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sábado, 22 de fevereiro de 2014

Acaba o amor entre Fifa e sedes no último evento antes da Copa

Último evento oficial da Fifa no Brasil antes da disputa da Copa, o congresso técnico realizado no Costão do Santinho, em Florianópolis, marcou o fim da relação serena entre a Fifa e as cidades-sedes do evento. Atrasos nas obras dos estádios, desrespeitos a contratos e indefinição sobre itens da organização do Mundial deixaram cartolas da entidade irritados e sem paciência. O seminário teve treinadores e dirigentes e tinha como objetivo últimas conversas sobre questões logísticas, temas médicos e segurança. Só que, poucos dias antes de seu início, ganhou importância pela possibilidade de exclusão da cidade de Curitiba como sede por atrasos na obra e falta de garantias financeiras para construir a Arena da Baixada. Um dia antes do início do congresso, a Fifa anunciou uma inesperada entrevista coletiva com o seu secretário-geral, Jérôme Valcke. Surgiu o temor de um papelão histórico do país anfitrião, com danos para a imagem do Brasil e da entidade máxima do futebol, além de um verdadeiro quebra cabeças para refazer a logística dos jogos que seriam cancelados na capital paranaense. Antes do anúncio oficial da confirmação de Curitiba, eis que políticos paranaenses anteciparam-se e divulgaram a decisão. Até a federação internacional colocou nas redes sociais o aviso, o que fez a coletiva virar apenas a explicação para o que não ocorreu. "Ao que parece não é uma conferência ou evento, pois o prefeito de Curitiba já anunciou a conversa que tive com ele e já saiu no twitter. E não sou eu quem controla a conta de Twitter", falou, contrariado, o francês. O constrangimento seria ainda maior quando os representantes da capital parananese apareceram apenas na metade da coletiva, com atraso de mais de uma hora. "Eles acabaram de chegar. Um pouco tarde para a coletiva, mas a tempo para a Copa do Mundo, espero", ironizou o diretor de Comunicação da Fifa, Walter De Gregorio. As declarações eram uma demonstração da falta de paciência dos cartolas da Fifa com os atrasos e problemas do Brasil nos últimos meses. Valcke colocava a mão do rosto, desolado, enquanto os paranaenses davam explicações sobre sua demora. Mais tarde, Valcke se mostrou irritado novamente, desta vez, com a falta de solução para estruturas complementares de cidades-sedes - oito delas não abriram processos de contratação - e a desistência de Recife de realizar um Fan Fest. "Se tem um contrato, assinado pela parte, e não é respeitado, pode ser tomada uma ação legal. Mas acredito que vamos ter as 12 cidades com Fans Fest", afirmou o diretor de marketing da Fifa, Thierry Weil.

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