece 40, com agilidade de menino!”, brincou.

Vários outros nomes ilustres receberam homenagens e passaram pelo tapete vermelho da premiação como o vice-presidente da República, Michel Temer, o governador do estado de São Paulo, Geraldo Alckmin, os atores Rocco Pitanga, André Ramiro, Érico Brás e Micael Borges, o repórter do Pânico na TV (RedeTV!) Charles Henrique, o jornalista Heraldo Pereira, as cantoras Sandra de Sá, Vanessa Jackson e Thalma de Freitas, entre outros.

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