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quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Sem Nadal, Aberto do Brasil perde público, e até fast-food leva prejuízo

A vida dos comerciantes que pretendiam lucrar com o Aberto do Brasil 2014 não está nada fácil. E a culpa é toda do Rafael Nadal. Ou melhor, da ausência dele. Uma pesquisa feita pelo UOL Esporte com lojistas e autônomos que trabalham nas cercanias do Ibirapuera, onde é disputado o torneio, mostra que neste ano, sem a presença do tenista espanhol, o interesse do público está bem menor. E o lucro dos profissionais também. Embora a chave principal de 2013 tenha começado apenas na segunda-feira, 11 de fevereiro, no sábado anterior o movimento no Ibirapuera foi amplo. Foi o primeiro dia de treinos de Nadal, que fazia em São Paulo apenas sua segunda competição após longo período afastado das quadras. Com a entrada gratuita naquele dia, o sábado pareceu dia de jogo. Em 2014, a mudança já foi sentida de cara. O McDonald's da avenida Brigadeiro Luis Antonio, a uma quadra do Ibirapuera, fez as contas, e a queda de receita foi significativa. No primeiro sábado de torneio de 2013, entraram em caixa R$ 25 mil. Nesta edição, foram R$ 15 mil – redução de 40%. O gerente Adriano Rocha Pereira conta que na última edição foi preciso aumentar a quantidade de funcionários e convocar 10 pessoas a mais. "Até gente de outras lojas nós chamamos, porque as filas iam até a porta e havia pessoas que não conseguiam entrar no restaurante". Desta vez, a unidade trabalhou com escala normal, sem sofrer alterações. O movimento na lanchonete é normal, e durante as duas primeiras tarde de jogos da chave principal, apareceram poucas pessoas que estivessem realmente assistindo ao Aberto do Brasil. Mesmo sem ser um especialista, o gerente arrisca um palpite para a falta de espectadores. "Falta um grande nome, falta um Nadal para chamar gente", discursa. No posto de gasolina em frente ao ginásio do Ibirapuera, a diferença também foi sentida. Tem sido possível escolher a mesa para se sentar. As funcionárias lembram que a situação era diferente na última edição, quando a fila chegava à área de abastecimento dos carros. Nem aglomeração de táxis se formou. O cenário é o mesmo com os flanelinhas. Em 2013, havia cerca de 15 homens cuidando de carros e era difícil encontrar vagas. Nesta terça-feira, eram somente três, e todos falavam que o movimento estava baixo. Eles falam que ano passado, cada um fazia R$ 150 por noite e agora vão felizes para casa com um terço deste valor.

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