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domingo, 18 de maio de 2014

Itaquerão tem 35 anos de problemas. E a inauguração não vai zerar a conta

Foram anos de espera e provocações. Mas não é só isso que a torcida do Corinthians tentará deixar para trás neste domingo, quando o time alvinegro fará o primeiro jogo oficial em seu novo estádio. Mais de 35 anos após terem recebido o terreno da prefeitura de São Paulo, os corintianos ainda tentam encerrar a lista de problemas que cercaram a construção da arena. Ainda inacabado, o Itaquerão será inaugurado num jogo entre Corinthians e Figueirense, válido pela quinta rodada do Campeonato Brasileiro. A partida já servirá como evento-teste para a Fifa, que assumirá depois do duelo a administração da arena. O UOL Esporte preparou uma lista com oito problemas históricos do estádio do Corinthians. Poucas coisas justificam mais o estereótipo do torcedor alvinegro, que costuma se dizer "maloqueiro e sofredor, graças a Deus". Doação, prazos ignorados e "abandono" O Corinthians encerrou em 13 de outubro de 1977 o maior jejum de títulos da história do clube. No dia 10 de novembro do ano seguinte, a torcida alvinegra vislumbrou a realização de outro sonho: a prefeitura de São Paulo concedeu um terreno de 197 mil metros quadrados à equipe em Itaquera, na Zona Leste, para a construção de um novo estádio. A cerimônia em que o prefeito Olavo Setúbal entregou o terreno a Vicente Matheus, presidente do Corinthians, teve presença até do general Ernesto Geisel, que ocupava a presidência da República. Matheus sonhava com um estádio que comportasse 200 mil pessoas. Ele apresentou duas maquetes (o "Vicentão" e o "Coringão II"), mas nenhuma foi além disso. Em 1988, o Corinthians ainda não tinha feito nenhuma intervenção no terreno o presidente Waldemar Pires chegou a lançar a pedra fundamental de um estádio em 1983, mas também não passou disso. O prefeito de São Paulo na época era Jânio Quadros, torcedor e conselheiro alvinegro, que deu nova concessão de 90 anos do espaço ao clube. Entre as contrapartidas da concessão, o Corinthians prometeu iniciar a terraplanagem do terreno em 90 dias e ter um estádio em condições de receber jogos, "ainda que não totalmente construído", num prazo máximo de quatro anos. Pela segunda vez, os prazos foram ignorados. Depois disso, a diretoria alvinegra estudou projetos de estádios na Raposo Tavares e na Marginal Tietê, por exemplo. E Itaquera, com investimento em torno de R$ 10 milhões, virou centro de treinamentos para as categorias de base do Corinthians. A ideia de um estádio no local foi abandonada durante anos.

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