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domingo, 6 de outubro de 2013

Mesmo com apagão, B52’s recria festa new wave 28 anos depois do Rock in Rio em São Paulo

Rio de Janeiro, 1985. Uma banda de pós-punk da Georgia, EUA, bota milhares de brasileiros para dançar num festival predominantemente metaleiro. Era a estreia do B52’s, colocando cores numa tediosa paleta preta do heavy metal. São Paulo, 2013. A mesma banda, com formação de front idêntica (as vocalistas “ab-fabs” Kate Pierson e Cindy Wilson e Fred Schneider, o mentor musical e dono da voz metálica uma das marcas registradas da banda), transforma a casa de show HSBC Brasil numa pista de dança new wave, de novo. O show começa com Planet Claire, já colocando o público no clima festivo que estava por vir. De cara, os agudos de Kate demonstram que os anos foram gentis com suas cordas vocais. Nem tanto para os looks das “meninas”, agora na casa dos 50, e não mais tão montadas como quando surgiram no final dos anos 70 – num época em que a disco music já dava sinais de cansaço, e o pós-punk trazia uma certa melancolia no jeito de vestir. Quando apareceram, Kate e Cindy causaram com uma coleção de roupas de brechós dos anos 60 e as famosas e imensas perucas “bolo de noiva”, que depois seriam resgatadas por figuras como Amy Winehouse. Agora, as perucas tomaram uma chuva, ganharam um toque de chapinha, e as moças, um banho de loja... de departamento. Tudo mais certinho, pelo menos no visual. Mas na música a coisa continua impecável. As vozes dos três líderes seguem firmes, cristalinas. A animação no palco, a de uma banda de garagem – apesar dos movimentos econômicos de Cindy, que enquanto tocava o bongô e degustava um drink parecia estar poupando energia para uma aula de ioga.

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