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quarta-feira, 25 de julho de 2018

Fifa e redes sociais reforçam crise de Neymar

Na última semana, coberto de críticas, Neymar tentou se afastar da crise que ronda sua imagem desde o fim da Copa do Mundo: “Desvalorização não tem. Eu saí da Copa e continuam falando no meu nome”. Nesta terça-feira (24), talvez o jogador tenha tido uma resposta: seu nome permanece em evidência, de fato, mas o discurso dos torcedores já não é mais o mesmo. Dois fatores reforçam o status diferente de Neymar após a Copa do Mundo da Rússia. O primeiro está em um levantamento divulgado pelo Ibope Repucom, com dados obtidos globalmente pela Kantar Sports. Neymar foi alvo de 25 milhões de publicações no Facebook, Twitter, Instagram e YouTube ao longo do Mundial, mais do que o português Cristiano Ronaldo e o argentino Lionel Messi. O problema é que a maioria das mensagens falava mal do jogador. Segundo a pesquisa, antes de a seleção brasileira entrar em campo pela Copa do Mundo, Neymar mantinha mensagens equilibradas nas redes sociais: 21% eram positivas, 51% neutras e 28% negativas. Ao longo do torneio, no entanto, os internautas se irritaram com as encenações do jogador e a falta de uma grande atuação. Das 25 milhões de publicações sobre o jogador, 20% aconteceram em apenas dois dias: na data da partida contra a Bélgica e no dia seguinte. O período marcou o fim de Neymar na Copa do Mundo, e as críticas foram esmagadoras. De todas as mensagens nas redes, 68% eram negativas, e apenas 1% era elogiosa ao jogador. As redes sociais deveriam ser o espaço com maior influência de Neymar: o jogador conta com quase 200 milhões de seguidores em suas contas. Hoje, apenas Cristiano Ronaldo, com 325 milhões, tem mais fãs no meio digital. Para piorar, as más notícias envolvendo Neymar não pararam na Copa do Mundo. Nesta mesma terça-feira (24), a Fifa divulgou a lista dos dez finalistas ao prêmio de melhor jogador da temporada sem a presença do brasileiro. Essa foi a primeira vez em seis anos que não há nenhum jogador do país entre os indicados pela entidade. O prêmio é uma ambição do jogador, que até agora ficou apenas entre os três primeiros. A ausência da lista deixa claro o mau momento esportivo vivido pelo camisa 10 da seleção brasileira. Mbappé, seu colega no Paris Saint-Germain, é um dos indicados. Desde o Mundial, Neymar tem adotado o silêncio e a discrição. A frase sobre sua crise foi no único evento em que ele apareceu, em um leilão beneficente do instituto que leva seu nome, realizado em São Paulo.

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