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terça-feira, 3 de abril de 2012

Crianças devem usar tablets com moderação, dizem especialistas

Apresentados como uma revolução para a educação, os tablets eletrônicos estão cada vez mais presentes no cotidiano das crianças, embora os especialistas recomendem seu uso moderado para evitar problemas de conduta ou aprendizagem.

"É uma questão que surgiu nos últimos dois anos. Eles não conseguem tirá-los das mãos!", disse Warren Buckleitner, editor da publicação mensal na internet "Children's Technology Review", ao falar dos tablets e de sua atração para as crianças, num debate sobre o tema organizado nesta semana em Nova York.

Segundo dados coletados no final de 2011 pela agência de marketing Kids Industries com 2.200 pais e crianças nos Estados Unidos e no Reino Unido, 15% dos menores entre três e oito anos utilizam o iPad de seus pais e 9% possuem o seu próprio; 20% deles têm o iPod Touch.




Rivaldo Gomes - 15.mar.12/Folhapress








Para especialistas, uso de tablets pode diminuir a concentração dos pequenos


O mesmo estudo indica que 77% dos pais ouvidos acreditam que a experiência dos filhos com o tablet os ajudam a aprender a resolver problemas, além de contribuir para desenvolver um pensamento criativo.

No entanto, a utilização desse tipo de artefato pelos pequenos desperta, ao mesmo tempo, temores de problemas como o autismo, o TDAH (transtorno por déficit de atenção com hiperatividade) ou a falta de concentração.

"Definitivamente trata-se de equilíbrio. É preciso ser muito cuidadoso porque pode-se provocar muita histeria", informou Rosemarie Truglio, vice-presidente e pesquisadora da Sesame Workshop, uma organização americana que cria programas de televisão para crianças.

"Há uma excitação nos menores por utilizar um tablet. As crianças necessitam fazer experiências com essas coisas reais", acrescentou Truglio durante uma conferência intitulada "Cérebros de crianças e videogames", organizada pela New American Foundation.

Para Lisa Guernsey, diretora para a Iniciativa de Educação Prematura da New America Foundation, também é necessário "diferenciar entre causa e associação", na hora de falar do aparecimento de problemas de conduta ou aprendizagem e por a "culpa" nos artefatos eletrônicos.

Guernsey, autora de um livro sobre a influência das novas tecnologias nas crianças, destacou a necessidade de "estabelecer parâmetros" e tentar educar as crianças para que se autorregulem frente à avalanche de informações que aparecem ante seus olhos.

Nesse sentido, lembrou o chamado "vídeo déficit", segundo o qual a aprendizagem através de uma tela produz resultados inferiores ao "cara a cara" com outra pessoa, e pôs em destaque a importância da comunicação com a criança.

Na mesma sintonia, Rosemarie Truglio admitiu que estudos comprovaram "a necessidade de uma interação adult

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