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quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Nilton Santos levou malandragem às Copas e previu tragédia do Maracanazo

Quem vê o currículo de Nilton Santos, morto na última quarta-feira aos 88 anos, vítima de uma infecção pulmonar, se impressiona de cara. Quase 13 anos de serviços à seleção, com quatro Copas disputadas e, como titular, duas delas ganhas. Mas, na verdade, o ídolo do Botafogo deixou a vida para virar lenda graças a um conjunto da obra que transcende taças e medalhas. Não foi à toa que o melhor lateral esquerdo da história do futebol brasileiro mereceu a alcunha de "Enciclopédia do Futebol", apelido que tentava traduzir um jogador que parecia à frente de seu tempo. Nilton desabrochou para o futebol como atacante nas peladas na Ilha do Governador, no Rio. Mas, logo chegando ao Botafogo acabou recuado para a linha de defesa. Nascia ali, no fim dos anos 40, uma das grandes histórias individuais do esporte brasileiro. O lateral bicampeão mundial é provavelmente o maior "bom malandro" do futebol nacional, com uma coleção de casos que resvala no folclórico. Nilton Santos também ficou para a posteridade como ator fundamental na história de vida do gênio Garrincha, parceiro em campo e amigo inseparável fora dele. Por fim, quem o viu jogar destaca o caráter revolucionário que ofereceu à posição de laletral. Antes do craque do Botafogo, eles apenas defendiam. Depois dele, se rebelaram com a aventura em direção ao ataque.

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