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segunda-feira, 2 de junho de 2014

Chefe de segurança da Fifa teme manipulação de resultados na Copa

A dez dias do início da Copa do Mundo, a notícia da investigação sobre uma possível manipulação do resultado do amistoso entre Nigéria e Escócia não poderia ter chegado em pior momento. A partida, disputada na quarta-feira passada em Londres, terminou com um empate de 2 x 2. Um dia antes, a agência nacional de crimes britânica (NCA, na sigla em inglês) havia informado a Fifa sobre uma possível tentativa de manipular o jogo. A integridade do futebol já se encontra sob alerta por conta de outras revelações recentes. Apesar disso, a Copa do Mundo em si mantém-se distante de escândalos desse tipo. Pode ser que manipuladores de partidas se sintam intimidados com o torneio, visto por milhões de pessoas em todo o planeta e com a Fifa em estado de alerta. Mas, não é bem assim, diz o chefe de segurança da Fifa, Ralf Mutschke. Ampliar Manifestantes protestam contra a Copa do Mundo em São Paulo24 fotos 21 / 24 Torcedor protesta contra a Fifa durante manifestação em São Paulo Leia mais Junior Lago/UOL Ex-executivo da Interpol, Mutschke diz não poder dar à Copa um certificado de garantia, e que já identificou as partidas nas quais o risco é maior. Segundo ele, certas equipes e grupos foram identificados como vulneráveis à manipulação. A última rodada de jogos das fases de grupos, com equipes que já não têm chances de classificação, é a mais perigosa. As partidas amistosas, de preparação para a Copa, também estão ameaçadas. Manipuladores já teriam se aproximado de jogadores e árbitros. O foco preferido será o maior número de gols em uma partida. Nos últimos dois anos, Mutschke e sua equipe se prepararam para evitar que as partidas da Copa sejam vítimas de armações. "Não esperamos que aqueles que manipulam partidas viagem ao Brasil e batam na porta do hotel dos jogadores ou árbitros, mas sim que haja aproximação a uns e outros", diz. Como parte da campanha contra a manipulação, cada partida terá uma classificação para algum potencial ilícito, determinada pelo trabalho de inteligência e os antecedentes. As apostas que preocupam Há mais possibilidades de aqueles que buscam manipular as partidas tentem influenciar resultados em duas modalidades de apostas: o chamado handicap asiático e o de mais ou menos gols. Mais de 99% das apostas na Ásia se realizam nestas duas modalidades. "Diria que estou mais preocupado com estes dois tipos de apostas", disse Mutschke. "O resultado da partida é uma possibilidade, mas é muito mais difícil organizar, já que são necessários muitos jogadores. Com o handicap asiático ou o mais ou menos, você pode precisar apenas do árbitro ou um ou dois jogadores", disse. O chamado hadicap asiático é uma forma de aposta na qual os times são classificados de acordo com sua forma atual, que determina uma vantagem sobre o adversário. Os times mais fortes têm que vencer por um número maior de gols para que a aposta feita numa vitória deles seja considerada vencedora. O sistema foi criado na Indonésia e se popularizou por todo o continente asiático

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