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terça-feira, 8 de outubro de 2013

Pela primeira vez, presidente da CBF admite mudar o calendário de 2014

Duas semanas depois de lançado, o movimento Bom Senso F.C. saiu de reunião ontem com a CBF (Confederação Brasileira de Futebol) com uma boa notícia. Conforme a Folha apurou, o presidente da entidade, José Maria Marin, admitiu, pela primeira vez, mudar o calendário de 2014. Reprodução/Facebook/Bom Senso F.C. Símbolo do grupo de jogadores Símbolo do grupo de jogadores Na reunião com representantes do grupo, que conta com o apoio de cerca de 800 jogadores das séries A e B do futebol brasileiro, o dirigente disse que está trabalhando para alterar o período previsto para a pré-temporada. O Bom Senso foi criado por alguns dos principais atletas de futebol do país no mês passado para discutir com os cartolas a programação dos próximos calendários. No encontro de cerca de duas horas, Marin contou aos jogadores que negocia com os clubes e as emissoras de TV o adiamento do início dos Estaduais para 19 de janeiro. Pela programação original da CBF, os times iniciariam a temporada apenas quatro dias depois de voltar ao trabalho, no dia 8 de janeiro. Se o presidente, de fato, recuar, os jogadores terão dez dias de pré-temporada após um mês de férias. O gesto de Marin é uma tentativa de esvaziar seus opositores na eleição da CBF, que acontecerá em abril. Na semana passada, os presidentes das federações "rebeldes" já haviam anunciado que desobedeceriam a CBF sobre o início da próxima temporada. Na reunião, Juninho Pernambucano, do Vasco, e Seedorf, do Botafogo, foram os que mais reclamaram com os cartolas do atual modelo. Seedorf disse que o futebol brasileiro precisa melhorar a qualidade para que possa ser vendido ao exterior. Já Juninho criticou o breve intervalo entre as partidas e afirmou que a fraca atuação de vascaínos e flamenguistas anteontem é um reflexo do atribulado calendário atual. Reprodução/Facebook/Bom Senso F.C. Jogadores em reunião com o presidente da CBF, José Maria Marin Jogadores em reunião com o presidente da CBF, José Maria Marin No encontro, os atletas apresentaram uma pauta de reivindicação aos dirigentes da CBF de cinco pontos. São elas: 30 dias de férias para os jogadores por ano, período de pré-temporada maior, máximo de sete jogos a cada período de 30 dias, a adoção do chamado "fair play financeiro" e que comissões de atletas, treinadores e executivos dos clubes façam parte do conselho técnico das competições e entidades. "Em duas semanas, seremos chamados aqui [CBF] para conversar sobre os pontos e começar a definir objetivos e metas já para o ano que vem", afirmou o zagueiro Paulo André, do Corinthians. O goleiro Dida, do Grêmio, e o zagueiro Cris, também do Vasco, participaram do encontro na sede da CBF. Do lado da CBF, Marin, Marco Polo del Nero, um dos vices da entidade, e Carlos Eugênio Lopes, diretor jurídico, receberam o grupo. "Nós deixamos a bola nos pés da CBF para que ela se posicione e nos mostre atitudes benéficas para o futebol brasileiro", disse Paulo André, que descartou a possibilidade de organizar uma greve.

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