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quarta-feira, 3 de julho de 2013

OGX, de Eike Batista, já busca compradores que a salvem

Com as ações da OGX reduzidas a centavos, Eike Batista empenha-se em buscar compradores para a petroleira como último lance para salvá-la. O empresário, que detém hoje 59% das ações da companhia, já aceitou abrir mão de seu controle para viabilizar a operação, apurou a Folha com executivos próximos a Eike e ao banco BTG Pactual, que assessora o grupo X. Investidor estrangeiro se preocupa com exposição de bancos ao grupo X Para consultores, vender as ações da OGX agora é má ideia Agência de classificação de risco Moody's também rebaixa nota da OGX Eike autorizou o banco a iniciar um processo de venda da companhia para atrair novos sócios ao negócio. O próprio BTG já manifestou interesse em assumir uma parcela da empresa se necessário. Para banqueiros, é mais fácil conseguir um bom preço negociando a OGX por fatias em vez de tentar passá la a um só comprador. Assim, o risco se dilui entre os novos sócios, que tenderiam a exigir desconto menor no valor a pagar. A fatia final que restará a Eike, caso o processo seja bem-sucedido, é incerta, pois dependerá de quanto os investidores estarão dispostos a desembolsar pela empresa. Não se descarta, no entanto, a possibilidade de a porção do empresário ser reduzida a até 25%, abrindo espaço para aportes maiores na OGX. Há consenso entre os banqueiros do BTG e os executivos de Eike de que a venda não será fácil, diante do baixo valor de mercado e das dificuldades de caixa da empresa. ESTRATÉGIA A aposta é tentar convencer interessados de que os ativos da companhia valem mais do que o mercado está disposto a pagar no momento. "Atrair um sócio implicará termos desvantajosos, mas a OGX já passou desta fase", avalia Roberto Altenhofen, da Empiricus Research. "Agora é a busca por sobrevivência." Entre os interessados, está a petroleira russa Lukoil, que iniciou conversas com o grupo neste ano para assumir até 40% da OGX, como revelou a Folha. A negociação, porém, não será mais exclusiva. O processo estava em estágio avançado, e um escritório no Brasil já havia sido acionado pelos russos em abril para esquadrinhar dados da OGX. Eike e os russos, contudo, não chegaram a um acordo sobre preço até o momento. Sem um cheque irrecusável na mesa, o lado político pesou, segundo executivos da EBX. A Petrobras, que Eike vê como peça valiosa para o plano de resgate do grupo, sinalizou que não via com bons olhos a associação aos russos. Além de eventuais parcerias em campos operados pela Petrobras, executivos da OGX esperam conseguir "vender" a petroleira de Eike como parceira ideal para empresas estrangeiras investirem no pré-sal, cujas licitações serão coordenadas pela estatal.

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